
Estilo de vida
30/08/2018 às 10:00•2 min de leitura
Nós do Mega Curioso já falamos por aqui sobre o permafrost — um tipo de solo que pode ser encontrado na região do Ártico e que se caracteriza(va) por permanecer constantemente congelado. Por conta dessa característica, o permafrost funciona(va) como uma espécie de freezer natural, preservando toda classe de coisas durante séculos e até vários milênios.
Boa parte da Sibéria é coberta por esse tipo de solo, mas, com a elevação das temperaturas na Terra, algumas regiões estão apresentando degelo e revelando coisas que estavam ali, sepultadas no permafrost e congeladas no tempo. A última descoberta revelada por lá foi o corpo perfeitamente preservado de um cavalinho já extinto que morreu há pelo menos 40 mil anos! Veja o bichinho:
Completamente preservado (Science Alert/Michil Yakoklev/North-Eastern Federal University)
De acordo com os pesquisadores que encontraram o exemplar — um time composto por cientistas russos e japoneses —, o animal foi achado enterrado a 30 metros de profundidade em um local chamado Cratera de Batagi, situado na região de Yakutia, uma estrutura geológica com cerca de 1 quilômetro de extensão, 800 metros de largura e 100 m de profundidade e cujo surgimento está ligado ao aquecimento global.
Detalhe do focinho do cavalo (Science Alert/Michil Yakoklev/North-Eastern Federal University)
As estimativas são de que o cavalinho tinha mais ou menos de 3 meses de vida quando morreu, e foi datado como sendo do final do período paleolítico. Entretanto, o que mais chamou a atenção dos pesquisadores foi o estado de preservação da criatura. O animalzinho foi encontrado ainda com a cauda, crina, cascos e pelagem intactos, sem falar que o permafrost permitiu que inclusive os órgãos internos do bichinho permanecessem protegidos — mesmo depois de 40 mil anos!
As patinhas do animal (Science Alert/Michil Yakoklev/North-Eastern Federal University)
Os exames conduzidos até o momento revelaram que o cavalinho era da espécie Equus lenensis, tinha pouco menos de um metro de altura e que seu DNA é diferente dos animais que vivem hoje na Sibéria. Outro aspecto interessante relacionado com a descoberta é que os cientistas também coletaram amostras de solo no local onde o filhote foi encontrado e os exames permitirão que eles recriem o ambiente em que a criatura vivia.
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