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25/06/2020 às 04:00•2 min de leitura
Após ser atingida por uma lesão cerebral que a fez perder a fala por dois meses, Emily Egan, britânica que passou a vida inteira em Essex, recuperou a voz de uma maneira bastante curiosa e certamente inexplicável, comunicando-se em até quatro sotaques europeus diferentes dependendo de seu estado físico e emocional, algo que nunca havia sido parte da realidade da moça.
Após queixar-se de constantes e fortes dores de cabeça no início deste ano, a mulher de 31 anos foi imediatamente hospitalizada, sem conseguir emitir sons compreensíveis e aparentemente perdendo completamente o sentido da fala. O suposto derrame cerebral foi notado pouco antes da internação, com amigos e familiares reparando que sua voz havia ficado arrastada e inconsistente, mas foi descartado após a realização de alguns testes médicos, deixando no ar o grande mistério por trás do estranho caso.
A voz de Emily foi somente parcialmente recuperada após um período de férias na Tailândia com seu companheiro, recomendação dada pelo seu neurologista para que a mulher conseguisse relaxar e deixar de lado a pressão que existia sob sua condição anormal. Porém, nunca conseguiu reaver totalmente sua antiga fala, passando a misturar sotaques e idiomas que nunca havia comunicado anteriormente.
"Eu sou uma garota de Essex normalmente - meu sotaque era muito forte e minha voz era muito aguda e reconhecível; as pessoas sempre sabiam que era eu quem estava ligando", disse Emily, com um estranho sotaque russo, em entrevista ao SWNS. “Nas férias, comecei a fazer sons como uma pessoa surda tentando conversar - acredita-se que as vias neurais começaram a se abrir quando meu corpo relaxou completamente. Quando cheguei em casa, as palavras pareciam uma língua estrangeira.”
Diagnosticada, então, com a chamada Síndrome do Sotaque Estrangeiro, a mulher muda rapidamente de sotaque dependendo de seu estado, podendo ir do russo para o francês em questão de poucos segundos, caso esteja com um alto nível de exaustão. Atualmente acompanhada por um fonoaudiólogo, os médicos dão pouca esperança de que um dia a voz de Emily irá voltar ao normal.
"Tenho apenas 31 anos e estou chocada com o quanto minha vida mudou em questão de meses", disse a mulher. “O mais difícil para mim é aprender que essa voz está ok. Eu tenho que aprender a aceitar que está tudo bem para mim não poder expressar as palavras imediatamente, isso virá eventualmente.”