Estilo de vida
04/07/2013 às 13:08•3 min de leitura
O cérebro, além de comandar tudo o que acontece no nosso organismo, é, sem sombra de dúvidas, um dos órgãos mais fascinantes do corpo humano. Contando com aproximadamente 100 bilhões de neurônios, ele é tão incrivelmente complexo que existem várias áreas da ciência — como a neurologia, a psicologia e a psiquiatria, por exemplo — dedicadas em estudá-lo.
E graças aos avanços da ciência, vários mitos relacionados ao cérebro humano acabaram sendo derrubados — ou compreendidos — nas últimas décadas, e o pessoal do site how stuff works criou uma interessante lista sobre vários fatos relacionados ao nosso órgão-mestre que foram desmistificados. Confira:
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Talvez você já tenha visto cérebros preservados em algum laboratório ou nas aulas de ciência, e apesar de terem um aspecto esbranquiçado e até amarelado dentro dos vidros, a verdade é que é possível identificar várias cores nesses órgãos. Para começar, grande parte dele é cinza, portanto, não é a toa que muitas vezes as pessoas se referem a ele como “massa cinzenta”.
Essa massa é composta por diferentes tipos de células — entre elas os neurônios — e pode ser observada em diversas porções do cérebro e da medula. Existe também a substância branca, composta por fibras nervosas que conectam a massa cinzenta. Outra estrutura “colorida” é a substância nigra, que apresenta essa coloração devido à neurommelanina, sem contar os vasos sanguíneos que completam a paleta de cores presentes no cérebro com o vermelho.
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Você já percebeu todas aquelas voltinhas e rugas que existem no cérebro? Elas são o resultado de milênios de evolução, já que os humanos foram desenvolvendo cérebros maiores para desempenhar todas as funções que nos diferenciam de outras espécies. Contudo, esses órgãos ficam acomodados em um espaço bem limitado e, por isso, eles foram se dobrando sobre si mesmos para caber na caixa craniana.
Tanto que, se fosse possível esticar todas as dobrinhas, o cérebro de um adulto ficaria do tamanho de um travesseiro! Contudo, ao aprender algo novo, não ganhamos mais rugas. Logo no início do nosso desenvolvimento, o cérebro apresenta um aspecto liso e uniforme, contudo, já com 40 semanas de gestação, os fetos contam com todas as voltas e dobras que terão por toda a vida.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
Você já ouviu falar que os cérebros continuam ativos durante algum tempo mesmo depois de alguém sofrer uma decapitação? Esse mito surgiu na época em que guilhotina era utilizada como ferramenta das execuções, e os boatos sobre cabeças piscando sozinhas circulavam entre a multidão. Inclusive existem testemunhos de médicos da época sobre respostas bem específicas dos executados, que apresentariam movimentos de pálpebras, lábios e pupilas.
Contudo, hoje em dia a maioria dos especialistas afirma que esses movimentos são meramente reflexos, em vez de respostas conscientes dos recém-decapitados. Ao cortar o fluxo sanguíneo — e consequentemente de oxigênio —, o cérebro entra imediatamente em coma e começa a morrer, e a perda de consciência ocorre em 2 ou 3 segundos. Assim, embora seja possível que o cérebro fique ativo, na verdade, é muito pouco provável que isso ocorra.
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Embora os humanos sejam as criaturas mais inteligentes da Terra, isso não significa que os seus cérebros também sejam os maiores. Aliás, muitos animais são capazes de usar seus “tutanos” para desempenhar algumas das funções que nós também desempenhamos, como desenvolver ferramentas, mostrar empatia com relação a outros bichinhos e solucionar problemas, por exemplo.
Para que você tenha uma ideia, o cérebro humano pesa mais ou menos o mesmo que o cérebro de um golfinho, ou seja, 1,4 quilo, enquanto que o de uma baleia cachalote — que, por sinal, é menos inteligente que um golfinho — pesa cerca de 7,8 quilos. Já o cérebro de um Beagle pesa aproximadamente 72 gramas, enquanto que o de um orangotango pesa 360, e os dois animais são inteligentes.
Entretanto, embora mais inteligência não signifique necessariamente mais volume, existe sim uma relação entre a massa do cérebro e a massa corporal de determinada espécie. A proporção de peso do cérebro com relação ao peso corporal nos humanos é maior do que em outros animais, ou seja, os nossos cérebros proporcionalmente pesam mais.
Além disso, também contamos com algumas estruturas mais desenvolvidas, como o córtex cerebral, por exemplo, que é — proporcionalmente — o maior de todos os mamíferos e o responsável por funções como a memória, a comunicação e o raciocínio.