
Estilo de vida
24/10/2019 às 16:00•1 min de leitura
Um estudo da Universidade Duke, nos Estados Unidos, sugere que seres humanos podem ter uma habilidade de regeneração similar à das salamandras. Ao contrário do animal, seres humanos não são capazes de regenerar membros perdidos. Porém, de acordo com o estudo, a cartilagem humana tem poder de regeneração maior que o imaginado.
O estudo teve como foco o microRNA, molécula presente em animais que se regeneram, como a salamandra. Nos seres humanos, a molécula pode ser encontrada em partes do corpo, como o tornozelo.
A molécula microRNA é responsável pelo mecanismo de regeneração na cartilagem de tornozelos, joelhos e bacia. Sua presença é, no entanto, desigual nas distintas partes do corpo, conferindo a elas “idades” distintas. Isso explica a rapidez com a qual lesões nos tornozelos são curadas, em oposição às lesões de joelho e bacia, mais lentas.
O estudo foi realizado analisando fragmentos de tecidos das três partes do corpo. Com a ajuda de um aparelho, foi calculada a idade das proteínas de cada fragmento de cartilagem, a partir da condição de suas estruturas. A presença da molécula microRNA estava conectada a proteínas mais resistentes, menos afetadas pelo processo natural de envelhecimento.
O estudo abre a possibilidade para futuros novos tratamentos baseados no uso do microRNA. Cientistas têm a possibilidade de desenvolver, por exemplo, um composto com a molécula, destinado a fortalecer partes específicas da cartilagem.
O uso da molécula seria um grande avanço no tratamento de complicações nas articulações, como osteoartrite. Atletas que sofreram lesões também se beneficiariam do possível tratamento. A descoberta trouxe para debate até mesmo a regeneração de membros.
No momento, porém, a pesquisa tem como objetivo entender quais mecanismos evolutivos levaram as extremidades do corpo a terem maior poder de regeneração. Outro aspecto a ser estudado é sobre quais elementos existentes na salamandra, por exemplo, não estão presentes em seres humanos quanto à ação do microRNA.