Saúde/bem-estar
22/08/2020 às 04:30•2 min de leitura
A importância da pesquisa científica em Marte pode fornecer evidências de evolução para a maioria dos processos geológicos da Terra e de responder se outro lugar do universo foi capaz de sustentar vida. Recentemente, destacam-se missões exploratórias no Planeta Vermelho, contudo, outros pontos relativamente próximos também merecem ser lembrados.
Nesse sentido, listamos abaixo cinco lugares alternativos do Sistema Solar com potenciais missões, do mais próximo ao mais distante.
Vênus.
Devido à semelhança com a Terra, quanto ao tamanho, à massa e à composição geológica, o segundo planeta do Sistema Solar é visto como um possível indicativo do horizonte terrestre. Com paisagem inóspita e dominada por gases de efeito estufa, a exploração e o desenvolvimento de novos estudos podem apresentar medidas preventivas para evitar potenciais catástrofes.
Contudo, Vênus traz características que dificultam esse trabalho. Isso porque sua atmosfera é uma das mais densas devido à composição de 96% de dióxido de carbono. O cenário gera nuvens de ácido sulfúrico em adição à superfície quente e de extrema pressão. Logo, a maioria dos aparelhos eletrônicos e rovers seria facilmente destruída ao chegar no local, de modo que radares sejam a única alternativa possível atualmente.
Ceres.
Ceres é o maior asteroide do Sistema Solar, o que lhe rendeu a classificação de planeta-anão. Sua geologia é rica, sobretudo por causa da presença de compostos orgânicos, fator que pode orientar estudos para constatar se já foi habitado. A possibilidade pode ser explicada através de sua crosta 30% congelada e com indícios de abrigar vários oceanos subterrâneos, além de criovulcões que expelem água de baixa temperatura e sais.
Novos projetos com instrumentação mais avançada estão em processo de desenvolvimento e podem fornecer mais evidências sobre a presença de vida lá.
Europa.
A quarta maior lua de Júpiter é considerada o melhor lugar do Sistema Solar para localizar sinal extraterrestre. O motivo para isso está em seu vasto oceano subterrâneo de água líquida, semelhante às fontes hidrotermais profundas da Terra. Por outro lado, minerais argilosos frequentemente associados à presença de matéria orgânica foram encontrados em sua crosta, aumentando a esperança sobre o tema.
Até agora nenhuma missão conseguiu chegar ao continente e extrair amostras suficientes para estudos na Terra, mas em breve projetos em andamento serão capazes de especificar a superfície e subsuperfície do satélite.
Titã.
A segunda maior lua de Saturno também é a única do Sistema Solar com uma atmosfera rica em nitrogênio e densidade similar à da Terra. Além disso, Titã é o único ponto espacial conhecido — fora da Terra — com lagos na superfície. Entretanto, esses lagos não são formados por água, mas por metano. Dessa forma, uma vida primitiva pode ter prosperado nesses ambientes graças à atmosfera.
Apesar de ainda não existir comprovação das condições de habitabilidade em Titã, uma análise de compostos orgânicos ajudaria a revelar a evolução de vidas no lugar. Para isso, a NASA planeja uma nova missão em 2026, Dragonfly, que através de um drone “helicóptero” buscará o mapeamento da superfície.
Plutão.
Plutão é caracterizado por uma predominância de gelo, com superfície composta por 98% de nitrogênio congelado. Embora ainda não haja previsão de uma nova missão ao planeta-anão, a sonda New Horizons da NASA, de 2015, sugeriu que mesmo a distância do Sol passa por processos ativos de energia que moldam sua paisagem.
Também diante de uma fina atmosfera de metano, notaram-se moléculas orgânicas, possivelmente resultado de um oceano subterrâneo.
Os melhores lugares para a exploração espacial no sistema solar via TecMundo