Imagem de Cordilheira dos Andes: a fascinante mais longa cadeia de montanhas do mundo no megacurioso

Vulcões, ruínas de civilizações extintas e os picos mais altos do planeta estão entre seus atrativos 

Crista alta, da palavra Quechua "anti" ou Anti Suyu, uma das regi&otilde;es habitadas pelos incas. N&atilde;o h&aacute; um consenso sobre a origem do nome, mas &eacute; certo que a Cordilheira dos Andes &eacute; uma das grandes maravilhas da natureza. Localizada na Am&eacute;rica do Sul, se estende por mais de 7,2 mil quil&ocirc;metros e passa por sete pa&iacute;ses: Chile, Argentina, Bol&iacute;via, Peru, Equador, Col&ocirc;mbia e Venezuela.
De largura, s&atilde;o 500 quil&ocirc;metros em boa parte da cadeia, que conta com montes com alturas m&eacute;dias de 3,9 mil metros, liderados pelo monte Aconc&aacute;gua, na Argentina, que tem seu cume a 6,9 mil metros de altura acima do n&iacute;vel do mar.
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&Eacute; na Cordilheira dos Andes que fica tamb&eacute;m o vulc&atilde;o mais alto do mundo, o Ojos del Salado, localizado entre o Chile e a Argenftina. S&atilde;o quase 7 mil metros acima do n&iacute;vel do mar nesse vulc&atilde;o, mas h&aacute; outros 50 ao longo da cordilheira, todos com cerca de 6 mil metros de altura.
Ela &eacute; a casa tamb&eacute;m de lugares como <a href="https://www.megacurioso.com.br/turismo-e-viagens/100265-14-curiosidades-impressionantes-sobre-machu-picchu.htm" target="_blank" title="14 curiosidades impressionantes sobre Machu Picchu">Machu Picchu</a>, pr&oacute;ximo a Cuzco, no Peru, e das cidades Quito e Ba&ntilde;os, no Equador, La Paz, na Bol&iacute;via, Medellin e Bogot&aacute;, na Col&ocirc;mbia, e Puc&oacute;n e Puerto Natales, no Chile, entre tantas outras importantes cidades da Am&eacute;rica do Sul.
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Essas regi&otilde;es tamb&eacute;m 99% dos glaciares tropicais, ou seja, rios de gelo localizados regi&otilde;es elevadas que n&atilde;o sofrem a a&ccedil;&atilde;o t&atilde;o intensa do calor caracter&iacute;stico dos tr&oacute;picos.
Tamb&eacute;m fazem parte da incr&iacute;vel paisagem da Cordilheira dos Andes as fof&iacute;ssimas Chinchilas! Esse roedor &eacute; um mam&iacute;fero que concentra as qualidades necess&aacute;rias para sobreviver na cadeia de montanhas: s&atilde;o &aacute;geis, conseguem saltar e escavar e t&ecirc;m uma pele grossa para sobreviver ao frio.
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Mas eles n&atilde;o s&atilde;o os &uacute;nicos. Alpacas, lhamas, vicunhas e condores alpinos tamb&eacute;m fazem parte da fauna local e ajudam a tornar as paisagens ainda mais belas.
Com rela&ccedil;&atilde;o a plantas, s&atilde;o mais de 30 mil esp&eacute;cies somente na Cordilheira, muitas delas extremamente valiosas &mdash; como &eacute; o caso da Cinchona pubescens, que produz a quinina, empregada no tratamento da mal&aacute;ria.
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Cordilheira dos Andes: a fascinante mais longa cadeia de montanhas do mundo

Imagem de Blanche Monnier: trancada no sótão de casa pela própria mãe por 25 anos no megacurioso

Cada detalhe dessa história vai fazer você ficar impressionado — e assustado!

Blanche Monnier, a herdeira de uma expoente fam&iacute;lia francesa,&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/48169-4-desaparecimentos-sinistros-que-nunca-foram-solucionados.htm">desapareceu misteriosamente</a>&nbsp;na flor da idade. Um dia, ningu&eacute;m mais a viu ou ouviu falar dela &mdash; at&eacute; 25 anos depois, quando foi encontrada presa no s&oacute;t&atilde;o da pr&oacute;pria casa, completamente desnutrida e em uma situa&ccedil;&atilde;o deplor&aacute;vel de podrid&atilde;o, restos de comida, fezes e urina.
Ao ouvir hist&oacute;rias como as do filme&nbsp;&ldquo;<a href="http://www.minhaserie.com.br/novidades/24017-divulgado-o-primeiro-cartaz-de-o-quarto-de-jack-filme-premiado-em-festival">O Quarto de Jack</a>&rdquo;&nbsp;ou da s&eacute;rie&nbsp;&ldquo;<a href="http://www.minhaserie.com.br/serie/982-unbreakable-kimmy-schmidt">Unbreakable Kimmy Schmidt</a>&rdquo;, &eacute; inevit&aacute;vel se perguntar que tipo de monstro teria coragem de fazer isso com outra pessoa. Mas e quando o culpado &eacute; a pr&oacute;pria m&atilde;e do indiv&iacute;duo? Foi o que aconteceu com a mo&ccedil;a.
Enquanto seus pais desejavam que ela se casasse com um homem jovem e rico, Blanche se apaixonou por um advogado mais velho e bem mais pobre do que ela.
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Quando isso aconteceu, a m&atilde;e de Blanche amea&ccedil;ou tranc&aacute;-la em casa, caso n&atilde;o terminasse o relacionamento. Quando ela se recusou, a matriarca n&atilde;o deixou barato e amarrou a filha a uma cama no s&oacute;t&atilde;o, completamente nua, com as janelas e cortinas fechadas, mantendo-a no escuro.
O tempo foi passando, a mo&ccedil;a foi envelhecendo e continuou rejeitando a ideia de abandonar o advogado &mdash; mesmo depois que ele morreu sem que ela soubesse.
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Na casa&nbsp;tamb&eacute;m morava um irm&atilde;o da mo&ccedil;a e trabalhavam v&aacute;rios empregados; todos tinham medo de denunciar o cativeiro. A situa&ccedil;&atilde;o chegou a um ponto insustent&aacute;vel; mas somente mais de 2 d&eacute;cadas depois algu&eacute;m teve coragem de fazer algo a respeito.<a href="#_msocom_1" name="_msoanchor_1"> </a>
Um dia, o&nbsp;procurador-geral de Paris recebeu uma nota an&ocirc;nima, informando que havia algo errado com a habita&ccedil;&atilde;o dos Monnier, e decidiu enviar uma equipe para investigar &mdash; apesar de se tratar de uma fam&iacute;lia bem posicionada socialmente e conhecida por atuar&nbsp;em institui&ccedil;&otilde;es de caridade.
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Foi gra&ccedil;as a isso que a pol&iacute;cia descobriu a mulher. A cena encontrada por eles, ao arrombar a porta fechada a cadeado no segundo andar da resid&ecirc;ncia, era digna de um filme de terror. Sujeira de todos os tipos; a cama que servia de refeit&oacute;rio tamb&eacute;m servia de banheiro &mdash; e ela havia vivido assim durante 25 anos. Na ocasi&atilde;o, pesava menos de 25 kg. O&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/89286-cultura-ao-redor-do-mundo-mostra-diferencas-ate-na-hora-de-limpar-a-bunda.htm">fedor</a>&nbsp;era tamanho que os oficiais n&atilde;o conseguiram suportar ficar no ambiente por mais de alguns minutos.
Blanche estava l&uacute;cida, mas teve&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ilustracao-e-pintura/75626-8-ilustracoes-retratam-transtornos-mentais-como-monstros.htm">problemas psicol&oacute;gicos</a>&nbsp;que duraram o resto da vida &mdash; que ela acabou passando em uma institui&ccedil;&atilde;o psiqui&aacute;trica, at&eacute; morrer,&nbsp;aos 64 anos<a href="#_msocom_2" name="_msoanchor_2"></a>. A m&atilde;e e o irm&atilde;o foram presos no mesmo dia em que ela foi encontrada, mas a senhora faleceu apenas 2 semanas depois, no c&aacute;rcere. O rapaz permaneceu detido e foi condenado, mas acabou solto algum tempo depois por falta de bases legais para mant&ecirc;-lo na cadeia.
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Blanche Monnier: trancada no sótão de casa pela própria mãe por 25 anos

Imagem de Tímido ou Introvertido: qual a diferença? no megacurioso

Acredite: são 2 coisas diferentes, e nem todo tímido é introvertido — ou vice-versa.

Os amigos o convidam para um rol&ecirc;, e voc&ecirc; at&eacute; se interessa, mas a possibilidade de ficar sozinho em casa &mdash; s&oacute; voc&ecirc;, o sof&aacute; e a TV &mdash; &eacute; incrivelmente mais atrativa. Interagir com tanta gente, em um ambiente barulhento, &agrave;s vezes ainda conhecer pessoas novas... todo o processo pode parecer um verdadeiro sacrif&iacute;cio para um&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/86835-sera-que-voce-e-veja-10-caracteristicas-de-uma-pessoa-introvertida.htm">introvertido</a>.
N&atilde;o que n&atilde;o seja assim para um&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/101547-6-passos-para-conquistar-a-confianca-de-uma-pessoa-timida.htm">t&iacute;mido</a>, mas isso acontece com ambos por raz&otilde;es diferentes. O primeiro n&atilde;o necessariamente tem dificuldade em interagir com os outros &mdash; apenas prefere estar s&oacute; de verdade. O segundo, na mesma situa&ccedil;&atilde;o, at&eacute; est&aacute; disposto a conversar e talvez queira criar novos relacionamentos &mdash; mas n&atilde;o consegue cumprir a tarefa facilmente.
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Quando uma pessoa t&iacute;mida est&aacute; em uma intera&ccedil;&atilde;o social, especialmente uma que envolve v&aacute;rias pessoas, ela fica ansiosa, nervosa e consciente de absolutamente tudo o que est&aacute; fazendo e falando, podendo inclusive ficar embara&ccedil;ada com o que diz.
Com os&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/mega-no-youtube/100734-5-caracteristicas-de-pessoas-introvertidas.htm">introvertidos</a>, esses sintomas n&atilde;o necessariamente se apresentam. Eles at&eacute; apreciam o contato entre indiv&iacute;duos, desde que sejam sujeitos dele ou que a conversa seja &uacute;til de alguma maneira. N&atilde;o h&aacute; dificuldade, apenas tamb&eacute;m n&atilde;o h&aacute; muito prazer envolvido.
Em uma sociedade de extrovertidos, tanto ser t&iacute;mido quanto&nbsp;ser <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/88021-sabia-que-o-cerebro-de-pessoas-introvertidas-trabalha-de-forma-diferente.htm">introvertido</a>&nbsp;podem ser vistos como anomalias. Afinal, simplesmente preferir ficar sozinho? Se voc&ecirc; est&aacute; nesse grupo, certamente j&aacute; ouviu que isso "n&atilde;o &eacute; normal". Na verdade, s&atilde;o somente formas diferentes de enxergar esse aspecto do conv&iacute;vio entre humanos.
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<h2>A culpa &eacute; da dopamina</h2>
A diferen&ccedil;a entre pessoas extrovertidas e pessoas&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/99166-6-coisas-que-todo-introvertido-detesta-ouvir.htm">introvertidas</a>, segundo Jenn Granneman, a criadora do site&nbsp;Introvert, Dear, &eacute; a forma como a dopamina afeta o c&eacute;rebro de ambos.
"Essa subst&acirc;ncia &eacute; um neurotransmissor e ajuda a controlar os centros de prazer e recompensa do c&eacute;rebro. Ter um sistema mais ativo significa que os soci&aacute;veis ficam mais energizados e excitados pela possibilidade de gratifica&ccedil;&atilde;o do que os que s&atilde;o fechados. Ent&atilde;o, eles s&atilde;o mais motivados a, digamos, iniciar uma conversa com um estranho ou ficar no bar at&eacute; a &uacute;ltima chamada."
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Por outro lado, o prazo da intera&ccedil;&atilde;o &eacute; semelhante para quase todo mundo. Estudos apontam que, ap&oacute;s 3 horas de trocas sociais em ambientes com muito agito, todas as pessoas come&ccedil;am a demonstrar sinais de fadiga, independentemente de suas caracter&iacute;sticas.
Outro ponto interessante &eacute; que voc&ecirc; pode lutar contra a timidez, uma vez que h&aacute; v&aacute;rias&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/101720-4-truques-para-quem-quer-deixar-de-ser-timido.htm">t&aacute;ticas para dribl&aacute;-la</a>. J&aacute; tentar mudar sua natureza introvertida n&atilde;o &eacute; bem assim &mdash; at&eacute; porque isso nem sempre prejudica seu conv&iacute;vio. Nesse caso, &eacute; mais uma quest&atilde;o de temperamento do que de personalidade.
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Tímido ou introvertido: qual é a diferença?

Imagem de Os mais bizarros ritos de passagem em diferentes culturas no megacurioso

Se você acha o costume de debutar estranho, saiba que esse não é o rito mais esquisito do mundo

Antigas tribos ind&iacute;genas de todo o continente americano tinham como h&aacute;bito enviar os jovens aspirantes a guerreiros ou governantes sozinhos em miss&otilde;es, para encontrar a dire&ccedil;&atilde;o de suas pr&oacute;prias vidas e sobreviver na natureza selvagem; esses eram ritos de passagem para a idade adulta. E n&atilde;o eram os mais loucos. Veja alguns outros:
<h2>Algonquinos</h2>
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Amor enfraquece, segundo a tribo dos algonquinos<a href="#_msocom_1" name="_msoanchor_1"></a>. Pelo menos, &eacute; a impress&atilde;o que eles passam, considerando que o seu rito de passagem envolve tomar uma droga chamada wysoccan, que apaga todas as mem&oacute;rias da inf&acirc;ncia.
<h2>Fulas</h2>
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Na &Aacute;frica Ocidental, as mulheres fulas s&oacute; podem se casar depois de suportarem uma tatuagem dolorosa feita no rosto com um peda&ccedil;o afiado de madeira. Se elas choram ou gritam, o ritual &eacute; pausado e s&oacute; volta a ser repetido no futuro, quando estiverem prontas.
<h2>Hamar</h2>
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/8omfGVZlK0w?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Os jovens s&atilde;o obrigados a passarem por uma roda de a&ccedil;oitamento para que as cicatrizes sempre os lembrem da dor que foram capazes de suportar pela inicia&ccedil;&atilde;o. Depois, eles saltam sobre quatro <a href="#_msocom_1" name="_msoanchor_1"></a>bois agrupados para encerrar o ritual. Ah, mencionamos que eles precisam fazer isso nus? <a name="_msocom_1"></a>
<h2>Okrika<a href="#_msoanchor_1"></a></h2>
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Chegou a hora de se casar, mas primeiro as jovens nigerianas da tribo Okrira precisam terminar o affair que come&ccedil;aram na inf&acirc;ncia com esp&iacute;ritos da &aacute;gua. Para isso, elas passam dias cantando m&uacute;sicas tradicionais para eles.
<h2>Esparta</h2>
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Uma vez por ano, jovens espartanos de no m&iacute;nimo 12 anos eram obrigados a participar da Cripteia, uma &ldquo;guerra&rdquo; contra escravos hilotas, na qual eles usavam todas as t&eacute;cnicas que aprendiam na agoge para captur&aacute;-los e mat&aacute;-los.
<h2>Massai</h2>
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Sabe aquela express&atilde;o: "matando um le&atilde;o por dia"? Talvez essa seja a origem. A cada gera&ccedil;&atilde;o, os futuros guerreiros massai, que moram em regi&otilde;es da Tanz&acirc;nia e do Qu&ecirc;nia, s&atilde;o circuncidados e treinados em acampamentos. Para serem aceitos como adultos, eles precisam dar conta de um dos reis da selva usando apenas uma espada.
<h2>Matis</h2>
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Essa tribo brasileira tem um col&iacute;rio natural que &eacute; um veneno &mdash; literalmente! S&oacute; que essa subst&acirc;ncia melhora a vis&atilde;o durante a ca&ccedil;a. Depois desse in&iacute;cio, eles s&atilde;o espancados e chicoteados por membros do pr&oacute;prio grupo e devem injetar neles mesmos a toxina da r&atilde; kamb&ocirc;.
<h2>Mentawai</h2>
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Fale mais sobre a cultura da beleza... Os nativos das ilhas Mentawai acreditam que, se suas almas ficarem insatisfeitas com a apar&ecirc;ncia de seu corpo<a href="#_msocom_1" name="_msoanchor_1"></a>, eles morrem. &Eacute; por isso que, ao atingirem a puberdade, as jovens afiam os pr&oacute;prios dentes, para se sentirem mais bonitas.
<h2>Vanuatu</h2>
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Uma torre de madeira com 30 metros e um rapaz amarrado pelos p&eacute;s por um tipo de cip&oacute; mais el&aacute;stico do que o normal. Depois de treinar por v&aacute;rios anos, os jovens moradores da ilha de Pentecostes, na Rep&uacute;blica de Vanuatu, saltam para provar que j&aacute; s&atilde;o adultos. O objetivo &eacute; encostar os cabelos no ch&atilde;o &mdash; mas sem morrer, claro.
<h2>S&acirc;mbia</h2>
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Aos 7 anos<a href="#_msocom_1" name="_msoanchor_1"></a>, os meninos s&atilde;o separados das suas m&atilde;es e for&ccedil;ados a viver em uma cabana somente com homens pelos 10 anos seguintes, tempo em que eles passam por toda a sorte de prova&ccedil;&otilde;es, como for&ccedil;ar o sangramento no nariz e o v&ocirc;mito, at&eacute; que sejam considerados homens.
<h2>Ticuna</h2>
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As meninas Ticuna, na ocasi&atilde;o da menarca, s&atilde;o trancadas em uma c&acirc;mara, isoladas da sociedade; espera-se que encontrem o submundo. Depois de um tempo, elas s&atilde;o libertadas. Porque n&atilde;o basta menstruar, n&atilde;o &eacute; mesmo?
<h2>Xhosa</h2>
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A circuncis&atilde;o faz parte do ritual dos Xhosa, na &Aacute;frica do Sul; mas eles passam por isso isolados em uma cabana na floresta, s&oacute; saindo quando estiverem curados.
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Os mais bizarros ritos de passagem em diferentes culturas

Imagem de O curioso caso de Alexis St. Martin e seu buraco no estômago  no megacurioso

Em vez de tirar sua vida, um tiro roubou a privacidade do sistema digestivo desse homem

O dia 6 de junho de 1822 poderia ter sido o &uacute;ltimo da vida de Alexis St. Martin. Ao menos foi o que ele deve ter pensado quando levou um tiro &agrave; queima-roupa &mdash; provavelmente acidental &mdash; de um colega de trabalho que estava a apenas um metro de dist&acirc;ncia.
Sem d&uacute;vida, n&atilde;o passou pela cabe&ccedil;a do rapaz, ent&atilde;o com 20 anos de idade, que ele viveria at&eacute; os 78 &mdash; e que se tornaria uma verdadeira cobaia para um obcecado fisiologista, o m&eacute;dico William Beaumont, &uacute;nico a atender na ilha de Mackinac, onde houve o ocorrido.
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A cena &eacute; digna de desconfian&ccedil;a. Quem &eacute; que sobrevive a um tiro assim, t&atilde;o de perto? A quest&atilde;o &eacute; que, contrariando as expectativas, St. Martin foi melhorando aos poucos e n&atilde;o morreu, mas virou rato de laborat&oacute;rio.
Naquela &eacute;poca, pouco se sabia sobre o funcionamento do sistema digestivo, e o m&eacute;dico encontrou no buraco de bala no est&ocirc;mago do ca&ccedil;ador de peles uma oportunidade de, literalmente, observar os &oacute;rg&atilde;os trabalhando.
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O tiro fez um buraco do tamanho do punho de um adulto no peito do paciente. A for&ccedil;a do impacto levou para dentro da cavidade fragmentos de roupa, que se juntaram a peda&ccedil;os das costelas,&nbsp;fraturadas no processo. Os pulm&otilde;es, o diafragma e o est&ocirc;mago do homem foram lacerados e, ainda assim, ele tinha sobrevivido.
A partir do momento em que come&ccedil;ou a se recuperar da primeira cirurgia e passou o choque, St. Martin conseguia comer; o problema &eacute; que a fissura ainda estava aberta, e tudo o que era ingerido tendia a sair por ela, de acordo com relatos deixados pelo Dr. Beaumont.
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Foi a&iacute; que eles decidiram alimentar o pobre paciente do jeito mais inusitado &mdash; por meio de um enema nutritivo, introduzindo pelo reto um misto de sortimentos processados.
E funcionou! Durante um tempo foi assim que ele sobreviveu, at&eacute; que uma pel&iacute;cula protetora do est&ocirc;mago foi produzida pelo pr&oacute;prio corpo, e ele p&ocirc;de come&ccedil;ar a comer pela boca novamente. S&oacute; que, por algum motivo bizarro, o buraco n&atilde;o se fechou, mas cicatrizou aberto &mdash; gerando uma verdadeira obsess&atilde;o para o Dr. Beaumont.
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Ele liberou o paciente do hospital e o contratou como objeto de estudo, fazendo todas as experi&ecirc;ncias poss&iacute;veis com St. Martin. Entre as pr&aacute;ticas assustadoras que o m&eacute;dico inventou estavam introduzir alimentos no buraco e observar seu processamento, inserir os pr&oacute;prios dedos l&aacute; para coletar fluidos estomacais e, pasmem, colocar (mais do que uma vez!) a l&iacute;ngua no ferimento para sentir o gosto do l&iacute;quido, que ele descreveu em seus escritos como "n&atilde;o &aacute;cido".
A situa&ccedil;&atilde;o durou alguns anos, at&eacute; que o pobre homem n&atilde;o aguentou mais e fugiu para o Canad&aacute;, onde se casou e teve seis filhos. Mas nada disso acabou com a obsess&atilde;o de Beaumont, que tentou in&uacute;meras vezes traz&ecirc;-lo de volta, oferecendo dinheiro a ele e &agrave; empresa para a qual trabalhava, bem como aumentando a quantia para que ele abandonasse seus filhos e retornasse ao laborat&oacute;rio.
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O pobre coitado s&oacute; teve paz quando morreu, aos 78 anos, ainda com o buraco no seu est&ocirc;mago. V&aacute;rios profissionais entraram em contato com a fam&iacute;lia pedindo acesso ao corpo &mdash; ou pelo menos ao sistema digestivo do falecido.
Para evitar aut&oacute;psias n&atilde;o autorizadas, os parentes de St. Martin deixaram o cad&aacute;ver exposto ao sol e somente depois o enterraram, j&aacute; decomposto, em um local secreto. &Eacute; isso que a gente chama de obsess&atilde;o pela ci&ecirc;ncia!
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O curioso caso de Alexis St. Martin e o buraco no seu estômago 

Imagem de Quanto mais envelhece, mais criativo você pode ser no megacurioso

A história desse artista mostra que a criatividade pode chegar com a idade

As pessoas t&ecirc;m <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/69478-e-possivel-morrer-de-medo.htm">medo</a> de envelhecer. Pesquisas realizadas em todo o mundo com indiv&iacute;duos de diferentes idades mostram que um dos temores mais frequentes na fase adulta &eacute; chegar &agrave; terceira idade. Um livro recente do Dr. Marc E. Agronin, dos Estados Unidos, foi lan&ccedil;ado justamente para desmistificar essa etapa da vida e provar que, em vez de nos sentirmos mais cansados e menos inventivos, na terceira idade podemos nos mostrar mais criativos.
O argumento do autor no livro "O fim da velhice: vivendo uma vida mais longa e com mais prop&oacute;sito" [The End of Old Age: Living a Longer, More Purposeful Life] &eacute; o de que, desprendidos de todas as inseguran&ccedil;as que nos afligem quando somos mais novos &mdash;&nbsp;entre elas, inclusive, o medo do envelhecimento&nbsp;&mdash; e mais s&aacute;bios, gra&ccedil;as a tudo o que aprendemos ao longo da vida, podemos investir em nossa pr&oacute;pria <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/75396-ta-sem-criatividade-estas-9-dicas-vao-resolver-o-seu-problema.htm">criatividade</a>. A gente s&oacute; precisa acreditar nisso e realmente inovar.
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Um dos exemplos nos quais o livro se baseia para ilustrar essa ideia &eacute; justamente o de uma pessoa que revolucionou o mundo da arte anos depois de ter completado os temidos 70. O pintor franc&ecirc;s Henri Matisse realizou uma parte importante da sua obra depois de j&aacute; idoso, acometido por uma doen&ccedil;a que os m&eacute;dicos juravam que tiraria sua vida em pouco tempo, mas que, em vez disso, tirou os movimentos de suas pernas e agitou sua mente.
Do diagn&oacute;stico de c&acirc;ncer at&eacute; sua morte, se passaram quase 11 anos, per&iacute;odo em que o artista pl&aacute;stico desenvolveu uma nova t&eacute;cnica de pintura&nbsp;&mdash; a do desenho com tesoura.&nbsp;Com recortes de papel entre as pinturas, ele&nbsp;criou obras incr&iacute;veis, participou de inaugura&ccedil;&otilde;es e retrospectivas e,&nbsp;ainda, assinou os estonteantes vitrais azuis da Chapelle du Rosaire de Vence, inspirado justamente em sua enfermeira, Monique Bourgeois.
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Com tempo de sobra e confinado em uma cama de hospital por v&aacute;rios meses, Matisse transformou sua proje&ccedil;&atilde;o de 6 meses de vida em mais de uma d&eacute;cada de alta produtividade, com novas obras nas quais depositava inspira&ccedil;&otilde;es da inf&acirc;ncia e juventude, bem como de diferentes mem&oacute;rias, culturas e lugares.
Sua obra era t&atilde;o viva e cheia de cores e movimento que foi considerada um verdadeiro marco para a &eacute;poca, inspirando <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/107530-estas-pinturas-iconicas-foram-reimaginadas-como-ambientes-3d.htm">artistas</a> que vieram d&eacute;cadas depois e lan&ccedil;ando bases para artistas focados n&atilde;o somente na pintura. Segundo o autor do livro, a maneira como Matisse conduziu seu trabalho nessa fase diz muito sobre a terceira idade.
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"Em primeiro lugar, seus recortes foram simultaneamente uma express&atilde;o de continuidade de todo o seu trabalho anterior, ao mesmo tempo que eram uma nova abordagem radical da arte. Em segundo lugar, havia um esp&iacute;rito de ousadia e liberdade em suas obras que as tornava absolutamente atraentes em compara&ccedil;&atilde;o com qualquer coisa que tivesse vindo antes. Para o pr&oacute;prio Matisse, estava claro que a for&ccedil;a secreta que permitia essa partida era o envelhecimento."
Ele explica ainda que, em uma das milhares de cartas que escreveu no per&iacute;odo, Matisse confessou:
Mesmo se eu pudesse ter feito, quando era jovem, o que estou fazendo agora &mdash;&nbsp;eu n&atilde;o teria me atrevido.
Essa coragem para se libertar de quaisquer amarras que ainda existam mesmo depois de tantas d&eacute;cadas vividas &eacute; o que permite &agrave;s pessoas alcan&ccedil;arem n&iacute;veis de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105959-15-tecnicas-bizarras-de-criatividade-usadas-por-escritores-famosos.htm">criatividade</a>&nbsp;nunca antes poss&iacute;veis. Isso, somado ao tempo livre, &agrave; leveza da vida sem deadlines e &agrave; soltura de dizer o que se quer, &eacute; o que pode dar ao mundo nossos pr&oacute;ximos Matisses.
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Quanto mais você envelhece, mais criativo pode ser

Imagem de Usar óculos realmente significa que você é mais inteligente, diz a ciência no megacurioso

Confira a notícia e marque aqui o seu amigo intelectual!

Quando algu&eacute;m precisa passar a imagem de intelectual, confi&aacute;vel ou inteligente, <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/99271-9-formas-de-parecer-mais-inteligente-do-que-voce-realmente-e.htm">colocar &oacute;culos</a> &eacute; a primeira estrat&eacute;gia. A fim de comprovar se isso se verifica na realidade ou &eacute; apenas representa&ccedil;&atilde;o da cultura popular, cientistas da Universidade de Edimburgo fizeram uma pesquisa. O resultado: pessoas inteligentes t&ecirc;m 30% mais chance de enxergar mal e, portanto, de precisar desse acess&oacute;rio.
Eles analisaram mais de 300 mil pessoas entre 16 e 102 anos a partir de um banco de dados brit&acirc;nico e perceberam conex&otilde;es que n&atilde;o haviam sido feitas at&eacute; ent&atilde;o, envolvendo diferentes quest&otilde;es biol&oacute;gicas.
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A proposta da pesquisa era avaliar se atributos como vis&atilde;o, press&atilde;o alta e expectativa de vida impactavam o n&iacute;vel intelectual. Foram identificados, ent&atilde;o, 148 pontos no mapa gen&eacute;tico associados a <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/37307-aprenda-10-modos-de-maximizar-o-desempenho-cognitivo-do-seu-cerebro.htm">habilidades cognitivas</a> &mdash;&nbsp;e a vis&atilde;o era realmente um deles.
Al&eacute;m de uma vis&atilde;o menos privilegiada, n&iacute;veis intelectuais mais elevados s&atilde;o menos conectados a depress&atilde;o, c&acirc;ncer de pulm&atilde;o e angina; ou seja, mais saud&aacute;veis em alguns aspectos.
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Liderada pelo estat&iacute;stico gen&eacute;tico Gail Davies, a pesquisa pode ajudar a dar base para futuras pesquisas mais conclusivas&nbsp;&mdash; afinal, essa conex&atilde;o &eacute; bastante circunstancial e n&atilde;o representa uma liga&ccedil;&atilde;o direta entre os aspectos observados.
"Este estudo, o maior estudo gen&eacute;tico da fun&ccedil;&atilde;o cognitiva, identificou muitas diferen&ccedil;as gen&eacute;ticas que contribuem para a hereditariedade das habilidades cognitivas. A descoberta de efeitos gen&eacute;ticos compartilhados sobre os resultados de sa&uacute;de e estrutura cerebral fornece uma base para explorar os mecanismos pelos quais essas diferen&ccedil;as influenciam as habilidades cognitivas ao longo da vida", explicou o cientista.
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Agora, o grupo vai analisar mais detalhadamente as informa&ccedil;&otilde;es obtidas na pesquisa para tentar evidenciar o que os dados podem significar em termos de heran&ccedil;a <a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica/">gen&eacute;tica</a>. Com mais de 200 cientistas envolvidos na pesquisa e o maior banco de dados j&aacute; reunido para uma pesquisa do g&ecirc;nero, eles acreditam que as possibilidades s&atilde;o infinitas.
Por isso, antes de sair por a&iacute; se gabando para os seus amigos de que voc&ecirc; &eacute; comprovadamente <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/104036-estes-sinais-indicam-que-voce-e-mais-inteligente-do-que-as-outras-pessoas.htm">mais inteligente</a>, lembre-se que as evid&ecirc;ncias n&atilde;o s&atilde;o 100% conclusivas e que as defini&ccedil;&otilde;es do que &eacute; ser inteligente s&atilde;o ainda menos concretas!
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Ciência diz que usar óculos realmente significa que você é mais inteligente

Imagem de Mary Wollstonecraft: conheça a mãe feminista da autora de Frankenstein no megacurioso

Ela foi uma das mais brilhantes pensadoras da sua época e praticamente uma das fundadoras do feminismo

Voc&ecirc; consegue imaginar como era ser mulher na Europa do s&eacute;culo XVIII? Em plena movimenta&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-Revolu&ccedil;&atilde;o Francesa, com todos os outros pa&iacute;ses em torno se revolvendo por causa da necessidade de mudan&ccedil;as sociais, pol&iacute;ticas e econ&ocirc;micas, os direitos delas eram apenas uma das pautas em discuss&atilde;o.
Na Inglaterra, por exemplo, o acesso ao voto s&oacute; foi concedido &agrave;s mo&ccedil;as em 1918, depois de uma luta que durou d&eacute;cadas. Mais de 100 anos antes, no entanto, j&aacute; havia quem falasse de assuntos como comportamento, educa&ccedil;&atilde;o e relacionamentos, questionando a forma como mulheres&nbsp;eram tratadas e vistas na sociedade.
Uma dessas pessoas era a brit&acirc;nica Mary Wollstonecraft, que, n&atilde;o &agrave; toa, era m&atilde;e de uma das pouqu&iacute;ssimas escritoras femininas de sucesso da &eacute;poca: Mary Shelley, a autora de&nbsp;&ldquo;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105972-frankenstein-completa-200-anos-em-2018-teria-sido-a-historia-real.htm">Frankenstein</a>&rdquo;.
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Mary, a m&atilde;e, teve uma hist&oacute;ria de vida bastante peculiar: nascida em 1759, ela cresceu com um pai violento e n&atilde;o teve instru&ccedil;&atilde;o formal, sendo autodidata em todas as &aacute;reas nas quais tinha interesse. Aos 19, fugiu de casa e foi trabalhar como empregada dom&eacute;stica; apenas 5 anos depois, ela fundou seu pr&oacute;prio col&eacute;gio na comunidade de Newington Green, onde come&ccedil;ou a sua milit&acirc;ncia pela educa&ccedil;&atilde;o compartilhada.
Acontece que, na &eacute;poca, meninos e meninas eram ensinados em separado, e a maioria destas nem frequentava escolas; elas eram direcionadas para a administra&ccedil;&atilde;o do lar e, portanto, muitas fam&iacute;lias achavam imprudente e desnecess&aacute;rio que se expusessem em tais ambientes.
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Essa pauta entrou na vida de Mary Wollstonecraft junto a quest&otilde;es como o abolicionismo e o amor livre &mdash; ela era contra a uni&atilde;o monog&acirc;mica tradicional. Ao final da d&eacute;cada de 1780, a brit&acirc;nica se apaixonou pelo su&iacute;&ccedil;o Henry Fuseli, que j&aacute; era casado. Ela prop&ocirc;s &agrave; esposa do pintor que compartilhassem o marido &mdash; o que, claro, a mulher n&atilde;o aceitou.
Em 1792, durante uma viagem para a Fran&ccedil;a, ela conheceu e se interessou por Gilbert Imlay, com quem teve uma filha: Fanny Imlay. O encanto n&atilde;o durou muito, e o diplomata a abandonou alguns anos depois, o que levou a mo&ccedil;a a duas tentativas de suic&iacute;dio.
Com o passar do tempo, ela &mdash; ent&atilde;o vi&uacute;va, m&atilde;e solit&aacute;ria de uma crian&ccedil;a pequena, dona de uma agitada vida amorosa &mdash; se aproximou do fil&oacute;sofo ingl&ecirc;s William Godwin. Eles iniciaram um relacionamento nos moldes sonhados por ela, baseado na afei&ccedil;&atilde;o e no companheirismo, mas decidiram juntar os trapos oficialmente quando a mo&ccedil;a engravidou mais uma vez&nbsp;&mdash; de Mary Wollstonecraft Godwin, que, mais tarde, adotou o sobrenome do marido e virou Mary Shelley.
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Infelizmente, logo ap&oacute;s o parto, Mary sofreu uma septicemia e faleceu, aos 38 anos, em 1797, sem poder conviver por muito tempo com a filha ou ver os frutos de seu livro:&nbsp;&ldquo;Reivindica&ccedil;&atilde;o dos Direitos da Mulher&rdquo;, uma colet&acirc;nea de reflex&otilde;es cr&iacute;ticas e cartas a importantes autores da &eacute;poca &mdash; como o pr&oacute;prio Jean-Jacques Rousseau &mdash;, questionando posturas extremamente sexistas e a vis&atilde;o de fr&aacute;gil e indefesa atribu&iacute;da &agrave;s damas em suas obras.
Fortale&ccedil;a a mente feminina, expandindo-a, e haver&aacute; um fim &agrave; obedi&ecirc;ncia cega.
Cento e cinquenta <a href="#_msocom_1" name="_msoanchor_1"></a>anos antes da publica&ccedil;&atilde;o de&nbsp;&ldquo;<a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/85566-quem-foi-simone-de-beauvoir-que-causou-polemica-no-enem-2015.htm">O Segundo Sexo</a>&rdquo;, da francesa Simone de Beauvoir, Wollstonecraft j&aacute; lan&ccedil;ava ideias avan&ccedil;adas para o seu tempo e expunha conflitos sociais assustadoramente contempor&acirc;neos, ainda que escritos em 1792.
A liberta&ccedil;&atilde;o por meio da educa&ccedil;&atilde;o, a necessidade de instru&ccedil;&atilde;o para igualar as mulheres aos homens sem servid&atilde;o e o direito delas de serem as &uacute;nicas protagonistas de suas pr&oacute;prias vidas &mdash; especialmente em rela&ccedil;&atilde;o ao amor &mdash; eram pontos centrais em sua obra e&nbsp;conduziram sua curta passagem pela Terra.
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Mary Wollstonecraft: conheça a mãe feminista da autora de 'Frankenstein'

Imagem de Em pleno 2018, um novo idioma foi descoberto no mundo no megacurioso

Conheça o Jedek, uma língua recentemente revelada na Malásia 

Um novo <a href="https://www.megacurioso.com.br/literatura/98308-25-palavras-e-expressoes-que-existem-em-um-unico-idioma.htm">idioma</a> foi recentemente descoberto na regi&atilde;o da Mal&aacute;sia e vem sendo chamado de Jedek. Falado por apenas cerca de 280 pessoas no mundo, ele foi documentado pelos linguistas Niclas Burenhult e Joanne Yager, da Universidade Lund, na Su&eacute;cia, ap&oacute;s uma vasta pesquisa de campo realizada na regi&atilde;o peninsular que fica ao norte do pa&iacute;s.
Mas diferente do que se possa imaginar, as pessoas que falam Jedek n&atilde;o est&atilde;o escondidas em uma caverna ou comunidade obscura perdida no meio do nada.
O local onde o idioma foi identificado inclusive j&aacute; havia sido visitado por antropologistas antes, mas essa &eacute; a primeira vez que linguistas fazem esse trabalho por l&aacute;&nbsp;&mdash; o que pode ter ajudado a compreender o vocabul&aacute;rio um pouco mais detalhadamente.
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O mais interessante sobre o Jedek &eacute; a exist&ecirc;ncia de uma rica variedade de termos voltados a definir pr&aacute;ticas de troca e compartilhamento, j&aacute; que a comunidade se mant&eacute;m assim. Para os especialistas, isso &eacute; interessante porque tamb&eacute;m ajuda a compreender melhor a pr&oacute;pria cultura da comunidade.
Eles perceberam, por outro lado, que comprar, vender e roubar s&atilde;o a&ccedil;&otilde;es que quase n&atilde;o aparecem na troca de palavras dos moradores das regi&otilde;es que falam Jedek, normalmente das etnias Menriq ou Batek.
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A comunidade agora integra a minoria de 20% da popula&ccedil;&atilde;o mundial que se comunica por idiomas menos comuns&nbsp;&mdash; s&atilde;o cerca de 3,6 mil l&iacute;nguas minorit&aacute;rias. Ao todo, cerca de 6 mil idiomas s&atilde;o falados no mundo, mas 80% da popula&ccedil;&atilde;o segue os dominantes, como o ingl&ecirc;s, o espanhol e o portugu&ecirc;s.
Confira no v&iacute;deo a seguir um trecho de uma conversa que mostra um pouco do Jedek!
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Outro ponto interessante &eacute; que, apesar de se vestirem e consumirem alguns produtos de outras culturas, os moradores da vila na Mal&aacute;sia se mant&ecirc;m fi&eacute;is &agrave; sua pr&oacute;pria forma de organiza&ccedil;&atilde;o social &mdash;&nbsp;mais igualit&aacute;ria em termos de g&ecirc;neros e profiss&otilde;es, j&aacute; que todos s&atilde;o ensinados a desempenhar diversas as tarefas e n&atilde;o h&aacute; tanta distin&ccedil;&atilde;o entre homens e mulheres.
Por conta disso, eles tamb&eacute;m n&atilde;o possuem os conceitos de mercado ou de profiss&otilde;es como n&oacute;s, por exemplo, e as regras sociais s&atilde;o bastante n&atilde;o faladas. N&atilde;o h&aacute; nenhuma defini&ccedil;&atilde;o de justi&ccedil;a para resolver conflitos, j&aacute; que as competi&ccedil;&otilde;es n&atilde;o s&atilde;o incentivadas e quase n&atilde;o h&aacute; brigas.
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Em pleno 2018, um novo idioma foi descoberto no mundo

Imagem de 1816: o ano em que a Europa não teve verão no megacurioso

Descubra o motivo que fez com que um continente inteiro ficasse mais gelado do que o comum

A Europa n&atilde;o &eacute; exatamente conhecida por seus ver&otilde;es. Apesar disso, as esta&ccedil;&otilde;es do ano costumam ser bastante regulares por l&aacute;. Quando &eacute; inverno, esfria pra valer; por&eacute;m, quando o ver&atilde;o chega, os casacos de neve tiram uma boa temporada de f&eacute;rias. Ainda assim, em 1816, relatos hist&oacute;ricos d&atilde;o conta de que diversos pa&iacute;ses europeus simplesmente n&atilde;o viram a cor &mdash; e o calor &mdash; do ver&atilde;o.
E o motivo foi, acreditem, um vulc&atilde;o que nem fica nesse continente.&nbsp;O Monte Tambora, localizado na Indon&eacute;sia, entrou em erup&ccedil;&atilde;o 1 ano antes, em abril de 1815, e passou 4 meses em atividade!
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A erup&ccedil;&atilde;o do Tambora foi a maior j&aacute; registrada nos &uacute;ltimos mil&ecirc;nios. Com 2.850 metros de altitude e a 4,3 mil metros do n&iacute;vel do mar, ele expeliu 180 km&sup2; de lava. A atividade foi t&atilde;o absurda que ele chegou a diminiur de tamanho. Estima-se que entre 60 mil e 70 mil pessoas tenham morrido na &eacute;poca, seja em decorr&ecirc;ncia direta da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107497-5-coisas-sobre-vulcoes-que-voce-acha-que-sao-verdade-que-nao-sao.htm">erup&ccedil;&atilde;o</a>, seja por conta de seus efeitos mais amplos.
Quem sentiu os efeitos mais diretos do Monte Tambora foi, claro, a popula&ccedil;&atilde;o da ilha de Sumbawa, na Indon&eacute;sia, onde o vulc&atilde;o est&aacute; localizado, bem como seus vizinhos.
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Contudo, os jatos de mat&eacute;ria expelida foram t&atilde;o altos que alcan&ccedil;aram a estratosfera. As micropart&iacute;culas mais leves das cinzas expulsas pelo Tambora eram leves o suficiente para se espalhar pela atmosfera terrrestre por meses, afetando o clima do mundo inteiro. Cientistas que estudaram seus efeitos perceberam que a erup&ccedil;&atilde;o diminiu a temperatura do planeta inteiro em 3 graus, em m&eacute;dia.
<h2>Efeito Borboleta</h2>
A redu&ccedil;&atilde;o clim&aacute;tica mais severa ocasionada pelo Monte Tambora foi na regi&atilde;o da Europa, onde o c&eacute;u passou meses parcial ou totalmente encoberto devido &agrave;s cinzas. A exist&ecirc;ncia de menos sol fez com que as planta&ccedil;&otilde;es sofressem para vingar, a oferta de alimentos diminu&iacute;sse e o pre&ccedil;o da comida praticamente alcan&ccedil;asse as cinzas do Tambora, na estratosfera, de tanto que aumentou.
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Foi um per&iacute;odo t&atilde;o assustador para os europeus que at&eacute; viajar ficou mais caro! Afinal, com a comida custando mais, at&eacute; alimentar os cavalos se tornou mais complicado&nbsp;&mdash;&nbsp;e eles eram o principal meio de transporte.
Ali&aacute;s, h&aacute; quem atribua ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/98977-6-erupcoes-vulcanicas-que-mudaram-o-mundo.htm">Tambora</a>, indiretamente, dois fatos distintos da hist&oacute;ria da humanidade! O primeiro deles seria a inven&ccedil;&atilde;o da bicicleta, por Karl Drais, que buscava um meio alternativo de se locomover, gra&ccedil;as a toda essa situa&ccedil;&atilde;o clim&aacute;tica e econ&ocirc;mica. Na verdade, ele j&aacute; vinha desenvolvendo o projeto das bikes mais de uma d&eacute;cada antes, mas o clima pode bem ter sido um incentivador do rapaz.
Outra curiosidade interessante &eacute; que, justamente nesse ver&atilde;o sem sol, um grupo de intelectuais estava reunido na mans&atilde;o de Lorde Byron, nos Alpes Franceses. Entre eles, a escritora Mary Shelley. Como n&atilde;o tinham nada para fazer no lado de fora, os convidados ficavam dentro de casa se divertindo com jogos e contando hist&oacute;rias. Em uma dessas ocasi&otilde;es, Shelley teria criado uma primeira vers&atilde;o do que depois ela escreveria como o livro "Frankenstein".
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Lu Belin