
Ciência
03/02/2020 às 08:00•1 min de leitura
Jeremy Munday, professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computadores da Universidade da Califórnia, está desenvolvendo alguns protótipos de células solares noturnas capazes de gerar pequenas quantias de energia. O intuito dele e de seus colaboradores é melhorar a potência e a eficiência do painel solar.
Realmente, segundo um trabalho da ACS Photonics, uma célula fotovoltaica especialmente projetada pode ser capaz de gerar até 50 watts de energia por metro quadrado sob condições ideais na parte da noite, o que equivale a aproximadamente 25% do que um painel solar comum é capaz de produzir durante o dia.
De acordo com Munday, o processo de funcionamento do painel solar "noturno" é muito parecido com o de um comum, porém de forma inversa. Um objeto dotado de calor em comparação com os demais ao redor dele vai irradiar essa temperatura por meio da luz infravermelha. Uma célula solar é "fresca" em comparação com o Sol, portanto, o painel "absorve" luz.
O espaço é absurdamente frio. Sendo assim, se você pegar um objeto quente e apontá-lo para o céu, o objeto vai irradiar calor na direção dele. Essa técnica é usada para a realização do resfriamento noturno há muito tempo.
Há ainda uma outra modalidade de célula termorradiativa que produz energia irradiando calor para o ambiente. É ela que os cientistas querem utilizar para captar o calor que é desperdiçado por motores em locais quentes.
Uma célula solar comum gera energia absorvendo a luz do Sol, o que faz com que a tensão seja criada no dispositivo e a corrente flua. Por outro lado, nestes novos dispositivos, a luz é emitida e a corrente e a tensão vão na direção oposta. Contudo, você ainda gera energia. Segundo Munday, os materiais usados são diferentes, mas a física existente no processo é a mesma.