Estilo de vida
08/05/2020 às 13:00•3 min de leitura
Desde que a pandemia do coronavírus começou, diversos Estados do mundo todo tiveram que se preocupar em conter o avanço da infecção. Como ainda não há nenhuma vacina disponível — além daquelas que já estão em testes — e também nenhum medicamento, a única coisa que pode ser feita é evitar aglomerações. Realizar uma quarentena, no qual o contato físico entre as pessoas acontece apenas quando essencial, higienizar bem as mãos e usar máscaras para adentrar estabelecimentos, como supermercados, pode ser fundamental.
Estação de metrô em Liverpool, normalmente cheia, com o lockdown tem ficado cada vez mais vazia. (Fonte: Unsplash)
Sendo assim, muitas cidades decretaram algumas medidas importantes para proteger a população da propagação do coronavírus e consequentemente da doença.
A covid-19 tem matado muita gente pelo mundo todo. Só nas últimas 24 horas, o Brasil bateu seu recorde, registrando pouco mais de 600 óbitos. Com os números crescendo a todo momento e a quarentena não tendo um resultado tão efetivo como o esperado, as autoridades agora falam a respeito do lockdown.
O termo em inglês, em uma tradução livre, significa um isolamento ainda mais severo, um bloqueio, uma contenção. Esse confinamento total deixaria as pessoas impedidas de circular nas ruas, mesmo em seus veículos próprios de locomoção, e ainda poderia aplicar multas a quem descumprisse os decretos locais.
No começo do ano, vimos países um tanto quanto distantes de nós sofrerem com as consequências de um afrouxamento com relação à quarentena. A abertura de serviços não essenciais, além da falta de responsabilidade de alguns governantes, teve um preço alto.
Pessoas andam com suas máscaras de proteção pelas ruas vazias de Singapura, na Ásia. (Fonte: Unsplash)
A Itália e a Espanha, por exemplo, foram países muito afetados, com inúmeras mortes e um agravamento constante dos infectados. No entanto, para driblar, mesmo que tardiamente, essa propagação do vírus, foram decretados os lockdowns, no qual, de fato, aplicava-se multas a quem desrespeitasse as recomendações sanitárias.
No Brasil, apesar de diversos estados e municípios terem a autonomia para fechar o comércio — o que inclui restaurantes, hotéis e shoppings —, pela pressão de setores econômicos, alguns deles precisaram afrouxar o isolamento, até então sem consequências austeras. Com a curva crescente de casos e mortes no país, o lockdown finalmente foi levado em consideração, sobretudo para ensinar, de alguma forma, as pessoas a ficarem em casa e terem mais responsabilidades com relação ao que está acontecendo por aqui.
Como já relatamos anteriormente, o lockdown em alguns países mudou a forma como as coisas estavam acontecendo de forma drástica, mas também houve certos benefícios. Podemos destacar, por exemplo, que a cordilheira do Himalaia pôde ser vista no horizonte, finalmente, depois de 31 anos, com a falta de poluição na região.
Além disso, por conta dos bloqueios, os abalos sísmicos diminuíram, o que causaria uma mudança na forma como a Terra se move. Mas, ao sair na rua, você pode notar que por aqui ainda há muito movimento, não é? Tudo porque não temos um lockdown implementado até o presente momento em nível nacional.
(Fonte: Unsplash)
Para ficar claro, existem algumas diferenças importantes quando falamos de três elementos básicos neste momento. O primeiro deles, o isolamento social, é uma medida sugerida na qual as pessoas se distanciam uma das outras por conta própria.
Já a quarentena é uma medida oficial determinada por alguma autoridade local, com decretos publicados e regras a serem obedecidas pelos estabelecimentos, que podem permanecer abertos. E nesse sentido, algumas outras recomendações, que podem passar a ser obrigatórias, são instauradas. As máscaras de proteção, por exemplo, contribuem durante a quarentena quando as pessoas necessitam sair de casa em casos de urgência.
A terceira medida e, portanto, mais extrema, diz respeito, ao lockdown. Esse bloqueio total pode interferir diretamente no trânsito, bloqueando vias, viagens e serviços que não são, de fato, essenciais nesse momento. O lockdown instituiria, por exemplo, o fechamento total do comércio, feiras de rua e outros serviços, deixando apenas hospitais, bancos, supermercados e farmácias funcionando. Haveria também o bloqueio total de ruas e estradas.
Como as pessoas continuam saindo de forma displicente por aí e, de alguma forma, não se importando com a pandemia em curso no país, alguns estados e cidades já estão implementando a medida extrema.
(G1 Maranhão/Reprodução)
No Maranhão, por exemplo, o lockdown entrou em vigor na última terça-feira (05) por decreto da Justiça do estado. Quem descumprir a medida poderá sofrer multas e, em caso de reincidência, até mesmo receber uma pena criminal. Outros estados, como Ceará e o Pará, também implementaram a medida severa e esperam lançar campanhas educativas para que os bloqueios sejam rápidos.
Entre os países que instauraram o lockdown, além de Itália e Espanha, também estão China e Alemanha. Com a medida decretada em Hubei, onde fica a cidade chinesa de Wuhan, cerca de 29 milhões de pessoas foram obrigadas a ficar em casa.
No Brasil, já são 137 mil casos confirmados de infectados com a covid-19, mas um estudo aponta que o número real já ultrapassa a casa dos milhões. O número alarmante de mortos já chega a quase 10 mil.