Mais da metade das placas de gelo da Antártida pode desaparecer

01/09/2020 às 09:002 min de leitura

As plataformas de gelo da Antártida podem desaparecer de um momento para outro. Essa é a conclusão de um novo estudo publicado na última quarta-feira (26) na revista Nature. Segundo os pesquisadores, cerca de 50% a 70% das gigantescas plataformas que mantêm as geleiras da Antártida em seu lugar podem rachar e derreter em ondas de degelo.

De acordo com a pesquisa, o aquecimento da amosfera do planeta ameaça acelerar o recuo da camada de gelo do inóspito continente, aumentando o derretimento da superfície e facilitando o surgimento das chamadas "hidrofraturas", onde a água derretida flui para dentro, causando mais rupturas que irão acelerar o colapso total da plataforma.

Esse fenômeno pode determinar o desaparecimento das plataformas de gelo da Antártida em um tempo surpreendentemente rápido, às vezes em questão de horas ou até em minutos, dependendo da forma pela qual a água derretida irrompe através das rachaduras em sua superfície. 

Avaliação dos cientistas

Formação de fraturas nas plataformas de gelo (Fonte: Shutterstock)Formação de fraturas nas plataformas de gelo (Fonte: Shutterstock)

A avaliação dos cientistas é de que pelo menos metade dessas massas de gelo flutuantes da Antártida são vulneráveis a esse processo e podem estar com seus dias contados. Com o seu colapso, as geleiras correm o risco de fluir rapidamente para a água, encolhendo o continente e acelerando a elevação do nível do mar.

O autor principal da pesquisa, Ching-Yao Lai, pesquisador de pós-doutorado no Departamento de Geologia Marinha e Geofísica do Observatório Terrestre Lamont-Doherty da Universidade de Columbia em Nova Iorque, destaca que "onde o derretimento acontece também é importante".

Ele explica que algumas plataformas de gelo, por flutuar em águas abertas, não diminuem a velocidade do deslizamento das geleiras em direção ao mar simplesmente porque não há uma massa de terra para elas se apoiarem.

Mas aquelas confinadas em baías e golfos constituem barreiras físicas contra a qual as geleiras se movem lentamente. É sobre essas estruturas, chamadas de "plataformas de de reforço" que Lai e seus colegas concentraram sua pesquisa, buscando fixar quais delas têm maior probabilidade de desmoronar. 

Infelizmente, os algoritmos criados para reconhecer fraturas apontaram grandes riscos naquelas plataformas de reforço.

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