Surge nova teoria sobre o pavoroso sacrifício de crianças incas

07/10/2019 às 12:302 min de leitura

Você deve saber que os antigos incas realizavam sacrifícios humanos para agradar aos deuses – e que, muitas vezes, os alvos dessas práticas eram apenas crianças, certo? A razão disso, segundo os estudiosos, é que essa civilização considerava os pequenos criaturas puras e intocadas, sendo assim, os pobrezinhos eram as escolhas perfeitas para os rituais.

Ademais, os pesquisadores sabem que era uma grande honra para as famílias dos eleitos que a vida de um dos seus fosse tirada em nome das divindades de sua religião. E, depois de serem designadas, as crianças normalmente eram levadas para algum centro urbano inca para serem preparadas – e engordadas – durante períodos que podiam durar entre 2 e 3 anos, até que o “grande dia” chegasse e elas fossem entregues aos deuses.

(Fonte: Science in Poland / Dagmara Socha / Reprodução)

Então, os pequenos eram intoxicados com bebidas alcóolicas e recebiam porções de folhas de coca. Além disso, as crianças eram conduzidas ao topo de montanhas ou vulcões – onde eram mortas, tipicamente com fortes pancadas na cabeça, e deixadas em plataformas de pedra como oferendas em uma cerimônia conhecida como Capacocha. Agora, novas análises realizadas nos corpos de 6 desses sacrifícios revelaram outro detalhe interessante sobre os rituais.

Respostas dos deuses

De acordo com um novo estudo, os cadáveres das crianças não eram deixados nos cumes dos vulcões à toa, mas sim para serem atingidos por raios, uma vez que, para os incas, isso era sinal de que os deuses haviam aceito o sacrifício e ficado satisfeitos com as oferendas.

As pesquisas incluíram análises nos corpos – alguns mumificados, outros não – de 6 sacrifícios infantis descobertos em 2 vulcões diferentes, o Ampato e Pichu Pichu, ambos situados no Peru. Mais precisamente, as pequenas múmias foram submetidas a exames de raios-X – e seus corpos ganharam reconstruções tridimensionais para que os originais fossem preservados. Já os resultados revelaram vários sinais indicando que os cadáveres foram, de fato, atingidos por raios, como queimaduras nas roupas e em tecidos moles do corpo.

(Fonte: Science in Poland / Dagmara Socha / Reprodução)

Além disso, análises conduzidas nas plataformas de pedra onde os sacrifícios foram encontrados, bem como os seus arredores, também mostravam vestígios de terem sido atingidos por raios diversas vezes. E, voltando aos corpinhos, exames mais detalhados permitiram que os pesquisadores pudessem fazer deduções sobre a possível origem das pobres crianças.

Uma delas, por exemplo, era uma menina que tinha cerca de 6 anos de idade quando foi sacrificada e que possuía o crânio alongado – característica que indica que ela provavelmente vinha de alguma comunidade que habitava nas regiões litorâneas, onde era comum que os pais atassem as cabeças dos filhos com palas para deformá-las.

Crâno com evidência de ter sido atingido por um raio (Fonte: Science in Poland / Dagmara Socha / Reprodução)

Pois análises nessa mesma garotinha revelaram que, por volta dos 3 anos, ela passou fome ou foi submetida a um período de intenso estresse – talvez quando foi removida de sua família para ser preparada para o ritual –, o que causou irregularidades no esmalte de seus dentes. No entanto, ainda existem muitos mistérios a ser desvendados envolvendo os sacrifícios e as práticas incas, e os cientistas continuarão investigando com o objetivo de encontrar respostas.

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