Lambidas de tiranossauro? Elas só seriam possíveis nos filmes mesmo!

01/06/2019 às 11:002 min de leitura

Você se recorda da dramática cena de “O Mundo Perdido: Jurassic Park”, de 1997, em que o tiranossauro dá umas lambidelas na Dra. Sarah Harding, vivida por Julianne Moore, enquanto ela e outros personagens do filme se encontram refugiados em uma cachoeira e tentam não virar petisco do lagartão? Caso você não se lembre, confira o trecho do qual estamos falando no clipe a seguir:

Viu como o T-Rex bota a linguona para fora e a passa para lá e para cá sobre a apavorada paleontóloga? Pois, de acordo com Monica Kortsha-Texas, do site Futurity, um estudo recente apresentado por cientistas da Universidade do Texas em Austin, nos EUA, apontou que essa cena só seria possível nos filmes mesmo, uma vez que, segundo o time, os dinossauros provavelmente eram incapazes de pôr as línguas para fora de suas bocas.

Só na ficção

A conclusão aconteceu depois de os pesquisadores compararem os ossos que ficam no pescoço e que ajudam a dar suporte e fixar a língua de aves e crocodilos com fósseis. Esses ossos se chamam hioides e, depois de analisar os fragmentos, os cientistas perceberam que, em vez de os dinossauros terem línguas parecidas às dos lagartos atuais, elas eram mais parecidas com as dos jacarés e seus parentes — e provavelmente ficavam “presas” à parte inferior de suas bocas.

Fósseis de dinossauroVários fósseis (National Geographic)

Mais especificamente, os pesquisadores capturaram imagens em alta resolução dos ossos hioides — e musculatura relacionada — de 15 espécies diferentes de animais “modernos”, sendo três delas de crocodilos e o restante de pássaros, incluindo patos e avestruzes, assim como de fósseis de exemplares extintos, incluindo pterossauros e até o osso de um T-Rex.

A comparação das estruturas atuais com as dos dinossauros revelou que os ossos hioides dos animais pré-históricos eram muito mais próximos aos dos crocodilos do que das aves e, portanto, suas línguas não deviam ser muito móveis, não, uma vez que elas ficariam completamente fixas no assoalho da boca.

Atualizando padrões

Mas não pense que a galera responsável por recriar os dinossauros para os filmes — com linguonas marotas e tudo mais — são os caras mais por fora do mundo da paleontologia! Conforme explicaram os cientistas responsáveis pela pesquisa, as línguas dos dinossauros não costumam ser objeto de estudo e foram retratadas como sendo flexíveis e móveis desde sempre.

Cena de Jurassic ParkCorre! (Digital Trends)

Outra coisa interessante que foi apresentada recentemente — coincidentemente pelo mesmo time de cientistas — foram evidências de que, em vez de gritos e rugidos assustadores, os dinossauros produziam ruídos e vocalizações também semelhantes aos emitidos pelos crocodilos.

Além disso, os cientistas relacionaram as mesmas estruturas — osso hioide e musculatura correlata — à habilidade de voar. Curiosamente, os pesquisadores descobriram que os pterossauros (dinossauros capazes de voar) e as aves atuais apresentam algumas semelhanças, mesmo pertencendo a linhagens diferentes.

Uma possibilidade, segundo os pesquisadores, é que, conforme os braços dos dinossauros foram evoluindo em asas, os animais pré-históricos foram perdendo a habilidade de capturar suas presas com as garras e foram ganhando línguas mais avançadas e móveis — como as das aves modernas — para conseguir encontrar comida com mais facilidade.

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