Raríssimo pinguim amarelo é fotografado por pura sorte

21/02/2021 às 03:002 min de leitura

Imagens de um determinado pinguim publicadas no Instagram do fotógrafo belga Yves Adams têm chamado a atenção dos seus seguidores: o pinguim-rei capturado nas fotos tem penas totalmente amarelas. Os registros foram feitos por Adams em uma expedição de dois meses em uma ilha da Geórgia do Sul, no oceano Atlântico.

Chegando à ilha com a missão de fotografar uma colônia de 120 mil pinguins, Adams começou a descarregar seus equipamentos em Salisbury Plain, uma planície fechada entre o mar gelado e as montanhas idem, quando, do nada, teve uma visão incomum: um pinguim amarelo.

Fonte: yves_adams/Instagram/Reprodução
Fonte: yves_adams/Instagram/Reprodução

Yves Adams confessou ao Kennedy News que nunca havia sequer pensado que poderiam existir pinguins daquela cor, mas a grande sorte dele foi que, entre aquele mundo de 120 mil pássaros, o “amarelinho” foi pousar justamente perto dele, onde foi possível dar uma boa olhada e fotografar, algo impensável se ele se juntasse à galera preta e branca.

Por que esse pinguim é amarelo?

Fonte: yves_adams/Instagram/Reprodução
Fonte: yves_adams/Instagram/Reprodução

A cor diferente das penas desse pinguim se deve a uma condição chamada leucismo, uma particularidade genética, causada por um gene recessivo, que resulta em perda da pigmentação em animais coloridos. Segundo Adams, por ser um pinguim leucístico, as células dessa ave não produzem melanina, tornando suas penas dessa cor, meio amarelas, meio creme.

Um estudo publicado em junho de 2013 na revista Journal of the Royal Society Interface descobriu que pinguins amarelos são um caso à parte entre os animais que sintetizam produtos químicos para exibição em cores, diferente de todas as cinco classes conhecidas de pigmentação da plumagem aviária. E o mais curioso é que a cor é diferente de qualquer pigmento amarelo encontrado na dieta de um pinguim.

Fonte: yves_adams/Instagram/Reprodução
Fonte: yves_adams/Instagram/Reprodução

Na época do estudo, o pesquisador-líder Daniel Thomas afirmou ao Smithsonian Insider que “os pinguins usam o pigmento amarelo para atrair parceiros e suspeitamos fortemente que a molécula amarela é sintetizada internamente”. No entanto, pelas fotos não foi possível afirmar se as penas amarelas tornaram o pinguim superatraente ou superbizarro para as fêmeas.

A pesquisa concluiu que essa inédita sexta classe de pigmentos de penas pode ter evoluído em um pinguim de linhagem-tronco e foi extendida aos pinguins modernos.

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