
Mistérios
17/10/2019 às 03:00•2 min de leitura
A Relativity Space não é a única empresa de foguetes que usa impressoras 3D para imprimir partes dos equipamentos e dispositivos que usam. Mas o objetivo dessa startup é unir a impressão em 3D com inteligência artificial e tornar a fabricação de foguetes uma linha de produção que pode ser montada em qualquer lugar – inclusive em Marte.
Na sede da Relativity, quatro das maiores impressoras em 3D em metal do mundo produzem peças dia e noite, incluindo 95% do primeiro foguete da empresa, o Terran-1 (os 5% restantes são eletrônicos, cabos e juntas de borracha, que não podem ser impressos).
Para fazer um foguete, não basta usar os desenhos de um já existente. É preciso repensar todo o projeto: quanto mais simples, melhor. Assim, o Terran-1 terá um centésimo das peças de um foguete similar (seu motor, o Aeon, é feito de cem partes, enquanto os outros têm milhares a mais). A previsão é que o Terran-1 voe em 2021.
Cofundador e CEO da Relativity, Tim Ellis vê a empresa mais longe do que a órbita baixa da Terra, entregando satélites de médio porte. “Queremos construir foguetes em Marte, usando robôs, muitos robôs”, diz ele.
Nada disso, porém, funciona sem a inteligência artificial que diz à impressora o que fazer. "Diminuímos significativamente nossa margem de erro ao treinarmos a impressora", explica Ellis. Cada nova peça traz melhorias por conta do algoritmo de aprendizado da máquina, o que faz com que ela mesma corrija seus erros; o resultado será, no futuro, a produção de peças sem falhas.
Isso, para Ellis, é essencial para a fabricação automatizada de foguetes, satélites, dispositivos vários e peças em outros mundos. “Para imprimir coisas em Marte, é preciso um sistema adaptável a condições muito incertas, e por isso estamos construindo uma estrutura de algoritmos que poderá ser transferida para linhas de produção em outros planetas", acredita o CEO da Relativity Space.
Impressoras 3D e IA: o futuro da construção de foguetes em Marte via TecMundo