
Estilo de vida
25/04/2018 às 08:30•2 min de leitura
Os Estados Unidos proibiram a venda de cannabis no país na década de 30 graças a um único homem: Harry J. Anslinger, na época comissário do Departamento Federal de Narcóticos do Tesouro Nacional.
Embora atualmente o consumo da maconha seja legalizado em 9 estados, além da capital, Washington, e seu uso medicinal seja autorizado em 29 outros estados, ela foi banida na época puramente por uma espécie de jogada de marketing do comissário.
A história norte-americana com proibições de drogas começa com a lei que impossibilitou o consumo de álcool algumas décadas antes, mas que foi um verdadeiro fracasso. A questão é que, quando este voltou a ser permitido, o comissário e seu departamento, responsável por fiscalizar o comércio de bebidas alcoólicas, basicamente ficou sem ter o que fazer. Com medo de se tornar dispensável, Anslinger focou sua atenção no consumo da maconha.
Atualmente, sabe-se que essa droga, além de seus usos medicinais comprovados, não oferece os riscos que durante décadas foi propagado que oferecia. Diferente do álcool, que mata cerca de 40 mil pessoas todos os anos dos Estados Unidos, não há registro de mortes ocasionadas diretamente por consumo de cannabis.
A questão é que Anslinger começou uma verdadeira campanha para proibir o uso da marijuana, divulgando que ela levaria à raiva, ao erotismo, à falta de controle, à diminuição do raciocínio e à insanidade.
Embora tenha encontrado um único estudo que apoiava essa cruzada — enquanto outros 29 diziam exatamente o oposto —, o comissário se firmou sobre esse relato e buscou relacionar a droga a um violento e notório crime ocorrido na época.
Quando um jovem chamado Victor Licata esquartejou toda a família com um machado, o departamento de narcóticos deu um jeito de dizer que ele estava sob efeito da maconha — o que mais tarde se provou não ter nenhuma relação com a realidade.
Na verdade, Licata tinha um histórico de doença mental, e sua família já havia sido orientada a iniciar um tratamento em uma instituição, mas se recusou.
Ainda assim, foi o que bastou para que a cannabis fosse proibida em todo o país. Quando a justificativa chegou ao público em geral, a pressão popular dos cidadãos de bem, das famílias e das escolas foi suficiente para espalhar o terror do que a maconha poderia fazer com as gerações futuras e iniciar uma verdadeira guerra às drogas que levou a maconha a ser banida nos Estados Unidos.
A cruzada norte-americana inspirou ainda outros países, como o México, por exemplo, a também seguirem o mesmo rumo.
Apenas em 2006, com a intervenção de um jovem chamado Mason Tvert, iniciou-se nos EUA uma campanha pela legalização do consumo dessa droga que, sabe-se, não parou completamente de ser utilizada, ainda que ilegalmente — e também não impediu a entrada no país de outras substâncias muito mais nocivas e perigosas.
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