
Ciência
11/12/2019 às 07:30•2 min de leitura
O primeiro banco de esperma HIV positivo do mundo está aceitando doações. A instituição faz parte de um projeto intitulado Sperm Positive, que por sua vez foi lançado com doadores do sexo masculino que são soropositivos, porém possuem uma carga viral indetectável.
Segundo o médico especialista em doenças infecciosas da Universidade de Auckland Mark Thomas, um banco de espermas HIV positivo é algo totalmente seguro.
De acordo com Thomas, um paciente portador do vírus, mas que esteja em tratamento retroviral e com uma carga viral indetectável, não possui vírus no sangue ou em suas secreções genitais, incluindo espermatozóides. Por essa razão, o sujeito não é capaz transmitir a infecção para nenhuma outra pessoa.
O banco de esperma, que pode ser acessado virtualmente, funcionará, em termos práticos, como uma espécie de serviço de "pareamento", para conectar doadores e potenciais beneficiários. É importante ressaltar que eles serão totalmente transparentes quanto ao fato dos doadores serem soropositivos, mas que possuem uma carga viral indetectável graças ao tratamento que está sendo realizado.
A iniciativa ocorreu um pouco antes do dia 1º de dezembro, que nada mais é do que o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, tendo sido lançada pela New Zealand Aids Foundation, Positive Women Inc e Body Positive.
O intuito é descontruir todo o estigma e preconceito com relação a essa condição. Além disso, eles objetivam proporcionar não somente qualidade de vida, mas oportunidades iguais para as pessoas que tem o vírus HIV.
Muita gente ainda confunde ambas as coisas. HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Em outras palavras, é o nome do vírus em si. A AIDS, por outro lado, é a doença provocada pelo vírus em questão. Ou seja, uma pessoa pode ter o vírus, mas passar vários anos sem manifestar a doença ou exibir algum sintoma.
Esse vírus ataca o sistema imunológico da pessoa, que por sua vez é o encarregado de defender o organismo contra eventuais doenças. Ele atinge principalmente os linfócitos T CD4+, modifica o DNA dessa célula e com isso multiplica a si mesmo. Após ele se multiplicar, vai procurar atacar outros linfócitos para prosseguir com a infecção.