Artes/cultura
19/06/2020 às 08:00•2 min de leitura
Segundo informado pela agência de notícias espanhola EFE nesta quinta-feira (18), a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que, entre 200 pesquisas desenvolvidas para chegar a uma vacina contra a covid-19, quatro delas estão perto de entrar na fase três de testes, a última antes de uma possível produção em massa.
Numa coletiva de imprensa, a chefe de pesquisa científica da OMS, Soumya Swaminathan, esclareceu que são duas pesquisas da China, uma dos Estados Unidos e outra do Reino Unido. A pediatra indiana declarou que as quatro candidatas deverão atingir a etapa seguinte do desenvolvimento nas próximas duas semanas.
As vacinas citadas por Swaminathan, que é também pesquisadora, foram a da empresa farmacêutica sueca-britânica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford no Reino Unido, a produzida pela americana Moderna de Cambridge em parceria com o Centro de Investigação de Vacinas dos Estados Unidos, e duas outras de diferentes instituições médicas chinesas.
A fase dois do desenvolvimento de uma vacina requer testes em uma centena de pacientes voluntários. Na fase três, esse público é ampliado para milhares de pessoas durante um período de um a um ano e meio. No entanto, tendo em vista a letalidade do vírus, centenas de instituições estão desejando acelerar esse protocolo.
Swaminathan avalia que, "com sorte, poderíamos ter uma ou duas candidatas exitosas antes do fim deste ano, mas devemos observar os resultados dos atuais testes clínicos".
Fonte: Retha Ferguson/Pexels - Reprodução
Quando a última etapa da criação de vacinas, a produção em massa, tiver início, a representante da CMS estima que 2 bilhões de doses possam ser produzidas, para que se possa determinar quais grupos e localidades serão priorizadas.
Swaminathan adiantou que a agência de saúde internacional já trabalha com os países-membros na elaboração de alguns protocolos que sirvam de diretrizes sobre a forma como a vacina será distribuída nos primeiros momentos, quando os estoques ainda estiverem reduzidos.
"Propusemos dar prioridade para trabalhadores da linha de frente, como médicos ou enfermeiras, mas também condutores de ambulâncias, policiais", afirmou a médica, citando também demais funcionários de centros de saúde.
Finalmente, Swaminathan destacou a existência de outros grupos prioritários, como idosos, pessoas com doenças graves preexistentes e aquelas populações que vivem em locais de risco, como fábricas, prisões e bairros pobres.