
Estilo de vida
26/06/2021 às 11:00•2 min de leitura
Antes de entrar para a história, ainda que sua contribuição não seja reconhecida, Harriet Cole trabalhava como faxineira na Escola de Homeopatia Médica Hahnemann (atual Universidade Drexel) da Filadélfia, em meados da década de 1880.
Foi limpando os laboratórios e salas de aula da faculdade que ela conheceu o professor de anatomia Rufus B. Weaver. Durante a Batalha de Gettysburg, seu pai Samuel Weaver foi contratado pelo governo para ajudar a identificar os soldados confederados enterrados em covas rasas para serem repatriados para os estados do sul do país.
Depois que seu pai morreu em um acidente de trem, Rufus ficou encarregado do trabalho, desenvolvendo sua paixão pelo campo da anatomia no final da Guerra Civil. Weaver começou a trabalhar em Hahnemann em 1879, ao assumir o cargo de Demonstrador e Conferencionista de Anatomia, dissecando cadáveres com seus alunos.
(Fonte: ScienceDirect/Reprodução)
Não foi possível determinar qual foi o grau de relação entre Weaver e Cole, mas parece ter sido o suficiente, visto que a mulher decidiu doar seu corpo para pesquisa científica antes de morrer de tuberculose aos 35 anos, em 1888.
Obedecendo à vontade de Cole, Weaver não pensou duas vezes em trabalhar no corpo da mulher. Antes do século XIX, o campo de estudo da anatomia era novo e escasso, visto que os cadáveres usados pertenciam a criminosos ou faziam parte da bizarra indústria de roubo de corpos que existia.
(Fonte: Pinterest/Reprodução)
O primeiro passo do anatomista foi remover todo o sistema nervoso de Harriet Cole e montá-lo fora de seu corpo, em um processo que demorou 6 meses. Weaver cortou toda a carne do cadáver para revelar o sistema nervoso, envolvendo cada nervo com gaze e o cobrindo com tinta à base de chumbo.
A princípio, o trabalho foi feito apenas para ser usado como meio de educar seus alunos em sala de aula, mas não demorou para que o feito de Weaver ganhasse o mundo. Em 1893, o médico enviou “Harriet” para a Exposição Mundial, onde foi premiado com o Prêmio Científico Premium.
(Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)
Por muitos anos, o sistema nervoso de Harriet Cole viajou para diferentes laboratórios e salas de aula por todo país, até voltar para a faculdade onde foi criado, em 1960. Até hoje, a chamada "obra de arte de anatomia" feita por Rufus Weaver permanece na entrada da Faculdade de Medicina da Filadélfia.
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