
Ciência
07/03/2019 às 11:00•1 min de leitura
Uma equipe internacional de cientistas conseguiu produzir tetrahydrocannabinol (THC) e canabidiol (CBD) – os principais componentes ativos da maconha – em laboratório. O feito, que foi divulgado recentemente pela revista Nature, só foi possível graças a esforços de engenharia genética.
Os pesquisadores fizeram modificações em leveduras para que elas passassem a ter alguns genes que normalmente são encontrados na planta. Elas foram divididas em dois grupos: um que produzia THC e outro que criava CBD. Para isso, bastava aquecê-las.
(Reprodução/Unsplash)
Estudos científicos mostram que a maconha tem um grande potencial medicinal, desde a amenização de crises de ansiedade até a redução de ataques epiléticos. Embora os efeitos dela no corpo ainda não sejam totalmente conhecidos, vários países liberam medicamentos que têm THC e CBD entre os seus componentes.
Um dos obstáculos para a total compreensão dos efeitos da maconha sobre o corpo era o fato de que a quantidade de químicos dentro da planta é muito pequena e, por isso, difícil de extrair. Com a ajuda das leveduras, as pesquisas científicas e os usos medicinais devem aumentar.
O cultivo de maconha tende a ser prejudicial ao meio-ambiente. As plantações ao ar livre poluem os lençóis freáticos com pesticidas e fertilizantes. Já o cultivo em locais fechados gasta muita energia com iluminação e ventilação. Mais uma vez, a levedura se apresenta como uma opção mais eficiente.
Um fato curioso que os cientistas perceberam é que as leveduras geneticamente modificas são capazes de produzir os seus próprios canabinóides. Isso significa que, nos próximos anos, novas terapias podem ser desenvolvidas para tratar outros tipos de problemas.