
Ciência
26/06/2019 às 04:00•1 min de leitura
O fenômeno é conhecido como ejeção coronal – grandes erupções de gás ionizado em alta temperatura, originados da coroa solar. São os efeitos mais poderosos produzidos pelo Sol em um vento solar e estão diretamente associados às erupções de proeminência solar.
Pela primeira vez, pesquisadores observaram a mesma ejeção coronal, porém produzida por outra estrela. De acordo com o relatório da Nature Astronomy, a equipe de estudiosos usou o observatório de raios X da NASA para analisar uma estrela de 450 anos-luz da Terra, denominada como HR 9024.
Ejeção coronal é caracterizada por fortes explosões de plasma. (Foto: IFL Science/Reprodução)
Durante a observação, a equipe de pesquisadores viu flashes associados à emissão do fenômeno que é caracterizado por bolhas de plasma flamejantes, gigantes e de alta temperatura.
Para se ter noção, a ejeção de massa coronal foi tão forte que lançou no espaço 1,2 milhão de bilhões de toneladas de plasma, cerca de 10 mil vezes maior que a quantidade de plasma já produzida pelo sol. Além disso, os pesquisadores observaram a temperatura altíssima do plasma produzido pela estrela HR 9024, que chegou à incrível faixa de 25 milhões de graus Celsius.
Segundo a pesquisadora Constanza Argiroffi, da Universidade de Palermo, o ponto alto do estudo está relacionado à explosão do plasma, bem como à velocidade em que o fenômeno foi expelido da estrela – cerca de 400 quilômetros por segundo.
As teorias ainda indicam que o fenômeno poderia ser mais rápido. Porém, o campo magnético da estrela HR 9024 – uma gigante do tipo G, quase três vezes a massa do Sol – não é tão eficiente quanto esperam os pesquisadores.