Pegada fóssil de 313 milhões anos é descoberta no Grand Canyon

28/08/2020 às 03:002 min de leitura

Uma queda acidental de uma rocha no parque do Grand Canyon, nos Estados Unidos, revelou pegadas de um fóssil de vertebrado com 313 milhões de anos, que teria vivido antes do surgimento dos dinossauros. A descoberta foi publicada recentemente na revista científica Plos One após uma análise do material que demorou 4 anos.

Quando a rocha caiu, em 2016, o geólogo norueguês Allan Krill encontrou o objeto durante uma caminhada pelo parque, mas não tinha ideia da importância da pedra. O cientista encaminhou os fósseis para serem estudados por seus colegas na Universidade de Nevada, em Las Vegas.

Os geólogos descobriram que o objeto se trata de um fóssil de pegada do mais antigo animal que coloca ovos com casca que se tem conhecimento em todo o mundo até hoje. A descoberta também é o primeiro registro de que um animal com vértebras andava em dunas de areia.

Fóssil revela como era o vertebrado

Queda de rocha revelou primeiro registro de vertebrados em dunas de areia. (Fonte: Universidade de Nevada/Reprodução)Queda de rocha revelou primeiro registro de vertebrados em dunas de areia. (Fonte: Universidade de Nevada/Reprodução)

As investigações revelaram dois conjuntos de fósseis que parecem ter sido feitos pelos primeiros vertebrados de quatro membros. As pegadas encontradas mostram como o estilo de locomoção desse tipo de animal surgiu durante a evolução.

As evidências não permitem identificar qual espécie deixou o rastro, podendo, inclusive, ter sido feito por um animal ainda não conhecido pela ciência. A distância das pegadas indica um andar estreito, que pode ser de répteis basais ou sinapsídeos.

Dois padrões diferentes

Pelo padrão de um conjunto de pegadas, parece que o animal estava se movendo diagonalmente para subir a encosta. O vertebrado usou uma marcha de sequência lateral, onde as pernas de um lado do corpo se movem antes das pernas do outro lado. O mesmo tipo de caminhada ainda é visto em tetrápodes modernos, como cães e gatos.

O outro fóssil indica o uso de garras utilizadas para subir e encosta em linha reta em vez de subir com menos esforço de forma diagonal. Os estudiosos não conseguiram determinar se o registro do caminhar do animal foi afetado pelo clima ou pela inclinação da encosta, mas mostra que os vertebrados antigos viviam nas dunas de areia do Grand Canyon há milhões de anos.

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