
Ciência
22/11/2019 às 04:00•1 min de leitura
"No espaço, temos que usar a autonomia porque, uma vez lançado, não há como recuperar o robô. Na exploração dos oceanos, é fácil puxá-lo de volta e resolver o problema; no espaço, ele deve descobrir o que fazer por si só". Ao falar com a National Geographic, o cientista planetário e astrobiólogo Kevin Hand referia-se ao BRUIE (acrônimo em inglês para Buyant Rover for Under-Ice Exploration), o pequeno rover da NASA que deverá explorar os oceanos gelados das luas do sistema solar em busca de vida.
Hand e seu grupo de pesquisadores levarão, neste fim de ano, o pequeno BRUIE para a estação de pesquisa australiana de Casey, onde ele será testado nas águas glaciais da Antártida (o mais próximo que existe na Terra dos mares de uma lua extraterreste).
Medindo 1 metro de extensão e equipado com rodas para rolar sob o gelo, o BRUIE vai coletar dados e capturar imagens da região onde a água e o gelo se encontram. O projeto visa conseguir um explorador aquático autônomo, resistente o bastante para mergulhar em oceanos gelados e navegar sozinho sob capas de gelo com até 20 centímetros de grossura.
Segundo o engenheiro-chefe da missão, Andy Klesh, "descobrimos que a vida também está entre a água e o gelo, e é aí que ele se prende, usando a água mais densa abaixo para sustentá-lo. Além disso, ele pode se desligar sozinho, voltando à atividade somente quando for preciso".
Na Antártica, a NASA vai testar o conjunto de instrumentos do rover e mais as duas câmeras de alta definição para streaming. O objetivo é fazer com que ele fique submerso por meses, navegue remotamente e explore águas profundas.
Um fator, porém, não pode ser testado: "Sabemos como detectar vida na Terra, mas, possivelmente, não o que encontrarlá fora", disse o engenheiro mecânico do projeto, Dan Berisford.
Rover submarino é a aposta da NASA para achar vida lá fora via TecMundo