Rede de aldeias datada do século XIV é encontrada na Amazônia

14/12/2020 às 12:002 min de leitura

Pesquisas recentes apontam que toda a margem sul do território da Amazônia, no Brasil, era ocupada por antigas tribos indígenas especialistas em administração e urbanismo da terra. De acordo com arqueólogos da Universidade de Exeter, Reino Unido, aldeias desses grupos foram habitadas durante o século XIV e isso comprova o avanço dos nativos em engenharia paisagística muito antes da chegada dos europeus.

Segundo artigo publicado no Journal of Computer Applications in Archeology, tecnologias de sensoriamento remoto instaladas em um helicóptero detectaram uma série de aldeias abandonadas construídas durante os anos de 1300 e 1700. As imagens fabricadas através de bilhões de feixes de laser mostraram uma configuração curiosa dos layouts das pequenas vilas, dispostas em formatos circulares e retangulares e, aparentemente, com dimensões meticulosamente calculadas.

(Fonte: Universidade de Exeter / Reprodução)
(Fonte: Universidade de Exeter / Reprodução)
(Fonte: Universidade de Exeter / Reprodução)
(Fonte: Universidade de Exeter / Reprodução)

“O equipamento oferece uma nova oportunidade de localizar e documentar locais na Floresta Amazônica caracterizados por uma vegetação densa. Ele também pode documentar as menores feições de terra nas áreas de pastagem recentemente abertas”, disse José Iriarte, líder da pesquisa.

(Fonte: Universidade de Exeter / Reprodução)
(Fonte: Universidade de Exeter / Reprodução)

Nos últimos 20 anos, cientistas descobriram que a parte sudoeste da floresta era lar de uma grande diversidade de grupos que esculpiam não somente desenhos para a distribuição das aldeias, mas também um complexo sistema de acesso e manipulação de vias que incluíam estradas submersas e emparelhadas. A terraplanagem de padrões geométricos, que havia sido abandonada em 950 d.C., retornou com as tribos brasileiras e foi identificada em mais de 35 vilas.

As buscas na Amazônia pré-colombiana

A primeira busca de aldeias no estado do Acre utilizou um sensor RIEGL VUX-1 UAV para calcular as dimensões entre os formatos espaciais das praças. De acordo com os números divulgados, as vilas circulares estavam dispostas com diâmetros entre 40 metros e 153 metros e imprimiam um significado simbólico para os habitantes, com o tamanho dos assentamentos estando relacionado a diferentes funções e grupos.

(Fonte: Universidade de Exeter / Reprodução)
(Fonte: Universidade de Exeter / Reprodução)
(Fonte: Universidade de Exeter / Reprodução)
(Fonte: Universidade de Exeter / Reprodução)

Além das terras em forma de circunferência, outras 11 foram identificadas com uma organização em retângulos, enquanto 15 aldeias montanhosas estavam completamente desgastadas com o tempo, fazendo com que os estudiosos não conseguissem determinar suas propriedades.

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