Papiro de 3,5 mil anos é registro mais antigo sobre mumificação

04/03/2021 às 13:001 min de leitura

Egiptólogos da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, encontraram um papiro de 3,5 mil anos que pode ser considerado o registro mais antigo sobre mumificação no Egito. Até o momento, somente dois outros documentos do tipo já haviam sido identificados. O papiro foi descoberto em parceria com o Museu do Louvre, de Paris, e, por isso, ele foi nomeado Papiro Louvre-Carlsberg.

Datado de cerca de 1450 a.C., o registro contém descrições de técnicas de embalsamamento. A descoberta é mais detalhada do que os dois documentos anteriormente encontrados e ajudou os especialistas a entenderem melhor como funcionava o processo de mumificação.

Conhecimento sobre mumificação não era popular no Egito Antigo

Segundo especialistas, a mumificação era considerada uma arte sagrada e nem todos conheciam os detalhes desse processo. É provável que essas informações fossem transmitidas, principalmente, pela fala, o que limita o número de registros manuscritos deixados pelos egípcios.

Segundo o novo documento, o embalsamamento era realizado em dois períodos diferentes, conhecidos como secagem e embrulhamento. Ambos duravam 35 dias e eram realizados perto do túmulo.

Na primeira etapa, o corpo tinha seus órgãos removidos e passava por rituais de purificação. Em seguida, na segunda fase, o corpo era envolvido com as ataduras e algumas substâncias aromáticas. Os embalsamadores trabalhavam no corpo a cada quatro dias.

(Fonte: Ida Christensen/Reprodução)(Fonte: Ida Christensen/Reprodução)

No 68º dia da mumificação, o corpo estava pronto para ser colocado no caixão.

Segundo os pesquisadores da Universidade de Copenhagen, uma das informações mais surpreendentes do papiro recém-descoberto foi a lista de ingredientes para o embalsamamento. O medicamento preparado era composto por substâncias aromáticas vegetais e alguns aglutinantes cozidos em líquido, usados para revestir pedaços de linho vermelho.

Por sua vez, o tecido era aplicado no rosto do cadáver, formando uma espécie de casulo antibacteriano. Assim como o resto do processo, a etapa era repetida a cada quatro dias até que o corpo estivesse pronto para o pós-vida.

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