Imagem de Será que somos capazes de 'ouvir' o silêncio? Um novo estudo sugere que sim no megacurioso

Experimento demonstrou que nosso cérebro percebe o som e o silêncio de formas semelhantes

<head></head><body>Um estudo recente da Universidade de Johns Hopkins, publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), tem tudo para mudar o que pensávamos sobre o silêncio, mostrando que, no final das contas, ele realmente pode ser "ouvido".O trabalho que os pesquisadores desenvolveram contou com a participação de mil pessoas, com o objetivo de avaliar mais detalhadamente como a percepção do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/120840-conheca-a-regra-do-silencio-incomodo-usada-por-executivos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">silêncio</a> é processada pelo nosso cérebro.Para isso, eles fizeram uso de um método interessante: ilusões auditivas que apresentavam ruídos intercalados por períodos em que nenhum som era emitido, e também com faixas onde os silêncios eram contínuos, sem interrupção. Confira mais detalhes!<h2>Por dentro do experimento</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/18/18100748831097.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Os pesquisadores aplicaram sete testes e notaram que, assim como ocorrido com os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124372-5-sons-curiosos-e-surreais-captados-por-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sons</a>, o silêncio provocou distorção temporal nos participantes, uma vez que eles relataram que a ausência de som durou um período maior do que o real.Um teste comum que faz o uso de ilusões auditivas dá uma amostra de como esse processo acontece. Quando uma faixa de som de maior duração toca, seguida por dois sons intercalados por um breve período de silêncio, algo curioso ocorre: as pessoas tendem a apontar que a primeira faixa contínua seria mais longa que a fragmentada, mesmo que as duas tenham a mesma duração.Já neste experimento, foi adotada uma proposta semelhante em um dos testes, onde seria necessário se atentar ao silêncio. Surpreendentemente, os participantes mantiveram o mesmo padrão de resposta ao comparar duas faixas de igual duração. Para eles, o silêncio contínuo foi considerado mais longo quando em comparação com as duas pausas silenciosas intercaladas por um ruído.<h2>Analisando a percepção de som e silêncio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/18/18101105307103.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Essa resposta semelhante surpreendeu, mostrando que o silêncio pode ser percebido, e não apenas inferido, como se suspeitava — um assunto capaz de gerar uma série de questionamentos, uma vez que a ciência já demonstrou como o silêncio, por si só, não é capaz de fazer o tímpano vibrar.Em suma, o resultado não muda a noção já consolidada de que o silêncio não seja um som, mas sim a ausência deste. No entanto, ainda assim é possível "ouvi-lo", já que ele gera efeito semelhante ao de outro <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122844-qual-e-a-diferenca-entre-som-e-ruido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ruído</a> qualquer. No final das contas, talvez isso explique o motivo pelo qual determinados silêncios são tão expressivos numa conversa.O que achou do experimento? Ficou em dúvida se você também teria a mesma percepção ou deseja aplicar o teste em outra pessoa? <a href="https://www.perceptionresearch.org/silence/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Neste link</a> você encontrará disponíveis três ilusões auditivas para explorar.</body>

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Será que somos capazes de 'ouvir' o silêncio? Um novo estudo sugere que sim

Imagem de Estes são os cães mais difíceis para treinar, segundo especialistas no megacurioso

Descubra quais são as cinco raças consideradas mais difíceis de adestrar

<head></head><body>Sabemos que os doguinhos, assim como os gatos e muitos outros animais, apresentam personalidades únicas, variando das mais agitadas às mais dóceis, e fazendo com que algumas raças de cães sejam consideradas mais fáceis de serem treinados que outras — inclusive, já falamos sobre isso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124931-as-6-racas-de-caes-mais-faceis-de-treinar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aqui</a> no Mega Curioso.Ao considerar esse último aspecto sob outro prisma, por outro lado, como há diferentes fatores genéticos que atuam até certo ponto sobre o modo como os animais se comportam, especialistas acreditam que há determinadas raças que apresentam maiores dificuldades para serem treinadas. A Reader's Digest elencou quais seriam elas, confira abaixo:<h2>1. Beagle</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/19/19230512323022.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Alguns minutos ao lado dele podem ser o suficiente para entender que se trata de uma raça com energia de sobra. Além disso, pode ser mais difícil prender a atenção do beagle na hora de ensinar algum comando, ou mesmo para evitar que determinados comportamentos indesejados se tornem recorrentes por meio do adestramento.Mas há um lado bom nisso tudo: como a raça também se caracteriza por ter um faro bastante apurado, mais atraída por petiscos, basta oferecê-los acompanhados de doses de paciência e carinho para sanar essa possível dificuldade.<h2>2. Husky siberiano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/19/19230635559023.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Mais do que um cachorro de grande porte, trata-se de uma raça de grande personalidade. Ao mesmo tempo que isso resulta em certa autonomia, também pode tornar mais difícil prender a atenção do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125552-as-6-racas-de-cachorro-mais-perigosas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">husky</a> por muito tempo. Isso pode minar o treinamento, ou torná-lo mais longo que o esperado, caso ele não esteja interessado o bastante.Ou seja, o segredo pode ser trabalhar isso desde filhote, buscando manter sempre o animal motivado e com o gasto de energia em dia, já que ele é bem famoso por se expressar quando está contrariado.<h2>3. Malamute do Alasca</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/19/19230719198024.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)O malamute é uma raça mais comum em locais de clima gelado, e assim como o nosso amigo Husky, destaca-se por ter uma postura mais independente. Uma outra coisa que se sobressalta no seu comportamento é o instinto de caça mais aguçado, fazendo com que se torne mais difícil avançar no treinamento.Além de buscar reduzir potenciais distrações, a dica é investir em atividades que exercitem o malamute para mantê-lo interessado e, assim, obter uma melhor resposta. Vale lembrar que, diferente de outras raças mais gulosas, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115009-conheca-augie-o-golden-retriever-mais-velho-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">golden retriever,</a> o malamute não apresenta tanto desejo de agradar e nem é tão facilmente persuadido por petiscos.<h2>4. Jack Russell Terrier</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/19/19230854165025.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Talvez a rainha consorte <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122961-7-fatos-sobre-a-rainha-consorte-camilla-parker-bowles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Camilla Parker Bowles</a>, esposa do Rei Charles III, discorde disso, já que está entre as mais famosas apreciadoras desta raça, mas o Jack Russel Terrier também tem fama de não estar entre os melhores cães para se treinar. O motivo para isso, segundo especialistas, seria a agrande energia, que tende a acumular e pode fazer o doguinho apresentar um comportamento destrutivo, ou sentir tédio com maior frequência.E assim como o malamute do alasca, a raça possui uma maior predisposição a caçar. Mas uma vez insistindo no treinamento utilizando técnicas para prender a sua atenção, ficará bastante perceptível como se trata de uma raça bastante inteligente.<h2>5. Goldendoodle e Bernedoodle</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/19/19231140980026.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Eles podem parecer bastante simpáticos e carinhosos — e realmente o são — mas isso não significa que os goldendoodles e bernedoodles estejam sempre prontos para aprender algum comando novo. Especialistas acreditam que esta raça tende a apresentar um comportamento mais ansioso em virtude de sua combinação genética.Então, assim como para qualquer outro cãozinho que esteja mais inibido, o importante é ter paciência e investir na socialização, buscando deixá-lo mais confortável, seguro e disposto a aprender.<h2>E nunca é demais lembrar...</h2>Apesar das raças que aparecem nesse ranking apresentarem determinadas características de forma mais pronunciada, a regra permanece sendo a mesma para todos, incluindo os queridos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112303-abaixo-assinado-pede-vira-lata-caramelo-nas-notas-de-r-10.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vira-latas</a>: o reforço positivo é uma ferramenta poderosa para estimular o animal a prosseguir com o comportamento desejado.Mas para isso, é importante não deixar de lado o investimento em estreitar os laços com o animal e buscar realizar atividades que sejam da preferência dele, mantendo-o alegre e saudável. Se você deseja se aprofundar mais sobre esse tema, não deixe de conferir as dicas que separamos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117585-4-dicas-importantes-para-que-o-seu-pet-cresca-saudavel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aqui</a>.</body>

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Estes são os cães mais difíceis para treinar, segundo especialistas

Imagem de Técnica usada em camundongo transparente detecta tumor em estágio inicial no megacurioso

Método desenvolvido para a obtenção de imagens 3D pode revolucionar o diagnóstico e o tratamento de câncer no futuro

<head></head><body>A busca por novas formas de tratamento contra diversas doenças tem mostrado avanços importantes nos últimos anos, como mostram não só recentes estudos sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125549-entenda-por-que-a-cura-do-alzheimer-pode-estar-proxima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alzheimer</a>, que pode ter uma cura desenvolvida nos próximos 15 anos, mas também outras pesquisas sobre doenças que se manifestam de forma bastante agressiva no organismo, como a AIDS.Em se tratando do câncer, um novo método de escaneamento foi desenvolvido por cientistas da Helmholtz Munich, do Ludwig-Maximilians Universität München (LMU) e do LMU University Hospital. O estudo que detalha o processo e os resultados obtidos foi publicado no último dia 10, na Revista Nature Biotechnology. Confira, abaixo, mais detalhes sobre o trabalho apresentado:<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/18/18103806889134.jpg" alt="Novo método de escaneamento pode facilitar a identificação de tumores em estágios iniciais. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Novo método de escaneamento pode facilitar a identificação de tumores em estágios iniciais. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Obtendo imagens 3D do organismo</h2>Com o objetivo de oferecer uma visão rica em detalhes, a equipe de cientistas desenvolveu uma abordagem por varredura chamada WildDISCO, que consiste na obtenção de imagens tridimensionais. Para isso, utilizando camundongos mortos, cientistas removeram a gordura a e o pigmento dos tecidos por meio da aplicação de compostos químicos para torná-los transparentes — método que já havia sido apresentado em 2018.Em seguida, marcadores fluorescentes, que atuam como uma espécie de etiqueta, foram inseridos no organismo. A partir disso, tornou-se possível diferenciar determinados tecidos, ou mesmo moléculas específicas, por meio de modelos computacionais e avançar no campo de diagnóstico por imagem.Isso porque, além de oferecer uma visão do interior do corpo que não pode ser comparada a nenhum tipo de exame por imagem que já tenha sido utilizado antes, esse método promete ser bastante promissor na identificação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125518-5-grandes-avancos-historicos-na-luta-contra-o-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tumores</a> menores.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/18/18103851963135.jpg" alt="Técnica facilita o rastreamento da ação de medicamentos no organismo, sendo promissora para estudos sobre várias doenças. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Técnica facilita o rastreamento da ação de medicamentos no organismo, sendo promissora para estudos sobre várias doenças. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Perspectivas do estudo</h2>Apesar das técnicas já existentes permitirem a identificação e a localização dos tumores no organismo, a exemplo da tomografia e da ressonância magnética, muitas dúvidas envolvendo a evolução e o processo de remissão do câncer eram encaradas como desafios.A aplicação do WildDISCO, portanto, seria especialmente útil para evitar que as células cancerígenas passem despercebidas nos estágios iniciais da doença, ou mesmo quando tumores são removidos durante o tratamento, mas ainda assim o câncer apresenta recorrência futuramente.Com o uso da inteligência artificial para processar os grandes volumes de dados gerados nesse tipo de trabalho, os exames realizados ainda poderiam ser decisivos para obter uma visão detalhada de como o câncer se espalha no organismo e de possíveis impactos em outros órgãos, o que também se mostra importante para o desenvolvimento de tratamentos mais efetivos.Com isso, avaliar a atuação dos medicamentos aplicados se tornaria mais fácil, além de permitir avançar em estudos sobre outras doenças por meio de previsões computacionais. E considerando que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124594-ovulos-sao-criados-a-partir-de-celulas-de-camundongos-machos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camundongos</a> costumam ser utilizados em testes, a técnica adotada ainda pode contribuir com a redução dessa prática.</body>

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Técnica usada em camundongo transparente detecta tumor em estágio inicial

Imagem de Conheça as deslumbrantes cavernas de Longyou, na China no megacurioso

Construídas há mais de 2 mil anos, elas são bem diferentes de tudo o que você já viu!

<head></head><body>Reza a lenda que, no ano de 1992, a população da província chinesa de Zhejiang começou a se perguntar que mistérios um lago que parecia ser sem fundo, localizado junto a uma colina, poderia esconder. Na busca por respostas, um grupo de fazendeiros uniu forças para bombear toda a água do seu interior.Graças a esse trabalho que durou 17 dias, conseguiram avistar a entrada de uma caverna. O que eles não imaginavam é que no seu interior, não havia metais preciosos escondidos, e sim uma espécie bem particular de estrutura feita de arenito. Trata-se das cavernas de Longyou, localizadas na porção leste da China. Confira, abaixo, o que já foi descoberto a respeito dessa antiga construção:<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/13/13092824226027.jpg" alt="Cavernas estão atualmente iluminadas, permitindo a visita de interessados. (Fonte: Zhangzhugang/Wikimedia)">Cavernas estão atualmente iluminadas, permitindo a visita de interessados. (Fonte: Zhangzhugang/Wikimedia)<h2>Conhecendo as Cavernas de Longyou</h2>Sustentadas por grandes pilares, com um teto inclinado, e em meio a paredes marcadas com linhas paralelas e outras formas esculpidas de grande valor artístico, a visão dessas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125221-6-das-cavernas-mais-impressionantes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cavernas</a> de arenito não deixa dúvidas de que teriam sido produzidas pelo homem. O motivo para isso ainda permanece indefinido, já que nenhum registro que documente a sua construção foi encontrado até hoje.A princípio, foram descobertas 5 grandes cavernas, mas análises posteriores revelaram que, ao todo, elas são 24. Interconectadas, elas possuem dimensões que variam. Fato é que ainda hoje, as cavernas de Longyou encantam e intrigam na mesma proporção, motivando uma série de estudos para permitir desvendar alguns dos mistérios que rondam a sua existência.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/13/13093017446030.jpg" alt="A integridade das rochas é um dos fatores que mais surpreende. (Fonte: Zhangzhugang/Wikimedia)">A integridade das rochas é um dos fatores que mais surpreende. (Fonte: Zhangzhugang/Wikimedia)<h2>O que se sabe sobre a origem das cavernas de Longyou</h2>Por ora, sabemos que elas teriam sido construídas há mais de 2 mil anos. Agora, que tipo de tecnologia teria sido usada para realizar esse trabalho, permanece sendo um mistério a parte. Mesmo após tanto tempo, as cavernas se mantiveram com a sua estrutura muito bem preservada em virtude de fatores que atuaram conjuntamente.A largura delas, por sua vez, varia entre 18 e 34 metros, enquanto a altura vai de 8 a 18 metros, fazendo com que estejam entre uma das maiores e mais antigas construções <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124411-as-5-cidades-subterraneas-mais-incriveis-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">subterrâneas</a> já descobertas. A lagoa que estava ocupando a sua entrada, de origem fluvial, evidencia que o local é favorável a esse tipo de formação — o que não tornaria as cavernas um bom depósito.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/13/13093226222033.jpg" alt="(Fonte: Zhangzhugang/Wikimedia)">(Fonte: Zhangzhugang/Wikimedia)Naturalmente, há teorias que tentam explicar o que teria justificado a construção delas. Será que elas teriam sido um palácio secreto, ou mesmo um bunker militar? Segundo Yang Hongxun, que é pesquisador do Instituto de Arqueologia da Academia Chinesa de Ciências Sociais, as cavernas foram construídas a mando do Rei Goujian, a partir de 494 a.C., para proteger seu exército após sofrer uma derrota em batalha.Fato é que seus detalhes dessas obras revelam que muito esforço foi envolvido em sua construção, e que possivelmente elas teriam desempenhado um papel bastante importante no período, antes de se tornarem invisíveis dos olhos das gerações posteriores.</body>

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Conheça as deslumbrantes cavernas de Longyou, na China

Imagem de 'Homem de Marfim', figura de poder da Idade do Cobre, teria sido uma mulher no megacurioso

Método inovador permitiu descobrir o sexo biológico de figura de grande poder da Idade do Cobre

<head></head><body>A predominância de visões androcêntricas, que colocam o homem no centro dos acontecimentos, ainda é uma constante, como nos mostra o enfoque que costuma ser dado a determinados eventos históricos. Mas graças aos avanços no campo da arqueologia de gênero, que passou a ganhar um maior espaço a partir dos anos 1980 e busca sanar falhas de pesquisa, isso pode mudar.Como exemplo do seu papel, temos um caso bastante interessante envolvendo o "Homem de Marfim", uma figura que teria vivido há cerca de 5 mil anos, no período da Idade do Cobre, numa região que hoje corresponde a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124501-dna-revela-historia-de-novos-povos-da-europa-no-fim-da-era-do-gelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Espanha</a>. Acredita-se que ele tenha morrido jovem, com idade entre 17 e 25 anos.E considerando a tumba onde essa figura teria repousado, repleta de objetos de luxo, tudo indicava que não só ela teria ocupado a mais alta posição dentro da sociedade, como ainda teria sido reverenciada por séculos após a sua morte. E é aí que entra o elemento surpresa: segundo um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Sevilha, nem tudo o que foi descoberto a seu respeito estaria correto.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/12/12105333243094.jpg" alt="Nova representação destaca a liderança feminina na antiguidade. (Fonte: Nature/Reprodução)">Nova representação destaca a liderança feminina na antiguidade. (Fonte: Nature/Reprodução)<h2>Redescobrindo a "Dama de Marfim"</h2>Isso porque uma nova análise revelou que o esqueleto batizado de "Homem de Marfim" não seria de um homem, mas de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/75585-21-mulheres-incriveis-que-mudaram-o-mundo-para-melhor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mulher</a>, contrariando o que foi anunciado em 2008. Para chegar a esse resultado, os pesquisadores fizeram uso de uma técnica mais precisa que permite identificar o sexo biológico a partir da análise do esmalte dental.Assim, por meio de uma proteína chamada amelogenina, seria possível determinar que os restos mortais seriam correspondentes ao sexo cromossômico masculino, no caso do gene AMELY ser identificado, ou feminino, quando o gene AMELX é detectado. No caso em questão, a análise dos dentes molar e incisivo apontou para o gene AMELX.Inclusive, há alguns elementos que corroboram a hipótese que essa mulher não teria sido escolhida em virtude de sua posição social, mas sim por méritos próprios. A análise dos ossos da "Dama do Marfim" indica que ela teria se dedicado a trabalhos que exigiam bastante fisicamente, mostrando que mesmo no papel de liderança, ela contribuía ativamente na realização de tarefas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/12/12162225909329.jpg" alt="Prato de cerâmica e objetos de marfim, dentre outros itens, foram encontrados na tumba da &quot;Dama de Marfim&quot; (Fonte: Nature/Reprodução)">Prato de cerâmica e objetos de marfim, dentre outros itens, foram encontrados na tumba da "Dama de Marfim" (Fonte: Nature/Reprodução)<h2>Pesquisa abre novas perspectivas</h2>Na busca por mais informações sobre aquela antiga sociedade, outras descobertas ocorreram: em um cemitério próximo do local que foi foco das investigações, havia outros 15 esqueletos do sexo feminino numa tumba, e artefatos exóticos também teriam sido recuperados, indicando que elas teriam tido grande importância.Além disso, exames das sepulturas de crianças sugerem que as posições hierárquicas não seriam transmitidas entre gerações naquele período, uma vez que objetos funerários não foram localizados.O estudo ainda revelou que nenhum outro homem teria ocupado uma posição mais elevada, como apontam as comparações das tumbas analisadas, demonstrando como mesmo nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124709-mapa-mais-antigo-ja-descoberto-da-europa-mostra-idade-do-bronze.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">períodos mais antigos</a>, as mulheres conquistaram uma notável participação política na sociedade.Sob um ponto de vista, o trabalho realizado evidencia o quanto a identificação do sexo de esqueletos antigos, geralmente mal preservados, tem apresentado falhas graves, mas ao mesmo tempo, abre as portas para que novas descobertas nesse sentido ofereçam uma melhor compreensão do passado.</body>

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'Homem de Marfim', figura de poder da Idade do Cobre, teria sido uma mulher

Imagem de Chimpanzé e bonobo: quais semelhanças eles possuem com o ser humano? no megacurioso

Apesar de apresentar DNA bastante similar ao do ser humano, pesquisadores apontam que há diferentes tendências comportamentais entre as espécies

<head></head><body>Em meio à evolução das espécies, muitas características permanecem sendo comuns entre diferentes grupos, o que permite tanto estabelecer comparações, quanto especular sobre como determinados traços teriam sido transmitidos ao longo de bilhões de anos.E isso se torna especialmente verdadeiro quando paramos para pensar que existem dois símios africanos com um altíssimo nível de similaridade com o DNA humano, alcançando os 98,7%. Estamos falando do chimpanzé (Pan troglodytes), que ganhou fama justamente por isso, e também do bonobo (Pan paniscus), que teria alcançado o mesmo percentual.Entenda, agora, quais pontos são levantados por especialistas nesse tema e conheça um pouco mais sobre ambas as espécies.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/10/10001017714001.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Analisando as similaridades</h2>Nesse sentido, um estudo genético publicado na revista Nature em 2012 trouxe muitos dados importantes: o primeiro aponta que genoma humano está relacionado com o dos chimpanzés e bonobos em mais de 3%. Além disso, enquanto a diferenciação genética entre o homem e as outras duas espécies seria de 1,3%, entre chimpanzés e bonobos, esse valor seria de 0,4%.&nbsp;Fato é que, indo além da capacidade de resolver problemas mais complexos, e da própria anatomia, algumas das emoções e tendências comportamentais que vemos nestas outras espécies também se manifestam no ser humano.Nos chimpanzés, temos o humor, e mesmo uma significativa dose de competitividade, que em dados momentos se reflete na busca por hierarquia e domínio territorial. Inclusive, em contextos mais extremos, esses últimos elementos acabam se desdobrando em ações mais agressivas, como quando se unem para atacar outros grupos.Apesar de ser compreendido que por serem racionais, os homens são perfeitamente capazes de justificar seus atos, estudiosos ainda tentam delimitar o quanto das tendências seriam intrínsecas à espécie humana, e ainda quais traços teriam sido compartilhados entre um <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ancestral comum</a>. Como o próprio estudo aponta, nesse último cenário, se trataria de um mosaico bastante complexo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/12/12094553399059.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Conhecendo os bonobos</h2>Já entre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111356-conheca-os-primatas-que-recebem-ajuda-materna-para-fazerem-mais-sexo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bonobos</a>, por outro lado, é o lado amistoso que mais chama a atenção, de modo que sejam apontados como animais com uma melhor capacidade de resolver conflitos, quando em comparação com os chimpanzés.Cientistas apontam que mesmo o comportamento sexual da espécie e a forma como interagem em contextos mais descontraídos chega a lembrar a maneira como os humanos estabelecem suas relações. Não se sabe, ainda, se eles teriam uma inteligência social superior.Inclusive, essa postura mais harmoniosa fez a espécie receber alguns apelidos, como a de "macacos feministas". O motivo para isso seriam determinadas dinâmicas observadas, como a de fêmeas liderarem grupos sem que os machos apresentem grande resistência.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/10/10001055051002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Outro fato bastante interessante diz respeito à tendência dos bonobos compartilharem alimentos. Curiosamente, o mesmo padrão se mantém com animais que não pertençam ao próprio grupo, ou mesmo quando não há benefícios envolvidos na tarefa de ajudar outro bonobo a se alimentar, o que demonstra grande empatia e surpreende.Com isso, observar os animais pode até levantar a questão sobre qual espécie, afinal, estaria mais próxima dos humanos. Talvez seja cedo para apontar que qualquer semelhança seja suficiente para justificar determinados comportamentos, já que mesmo sendo expressivas, elas não explicam sobre a forma como os homens agem, pensam e se relacionam.Mas ainda assim, entender melhor sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119260-ham-o-chimpanze-da-nasa-que-foi-o-1-primata-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chimpanzé</a> e o bonobo não deixa de ser uma forma bastante efetiva de demonstrar o quanto o mundo animal é bastante complexo — talvez muito mais do que aparenta ser —, o que pode ser usado para tornar o olhar humano mais atento e empático.</body>

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Chimpanzé e bonobo: quais semelhanças eles possuem com o ser humano?

Imagem de Os 6 melhores alimentos para o cérebro no megacurioso

Para turbinar a concentração, a memória e mandar o mau humor para longe, escolher os alimentos certos é o primeiro passo

<head></head><body>Para quem está em busca de obter benefícios específicos para o cérebro, por mais que uma dieta equilibrada seja fundamental, investir no consumo de determinados alimentos é o que pode fazer toda a diferença na rotina, seja para turbinar a concentração, a memória, ou mesmo para mandar o mau humor para longe. Pensando nisso, confira 6 alimentos perfeitos para melhorar o desempenho da mente sem abrir mão da energia.<h2>1. Folhas verdes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06213119867012.jpg" alt="Acelga, alface, brócolis, espinafre e rúcula são algumas das opções para enriquecer a dieta. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Acelga, alface, brócolis, espinafre e rúcula são algumas das opções para enriquecer a dieta. (Fonte: Getty Images/Reprodução)As folhas verdes são bastante relacionadas aos benefícios que promovem para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121520-por-que-o-intestino-e-o-nosso-segundo-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intestino</a>, por isso nunca é mais lembrar do papel delas para o cérebro. Isso porque elas são fontes de ácido fólico, vitamina E, K e também as vitaminas do complexo B.Estas, em específico, desempenham papéis importantes, seja no desempenho cognitivo, ou mesmo na preservação da atenção e do bom humor. Flavonoides também estão presentes nas folhas verdes e merecem destaque, já que são associadas por atuar na redução do risco de declínio cognitivo e demência.<h2>2. Chá e café</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06213249353013.jpg" alt="A cafeína, presente tanto no café, quanto em uma grande variedade de chás, exerce impacto positivo no cérebro — desde que consumida com moderação. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">A cafeína, presente tanto no café, quanto em uma grande variedade de chás, exerce impacto positivo no cérebro — desde que consumida com moderação. (Fonte: Getty Images/Reprodução)Quem não subestima o poder do café da manhã sabe como o dia só começa de verdade após consumir a sua bebida favorita, seja ela chá ou café.E considerando os benefícios que elas promovem, por apresentarem cafeína, são a escolha ideal para melhorar a função mental e turbinar a concentração, ainda que por um período limitado. Como exemplo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123943-tomar-cha-realmente-ajuda-na-digestao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chás</a> úteis nesse sentido, temos o chá preto, vermelho e também o mate.<h2>3. Nozes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06213335254014.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Além de serem ricas em proteínas, as nozes também apresentam doses generosas de ácidos graxos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119523-qual-a-relacao-do-omega-3-com-o-aumento-da-expectativa-de-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ômega-3</a>, que são bastante benéficos para a mente e a memória, já que atuam tanto na transmissão de informação neuronal, quanto auxiliam na formação de novas células da região cerebral.Seus benefícios ainda incluem efeitos anti-inflamatórios. Para quem se pergunta sobre a quantidade diária recomendada, 1/4 de xícara é o suficiente.<h2>4. Peixes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06213417580015.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)A carne branca, proveniente de peixes, não poderia ficar de fora de lista, não apenas pelo menor teor de gorduras, mas pela presença de proteínas e compostos importantes para a atividade cerebral, como os ácidos graxos ômega-3 e as vitaminas do complexo B, que já falamos anteriormente.Para variar o cardápio, é possível apostar no consumo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118720-os-6-melhores-frutos-do-mar-para-quem-tem-diabetes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">salmão</a>, bacalhau e mesmo no atum enlatado. Para quem prefere outras opções ricas nesses nutrientes, linhaça e abacate também podem ser adotados.<h2>5. Frutas vermelhas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06213557853016.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Frutas vermelhas também são ricas em flavonoides, que ajudam a evitar o declínio cognitivo. Dentre elas, opções não faltam, como os mirtilos e os morangos. Polifenóis também estão presentes no açaí, na amora e mesmo na jabuticaba, sendo os compostos responsáveis por proteger o tecido cerebral de inflamações.Pensando nisso, além de investir numa salada de frutas, vitaminas também podem facilitar a ingestão desses nutrientes — tudo isso sem falar no sabor!<h2>6. Chocolate amargo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06213639481017.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)E a lista não poderia terminar melhor, já que, às vezes, apenas um doce é capaz de salvar o dia. Isso é verdade justamente porque o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124057-por-que-chocolate-e-tao-gostoso-cientistas-podem-ter-encontrado-o-segredo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chocolate</a> amargo possui o neurotransmissor feniletilamina em sua composição, o que ajuda a preservar o bom humor e a sensação de bem-estar.Assim como a cúrcuma, o iogurte natural e a beterraba, o cacau está no rol de alimentos que podem reduzir o desânimo e a ansiedade. E apesar de não dispensar o acompanhamento de um especialista nos casos em que a situação exigir, ele dá uma amostra importante do poder dos alimentos para uma vida mais equilibrada.</body>

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Os 6 melhores alimentos para o cérebro

Imagem de Cientistas descobrem berçário de polvos no mar da Costa Rica no megacurioso

Descoberta gerou surpresa, já que região era considerada inóspita para os polvos

<head></head><body>Quando uma equipe de cientistas explorava a costa oeste do mar da Costa Rica, em 2013, a presença de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125004-por-que-polvos-femeas-se-matam-apos-acasalar-a-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polvos fêmeas</a> reunidas chocando seus ovos não passou despercebida. No entanto, como nenhum embrião havia sido encontrado por ali, os pesquisadores acreditaram que o local não teria potencial para se tornar um berçário.Dez anos depois, eles descobriram que estavam errados – o que foi comemorado entre os estudiosos. É o que aponta a expedição Octopus Odyssey, ou Odisseia dos Polvos, em português, que teve duração de 19 dias e foi conduzida a bordo de um navio do Schmitd Ocean Institute, ONG que atua em estudos sobre os oceanos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06150009277055.jpg" alt="Local onde a descoberta do berçário ocorreu, que fica mais de 2800 metros abaixo do nível do mar, já havia sido explorado em 2013. (Fonte: Schmidt Ocean/Reprodução)">Local onde a descoberta do berçário ocorreu, que fica mais de 2800 metros abaixo do nível do mar, já havia sido explorado em 2013. (Fonte: Schmidt Ocean/Reprodução)<h2>Descoberta do berçário de polvos</h2>A surpresa pode ser explicada por uma razão bem simples: o monte marinho Dorado Outcrop,&nbsp;onde ocorreu a descoberta, faz parte de uma região hidrotermal, onde fluidos mais quentes são liberados nas águas. E considerando que polvos geralmente preferem se instalar em águas mais frias, tudo indicava que a região poderia não oferecer as condições mais adequadas para o desenvolvimento dos animais.Pelo visto, a regra não se aplica a todas as espécies de polvo, embora o motivo para isso ainda não tenha sido esclarecido. Com a descoberta desse novo local de incubação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125318-octlantis-a-cidade-subaquatica-construida-por-comunidade-de-polvos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polvos</a>, passam a ter três berçários mundialmente documentados, e este seria o primeiro instalado no fundo do mar.As imagens, obtidas pelo robô subaquático ROV SuBastian, indicam que se trata de um berçário ativo da espécie Muusoctopus. Uma das principais características desses polvos diz respeito à sua dimensão, de pequeno a médio porte, além da ausência de bolsos de tinta.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06150143463058.jpg" alt="Cientistas de diversos países participaram da expedição. (Fonte: Schmidt Ocean/Reprodução)">Cientistas de diversos países participaram da expedição. (Fonte: Schmidt Ocean/Reprodução)"A descoberta de um novo berçário ativo de polvos a mais de 2.800 metros abaixo da superfície do mar, nas águas da Costa Rica, prova que ainda há muito a aprender sobre o nosso oceano", disse Jyotika Virmani, que é diretor executivo do Schmidt Ocean Institute.As imagens obtidas dão uma amostra do universo que estava escondido. Inclusive, a expedição também envolveu outros cinco montes submarinos, deixando a equipe com a forte impressão de que a biodiversidade por ali é tão rica, que tem potencial para permitir a descoberta de novas espécies futuramente. Além dos filhotes de polvos, peixes tripés e jardins de corais foram identificados.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06150308913061.jpg" alt="Expectativa é que a descoberta auxilie em estudos futuros sobre a vida no mar. (Fonte: Schmidt Ocean/Reprodução)">Expectativa é que a descoberta auxilie em estudos futuros sobre a vida no mar. (Fonte: Schmidt Ocean/Reprodução)<h2>Expedição busca promover conscientização ambiental</h2>Uma das preocupações de ambientalistas, e mesmo de integrantes da equipe de cientistas, diz respeito à área em questão estar desprotegida das atividades humanas, de modo que a pesca ainda seja praticada nas águas da Costa Rica.Pensando nisso, um dos objetivos envolvidos nessa expedição é o de ampliar a conscientização sobre a necessidade de proteger as águas e a vida marinha. Os trabalhos de pesquisa na região, por sua vez, seguirão até o final deste ano.</body>

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Cientistas descobrem berçário de polvos no mar da Costa Rica

Imagem de Mistério sobre "cachoeira de sangue" da Antártica é desvendado no megacurioso

Geleira da Antártica que jorra líquido vermelho foi alvo de estudo; veja o que foi descoberto

<head></head><body>A visão de uma geleira escorrendo um líquido vermelho, que lembra sangue, pode ser bastante assustadora. E quando esse fenômeno ocorre na Antártica, isso também significa que ele pode acabar se tornando um mistério, visto que o continente é despovoado e muito daquilo que ocorre por lá ainda não é inteiramente compreendido por nós.Essa visão assustadora foi a que Thomas Griffith Taylor, um geógrafo britânico, teve quando visitou a porção oriental da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118566-antartica-ou-antartida-qual-o-nome-correto-do-continente-gelado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antártica</a> no ano de 1911 – o que rendeu o nome de "Blood Falls" ao evento. E, recentemente, graças a uma pesquisa publicada no periódico Frontiers in Astronomy and Space Sciences, finalmente há uma explicação para isso.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/09/09231255248000.jpg" alt="Geleira Taylor, na Antártica, foi alvo de pesquisa. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)">Geleira Taylor, na Antártica, foi alvo de pesquisa. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)<h2>Explorando a "cachoeira de sangue" da Antártica</h2>Como já suspeitavam os pesquisadores, a presença de ferro explica a cor das águas, já que seu tom de vermelho é bastante característico. No entanto, identificar que realmente se tratava desse material não foi simples, já que exigiu a coleta de amostras para uma análise multitécnica, justificando o porquê de ter demorado tantas décadas para uma resposta conclusiva ter sido divulgada.Segundo Ken Livi, que é pesquisador da Johns Hopkins University e examinou o material, os métodos de identificação utilizados até então falharam por serem capazes de detectar apenas átomos dispostos em estruturas cristalinas. E neste caso, as nanoesferas de ferro não apresentam essa característica, dificultando sua identificação.Além do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124506-ferro-7-coisas-que-voce-deve-saber-sobre-esse-mineral.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ferro</a>, silício, sódio, cálcio e alumínio também foram identificados. A presença deles, combinada à salinidade presente no líquido, foi apontada como motivo para essas águas subglaciais apresentarem tons amarelados em determinados períodos. A cor avermelhada, por outro lado, se apresentava dessa forma após as nanoesferas terem contato com o oxigênio.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/09/09231517350002.jpg" alt="Regiões subterrâneas da Antártica podem abrigar bactérias mesmo em condições inóspitas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Regiões subterrâneas da Antártica podem abrigar bactérias mesmo em condições inóspitas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Mas, afinal, de onde se origina o material despejado pela Geleira Taylor?</h2>Acredita-se que as nanoesferas de ferro que saem da geleira Taylor têm origem num lago salgado que existe há milhões de anos. E apesar de quase não existir oxigênio nessa região em que o lago subglacial se encontra, já foi possível identificar a presença de <a href="https://www.megacurioso.com.br/bacterias-e-protozoarios/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bactérias</a>.Esses micro-organismos teriam preservado sua existência possivelmente graças ao ciclo de ferro existente nessa água antiga, que preserva características únicas. Para os cientistas, essas descobertas, além dos próprios métodos de identificação adotados na pesquisa, podem ser úteis para auxiliar na busca por diferentes formas de vida em outros planetas futuramente.Tudo isso porque estamos tratando de um ambiente bastante desfavorável para a vida na Terra, e que possivelmente contou com bactérias que permaneceram imutáveis ao longo de milênios. Além disso, conhecer melhor sobre a estrutura de materiais que não sejam cristalinos, de dimensões nanométricas, se mostra como um caminho interessante a ser explorado, uma vez que eles também podem estar presentes em outros planetas, como Marte.</body>

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Mistério sobre 'cachoeira de sangue' da Antártica é desvendado

Imagem de O que significam tantos recordes de temperaturas altas recentemente no mundo? no megacurioso

Segundo especialistas, as mudanças climáticas não seriam o único motivo para isso; entenda

<head></head><body>Ainda não chegamos na metade do mês de julho, mas já tivemos novos recordes de temperaturas médias globais nos últimos dias. E se pararmos para reparar, notícias envolvendo eventos climáticos estão tornando mais recorrentes nas últimas semanas, a exemplo dos incêndios florestais no Canadá, e mesmo das ondas de calor sendo reportadas em várias localidades, como na China e no continente africano.Paralelamente, ainda tem sido acompanhada a expressiva redução da cobertura de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124402-geleira-do-juizo-final-esta-perto-de-colapsar-dizem-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gelo</a> na Antártida, que apresentou o valor mais baixo dentre os já registrados. Mas, afinal, por que eventos extremos e recordes de temperatura estão ocorrendo com tanta frequência ultimamente?<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/09/09223802858009.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Fatores que explicam a crise climática global</h2>Especialistas acreditam que há diferentes fatores convergindo para esse cenário de temperaturas mais altas e de eventos climáticos extremos. Ou, seja, não se trata apenas de uma mudança climática, mas também da ação do El Niño, cujo início foi oficializado pelas Nações Unidas no último dia 4.Nos últimos meses, o aumento da temperatura nas águas próximas ao Equador e Peru, na América do Sul, no chamado El Niño costeiro, já representava um sinal de que o fenômeno deste ano geraria efeitos mais expressivos. A partir disso, análises passaram a identificar uma maior probabilidade de formação do super El Niño ainda neste ano.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/09/09223838637010.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Geralmente, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125460-por-que-o-el-nino-faz-os-invernos-serem-menos-rigorosos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">El Niño</a> ocorre em intervalos de três a sete anos, com intensidades variadas. No entanto, tem-se observado uma maior frequência da sua formação, além de uma maior intensificação dos seus efeitos. De forma geral, ele atua fazendo com que as águas do Pacífico fiquem mais aquecidas, transferindo, assim, parte desse calor para a atmosfera.Em se tratando das mudanças climáticas, por outro lado, a queima de combustíveis e a atividade humana permanecem sendo fatores que contribuem para agravar essas anomalias climáticas. E uma vez que todos esses eventos atuam ao mesmo tempo, especialistas acreditam que cenários semelhantes aos observados nos últimos dias deverão continuar acontecendo.Inclusive, a estimativa é que dentre os efeitos que poderão ser percebidos localmente, no Brasil, há possibilidade que haja maior incidência de chuvas na porção sul do país, enquanto a região da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124341-5-fatos-completamente-surpreendentes-sobre-o-rio-amazonas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amazônia</a> deverá enfrentar secas mais severas, e mesmo um maior risco de incêndios.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/09/09223928087011.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Recordes em médias de temperaturas globais</h2>Por todos esses motivos, acompanhar alguns dos eventos mais recentes se mostra importante para entender a magnitude da crise climática global. Segundo dados levantados por pesquisadores da Universidade do Maine (EUA), houve três recordes de temperatura média global em apenas uma semana neste mês de julho.Na última quinta-feira (06), a temperatura média global alcançou os 17,23 °C, sendo um valor maior que o apresentado nos dias anteriores, que tinham sido os mais altos da história. Na terça (04), a média tinha sido de 17,18 °C e na segunda (03), de 17,01 °C.Vale destacar ainda que foi a primeira vez que as análises apontaram valores acima de 17 °C. Até então, a média mais alta já registrada seria a alcançada em 2016, de 16,92 °C. Para chegar a esses números, que não são considerados oficiais, além de modelos computacionais, os pesquisadores utilizaram satélites e balões para fazer a medição.</body>

Mychelle Araújo