Tribo boliviana possui cérebros mais saudáveis do mundo

08/06/2021 às 10:072 min de leitura

O segredo para uma vida mais saudável pode estar escondido nas profundezas da Amazônia boliviana. Nessa localização, pesquisadores descobriram que a tribo dos Tsimané, um povo indígena que permanece isolado da civilização, possui corações e cérebros notavelmente mais saudáveis do que outras populações ocidentais. 

No passado, outros estudos já haviam demonstrado que os Tsimané tinham uma saúde excelente. Em 2017, uma pesquisa feita pela Universidade do Sul da Califórnia (USC) indicou que a tribo de 16 mil habitantes era dona dos corações mais saudáveis no mundo todo. Agora, um novo estudo feito em 2021 confirmou que esse não é o único ponto forte dos bolivianos.

Cérebros robustos

(Fonte: Tsimane Health and Life History Project Team)(Fonte: Tsimane Health and Life History Project Team)

Em seu experimento mais recente, a USC examinou 746 adultos da tribo Tsimané entre 40 e 94 anos de idade. Para que o estudo fosse possível, os habitantes da comunidade indígena precisaram viajar por dois dias inteiros para sair de sua vila isolada até Trinidad, a cidade mais próxima na Bolívia

Cada voluntário realizou uma tomografia do cérebro para que os pesquisadores pudessem analisar cada detalhe. Então, os resultados foram comparados com os de adultos provenientes de outras localizações, como Alemanha, Estados Unidos e Holanda.

Ao analisar o volume do cérebro entre as duas populações, os cientistas notaram que as populações ocidentais apresentavam um volume de cérebro 70% menor do que os Tsimané dentro da faixa etária observada. Embora algum nível de atrofia cerebral seja normal nessa idade, um declínio rápido pode levar ao comprometimento cognitivo, ao declínio funcional e à demência.

Estilo de vida saudável

(Fonte: Ben Trumble)(Fonte: Ben Trumble)

Ao fim do experimento, os pesquisadores não se mostraram surpresos com o resultado. Além de serem fisicamente ativos e viverem da agricultura, caça e pesca, os Tsimané possuem uma dieta rica em fibras, enquanto os ocidentais são geralmente sedentários e consomem mais gorduras saturadas.

Por outro lado, existia certa incerteza se esse estilo de vida necessariamente se traduziria em um cérebro mais saudável. Como não possuem nenhum contato com a medicina moderna, a tribo indígena se torna mais vulnerável a doenças infecciosas e altos níveis de inflamação.

Como as inflamações estão associadas à atrofia cerebral, os pesquisadores suspeitaram que os cérebros dos Tsinamé poderiam atrofiar mais rápido do que o normal. Em vez disso, o estudo demonstrou que a saúde cardíaca da tribo pode ter pesado favoravelmente na balança e permitido um maior desenvolvimento cerebral com o passar do tempo. 

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