Saúde/bem-estar
21/03/2019 às 05:01•2 min de leitura
Cientistas vêm estudando uma forma de transformar CO2 em carvão, e podemos adiantar que esses estudos mesmo no estágio inicial, já estão sendo analisados para serem implementados em larga escala. Pesquisadores da Universidade Royal Melbourne Institute of Technology (RMIT) situada na Austrália, usam metal líquido e eletricidade para fazer essa mágica, se é que podemos chamar assim. O CO2 dissolvido acaba se transformando em flocos sólidos de carbono. Também pode ser usado em combinação com novas máquinas que sugam CO2 da atmosfera.
A tendência é que cada vez mais nossa paisagem energética esteja se moldando para fontes sustentáveis e verdes, afirma Torben Daeneke, Professor da Universidade RMIT e um dos autores do novo estudo. Pensando nisso, teremos que estudar como limpar a atmosfera e a retirada de CO2 é o principal, pois isso estabilizaria nosso clima. Infelizmente, muitos ativistas ambientais são céticos ao relutar esses estudos e parecem não saber que os modelos climáticos da ONU assumem como necessidade esse tipo de tecnologia de “emissões negativas”. O grande desafio desse estudo é lidar com CO2 gasoso, pois armazenar ele não é nada fácil, por isso é muito importante desenvolver tecnologias de emissão negativa, uma vez que precisamos garantir um futuro clima estável.
Fonte: Pixabay
Analisando que o CO2 também pode ser capturado em uma planta industrial ou diretamente da atmosfera, a maneira de armazenar seria comprimindo-o de forma líquida para depois injetá-lo no subsolo. Essa maneira desafia a economia e a engenharia, uma vez que existe o risco de o CO2 líquido vazar com o passar do tempo. Daeneke ressalta que não podemos ter certeza de que ficará lá para sempre.
Já transformando o CO2 em sólido, ele pode ser armazenado facilmente e com segurança. Mas, lamentavelmente, os processos passados exigiram temperaturas tão altas que eram inviáveis industrialmente. Como sabemos, não podemos contornar as leis da física e levando isso ao pé da letra, precisamos exercer quantidades de energia parecidas com as quais colocaram para criar o carvão ao ser queimado para depois o CO2 ser criado.
Fonte: RMIT University
Se fossemos pensar em um experimento do ensino médio para simplificar a explicação, os alunos normalmente usam eletricidade através de fios para dividir a água em oxigênio e hidrogênio, já os pesquisadores, trocam os fios por um metal líquido projetado para dividir o CO2 em carbono e oxigênio. Torben Daeneke está empolgado e destaca a sua importância, pensando em aprimorar e ampliar em larga escala cada vez mais o estudo, projetando protótipos de dispositivos e reatores para fazer isso de maneira mais eficiente.