Estilo de vida
15/07/2020 às 09:25•2 min de leitura
Um estudo recente desenvolvido por pesquisadores do Centro Aeroespacial Alemão descobriu que a Lua é 85 milhões de anos mais jovem do que se pensava. Além do mais, os cientistas também conseguiram encontrar evidências da existência de um oceano de magma maciço e ardente no satélite natural da Terra.
(Pixabay/Reprodução)
Para a realização da pesquisa, os especialistas precisaram reconstruir a linha do tempo de formação da lua, recorrendo aos estudos de sua concepção. Há muito tempo, um protoplaneta, que em escala comparativa de tamanho se assemelha a Marte, colidiu com a jovem Terra.
Entre os escombros cósmicos, um corpo rochoso se transformou na Lua. Havia um consenso entre os cientistas que dizia que esse fato teria acontecido cerca de 4,51 bilhões de anos atrás, mas depois de muitos estudos e cálculos, o novo trabalho atribuiu o nascimento da lua para 4,425 bilhões de anos.
(Unsplash/Reprodução)
Para que chegassem ao novo número que mostra uma discrepância em 85 milhões de anos, a equipe do Centro Aeroespacial Alemão utilizou-se de modelos matemáticos para a realização de cálculos precisos que fossem necessários para desvendar a composição da lua ao longo do tempo.
Ao descobrirem que a Lua possuía um oceano de magma maciço, os cientistas analisaram a sua composição e assim calcularam como os minerais que se formaram quando o magma esfriou solidificaram e mudaram com o tempo.
Desse modo, a equipe foi capaz de organizar a linha do tempo de uma forma mais próxima com o que teria acontecido, traçando o caminho de volta à formação do satélite natural.
“Ao comparar a composição média das rochas da Lua com a composição prevista do oceano de magma a partir do nosso modelo, conseguimos rastrear a evolução do oceano de volta ao seu ponto de partida, no momento em que a Lua foi formada", disse Sabrina Schwinger, uma das autoras da pesquisa e também pesquisadora do Centro Aeroespacial Alemão, por meio de um comunicado oficial.
As descobertas foram divulgadas por meio de um artigo científico no periódico Science Advances, publicado na última sexta-feira (10). O comunicado divulgado pela equipe alemã ainda afirma que a pesquisa se alinha com informações obtidas em estudos anteriores sobre a formação da Lua em relação à formação do núcleo metálico da Terra.