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23/06/2020 às 12:00•2 min de leitura
A vacina contra a covid-19, doença causada pelo coronavírus, vai ser testada a partir desta semana na África do Sul. Este será o primeiro teste do tipo a acontecer no continente africano. A imunização vem da Inglaterra, pela Universidade de Oxford, que tem avançado cada vez mais em suas pesquisas de vacina contra a doença.
(Fonte: Unsplash)
O teste de vacinação no país vai ser realizado, inicialmente em 2 mil pessoas, sendo 50 delas portadoras do vírus HIV. "Os primeiros participantes serão vacinados esta semana", anunciou Shabir Madhi, professor da Universidade de Witwatersrand, localizada na capital Joanesburgo, que também participa do estudo.
Os avanços da pesquisa liderada pela Universidade de Oxford, na tentativa em encontrar uma vacina eficaz, atualmente contam com 4 mil voluntários no Reino Unido, que se inscreveram para participar dessa fase de testes. Outros países também deverão receber doses da ChAdOx1 nCoV-19, como está sendo chamada a vacina. O Brasil, que também prepara um teste próprio de medicamentos, também recebeu doses que estão sendo administradas pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A África do Sul já confirmou 101 mil pessoas infectadas pelo coronavírus, além de 2 mil mortes. Na última segunda-feira (22), as secretarias de saúde chegaram ao número alarmante de 10 mil confirmados em apenas 24 horas. Por lá, até mesmo o exército entrou em ação para reforçar o isolamento, levando, inclusive, moradores de rua, para um abrigo. O decreto de lockdown iniciou-se no final de março, após a confirmação dos primeiros mil casos em seu território.
(Siphiwe Sibeko/Reuters)
A preocupação dos especialistas por lá está ligada, além das mortes alarmantes, à economia do país, que não estava muito bem mesmo antes dessa crise sanitária. Por conta de cortes realizados em alguns setores, o país já enfrentava uma recessão e também uma perigosa queda na produção industrial.
Algumas empresas de bens de produção, como as mineradoras, fecharam sua produção ou a restringiram. Os trabalhadores que permaneceram nesse tipo de atividade acabaram ficando expostos ao risco da doença. A África do Sul registrou uma média de casos alarmante nessa população: 303 infectados para cada 100 mil.
Contudo, aos poucos o país tem se aberto para a “normalidade”, o que preocupa as autoridades sanitárias, devido ao alto risco de infecção que a covid-19 possui.