Ciência
29/06/2020 às 13:00•1 min de leitura
Vídeos de time-lapse quase sempre são incríveis. Agora, imagine um time-lapse com os últimos 10 anos de atividade do Sol, o nosso Astro-Rei... Com certeza deve ter muita coisa legal, né?
Tudo bem que 10 anos é pouquíssimo tempo para os corpos celestes — como se fosse um bilionésimo de segundo no nosso dia, talvez... —, mas o vídeo de 61 minutos, lançado pela NASA essa semana permite observar vários fenômenos interessantes.
O principal deles é o chamado "máximo solar". Explicando por partes: a cada onze anos, mais ou menos, os pólos magnéticos do Sol se invertem, norte vira sul e sul vira norte. Então, por algum tempo, o sol entra em um período de calmaria, sem tantas explosões. No meio do caminho, a atividade volta a aumentar, até que uma nova inversão de pólos aconteça no próximo "máximo solar", que é o pico de atividade. A última vez que isso ocorreu foi em 2014 e é possível visualizar no vídeo.
O vídeo foi feito a partir de imagens capturas pela sonda SDO (Solar Dynamics Observatory), da NASA, que começou a operar em 2010. O release da NASA explica que o aparelho captura uma imagem a cada 0,75 segundos, o que soma impressionantes 425 milhões (!!!) de imagens em alta-resolução do Sol, nos últimos 10 anos.
Imagina o tamanho do servidor para armazenar isso tudo? Pois é... São 20 milhões de gigabytes de dados, segundo a NASA. Tudo isso foi compilado pelos cientistas no vídeo de uma hora que você pode ver acima.
Cada segundo do vídeo equivale a um dia do sol. Mas, se você achar que uma hora é tempo demais para ficar vendo o sol girar em uma tela, não se preocupe: na descrição do vídeo, a própria NASA marca os "melhores momentos". O pico de atividade, que mencionamos anteriormente, acontece entre os 20 e 30 minutos.