
Estilo de vida
08/08/2017 às 11:30•2 min de leitura
O cantor Luiz Melodia faleceu na última sexta-feira (4), depois de ser acometido por um mieloma múltiplo: um câncer bastante raro que afeta a medula óssea. O “pérola negra” da MPB estava com 66 anos e fazia parte justamente da maior parcela de vítimas dessa doença, que são homens afrodescendentes acima dos 65 anos. Mas, afinal, quais são os sintomas? Existe cura?
Tudo começa quando a medula óssea passa a produzir um número excessivo de plasmócitos, que são células que atuam em nosso sistema imunológico. Com essa função descontrolada, a produção de glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas, que também acontece na medula, passa ficar comprometida, deixando o corpo enfraquecido.
Os especialistas ainda não conseguiram determinar uma causa para esse comportamento da medula. Em pessoas normais, os plasmócitos representam apenas 5% das células dentro da medula, mas esse percentual pode chegar a 30% em pacientes com miolema múltiplo. A nova investida é analisar o DNA dessas células cancerígenas e tentar compreender o que as torna anômalas.
A medula óssea passa a produzir células cancerígenas, comprometendo a produção de células boas
Como o mieloma múltiplo afeta a produção de glóbulos vermelhos, alguns sinais comuns são anemia, fraqueza, falta de ar e tontura. Já a falta de glóbulos brancos pode deixar o corpo mais propenso a desenvolver infecções, enquanto a diminuição do número de plaquetas aumenta a possibilidade de sangramentos difíceis de controlar.
Além disso, dores nos ossos são recorrentes, já que a medula é afetada e enfraquece as estruturas ósseas, deixando-as mais fracas. Essa algia pode atingir qualquer osso do corpo, mas os do quadril, da coluna e do crânio costumam ser os mais afetados, logo, os que mais doem.
Esse enfraquecimento ósseo faz com que uma grande quantidade de cálcio caia na corrente sanguínea, causando desidratação e insuficiência renal. Em níveis extremos, pode até levar ao coma! Outro sistema que pode sofrer com o mieloma múltiplo é o nervoso: os nervos espinhais podem ganhar muita pressão, já que a coluna fica comprometida, e isso causa dores muito fortes.
Dores nas costas e no quadril são alguns dos sintomas da doença
Como esse é um câncer raro, ele acaba sendo diagnosticado muito tarde. E para piorar, o mieloma múltiplo ainda não tem cura. Hoje, os pacientes acabam fazendo tratamentos para retardar o avanço da doença, como medidas paliativas para superar a anemia e evitar complicações renais, por exemplo.
Isso não impede que o paciente leve uma vida relativamente normal, porém é necessário tomar remédios como bortezomib e corticoides, além de passar por sessões de quimioterapia e radioterapia. Apenas um médico poderá indicar o melhor tratamento para cada caso e para cada estágio da doença.
O transplante de células-tronco também tem sido indicado para tentar fazer com que a medula óssea doente possa ser extinta e seja criada uma nova. Os médicos ainda não chegaram a uma cura através desse processo, mas pode ser uma alternativa para os pacientes.
A quimioterapia pode diminuir o avanço da doença
Para mais informações sobre o mieloma múltiplo, você pode acessar o portal nacional da International Myeloma Foundation, que traz as mais recentes descobertas sobre a doença, além de todos os detalhes para quem acaba de descobrir que a possui – e até mesmo para quem nem sonha que pode vir a ser vítima desse problema.
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