Ciência
22/06/2020 às 11:25•2 min de leitura
As pesquisas com relação a uma vacina que poderá ajudar no controle da covid-19, doença causada pelo coronavírus, continuam no mundo todo. Uma delas se mostra bastante promissora, como a da Universidade de Oxford, que está em fases avançadas de testes. A expectativa dos estudiosos que a investigam é que ela continue apresentando eficácia, para que sua produção seja iniciada e disponibilizada para a população.
De acordo com a infectologista Cristiana Toscano, que integra uma comissão dentro da Organização Mundial da Saúde (OMS), em entrevista à jornalista Monalisa Perrone, da rede CNN, as vacinas consideradas eficazes poderão ficar prontas no início do próximo ano. O grupo de trabalho que avalia as pesquisas, orientam os programas nacionais de imunização de vários países do mundo.
(Fonte: Unsplash)
Segundo ela, esses grupos de trabalho geralmente só iniciam seus trabalhos quando as vacinas estão prontas, mas no caso da covid-19, em caráter extraordinário, as avaliações começaram junto das pesquisas, para acompanhar todas essas questões de perto e otimizar o tempo do avanço dos estudos. A infectologista que também é professora no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (UFG) é a única brasileira presente no grupo da OMS, representando a América do Sul.
Para esse comitê, existem vários especialistas do mundo todo, que se reúnem semanalmente de forma virtual para discutir as evidências encontradas com relação ao avanço das pesquisas com relação às vacinas para o controle da doença. De acordo com a especialista, o grupo sempre precisa chegar a um consenso nas discussões, portanto, as reuniões acabam sendo bem longas. Nesse sentido, para que não haja erro nas avaliações, todos os participantes devem levar em consideração evidências comprovadas, de acordo com a literatura biomédica.
(Fonte: Unsplash)
Ao longo da entrevista, Cristiana Toscano também afirmou que por conta das diversas tecnologias disponíveis para realização das vacinas, muitas possibilidades podem ser desenvolvidas, como a ativação ou inativação do vírus, para estimular a produção de anticorpos específicos.
Essas tecnologias, segundo ela, consideradas tradicionais, são avaliadas com maior afinco. Além delas, existem também as vacinas que podem ser desenvolvidas a partir das proteínas do vírus, que dessa forma, acabam gerando uma resposta de imunidade pela comparação, como a vacina pesquisada pela Universidade de São Paulo.