Universo pode estar cheio de planetas habitáveis “gêmeos” da Terra

02/09/2019 às 09:002 min de leitura

Apesar de os astrônomos já terem identificado mais de 4 mil exoplanetas, incluindo mundos rochosos e superterras, alguns dos quais orbitando as zonas habitáveis de suas estrelas, até agora não foi descoberto nenhum planeta com as mesmas condições de habitabilidade que as da Terra, que ofereçam ambientes propícios para o surgimento ou o abrigo de formas de vida. Mas será que mundos como o nosso são assim tão raros?

Censo planetário

Um estudo recente conduzido por cientistas da Universidade Estadual da Pensilvânia e da Universidade Brigham Young sugere que existam muitos "gêmeos" da Terra pelo cosmos — e é apenas uma questão de tempo (e que as tecnologias necessárias sejam desenvolvidas) até que esses "irmãos" perdidos comecem a ser encontrados.

Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após a realização de simulações nas quais foram criados diversos universos virtuais e usados dados coletados pelo telescópio espacial Kepler ao longo de vários anos de observações e do extenso censo estelar realizado pela Gaia, a sonda espacial da Agência Espacial Europeia. Os cientistas também trabalharam com dados estatísticos e determinaram qual porcentagem de planetas nos universos de mentirinha poderia ser detectada através das tecnologias das quais dispomos atualmente.

(Fonte: Space.com/NASA Ames/JPL-Caltech/T. Pyle/Reprodução)

A partir daí e da realização de uma infinidade de ajustes, o time rodou as simulações, que revelaram quantos exoplanetas como a Terra possivelmente existem no cosmos (o de verdade). Os resultados apontaram 2 cenários, sendo o pior aquele em que esses mundos orbitariam 1 em cada 33 estrelas como a nossa, e o melhor no qual 1 em 2,5 sóis poderia contar com um desses planetas. Mas, segundo os pesquisadores, eles consideram que um cenário mais realista seria o de que 1 em cada 4 estrelas semelhante ao Sol no Universo poderia, potencialmente, abrigar um planeta muito parecido com o nosso em seu sistema estelar.

Ainda de acordo com as simulações, os gêmeos teriam dimensões entre 0,75 e 1,5 vez a da Terra e anos cujas durações contariam de 237 a 500 dias, período orbital que indica que esses exoplanetas estariam em órbita nas zonas habitáveis de suas estrelas, isto é, a uma distância adequada para que a água possa existir em sua forma líquida na superfície.

Será?

Os resultados são alentadores, mas, na prática, identificar gêmeos da Terra, ou qualquer exoplaneta, na realidade, não é uma tarefa fácil, mesmo com as tecnologias disponíveis hoje. O processo é longo, e depois de um candidato ser confirmado é necessário estudar a sua composição, determinar a classe da sua estrela e calcular a qual distância ele se encontra dela.

Por sorte, existem diversos projetos em desenvolvimento que colocarão telescópios muito mais potentes e avançados para vasculhar o Universo — o telescópio espacial James Webb tem lançamento programado para 2021 e o WFIRST, que deve substituir o TESS ao fim de sua missão, deverá ser lançado na próxima década, então pode ser que não demore uma eternidade para encontrarmos uma Terra 2.0 por aí.

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