Estilo de vida
03/06/2021 às 10:59•2 min de leitura
No último sábado (29), a família de Heriberto Sánchez, que vive em uma casa na zona rural da cidade de Santa María Zacatepec, no México foi despertada com um estrondo. Suspeitando de um raio, chegaram às janelas e se depararam com um gigantesco buraco que se abriu no solo, e ameaça engolir a casa inteira.
Fonte: CNN/Reprodução
A cratera cheia de água, que ao aparecer media 5 metros de diâmetro, cresceu rapidamente em poucas horas, conforme declarou a secretária ambiental mexicana para a região, Beatriz Manrique, à ABC. Conforme a emissora, a depressão já atingiu 80 metros de largura e está a poucos passos de alcançar a residência.
Obrigada a deixar a casa, a família Sánchez não sabe para onde ir. Segundo o patriarca Heriberto, “Não temos nada. Não somos daqui. Não temos parentes. Estamos sozinhos", disse o morador à AFP. Ressaltando que não houve feridos, o governo do estado de Puebla, Miguel Barbosa Huerta, recomendou em uma entrevista coletiva na segunda-feira (31) que os moradores da região fiquem longe do local.
Fonte: Dailymotion/Reprodução
A secretária Manrique explicou que o fenômeno “pode ser uma combinação de dois fatores: o amolecimento do campo, pois toda a área estava sendo cultivada, além da extração de água subterrânea, que amolece o subsolo”. A comissão nacional da água fará agora uma investigação sobre o que pode ter ocorrido.
A emissora ABC consultou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) e apurou que a ocorrência desse tipo de buraco acontece quando o solo não consegue mais suportar a superfície de terra acima dele. Segundo os especialistas, há várias explicações possíveis, como a hipótese de que possa ter ocorrido uma erosão da rocha abaixo da superfície à medida que a água subterrânea passa por ela, deixando um vão.
Cientistas e moradores da região acreditam que uma falha geológica, ou até mesmo uma variação no teor da água, podem ser os responsáveis pela cratera. Como o estudo do solo pode levar cerca de um mês, o governador Barbosa garante que os afetados pelo incidente serão indenizados, mas reconheceu que o buraco vai continuar crescendo "até que a natureza decida, quando a água deixar de fazer pressão", afirmou à ABC.