Artes/cultura
26/07/2021 às 05:00•2 min de leitura
Sentir o cheiro de uma pessoa amada, desfrutar do delicioso aroma de um alimento saindo do forno ou simplesmente respirar o ar puro em um parque. Todas essas são sensações decorrentes de um dos sentidos do ser humano: o olfato.
O olfato é capaz de despertar a fome, provocar repulsa ou mexer com os sentimentos das pessoas. Além disso, quando estamos com o nariz entupido, nossa distinção de sabores se torna mais falha e tudo fica menos saboroso. Porém, todas essas reações são tão sutis que não costumamos pensar conscientemente na importância desse sentido. Veja só!
(Fonte: Unsplash)
O olfato, entre todos os sentidos, é o mais primitivo e intrigante de nossa existência. Quando mastigamos um alimento, nosso paladar e olfato trabalham simultaneamente para enviar informações para o cérebro sobre determinada comida ou bebida. Por conta disso, nosso nariz é uma importante ferramenta em muitas situações.
Para diversas espécies, além da nossa, o olfato é um instrumento essencial de sobrevivência. Em geral, os humanos podem diferenciar cerca de 20 mil tipos de odor e distinguir somente 100 tipos de gosto. Sendo assim, é graças aos aromas que conseguimos expandir todas essas sensações.
Como o olfato é o único dos cinco sentidos com conexão direta ao sistema límbico, parte do cérebro responsável pela formação emocional de memórias, a relação com os sentimentos se torna inevitável. Esse inclusive é um dos motivos para conseguirmos lembrar de alguma pessoa apenas pelo cheiro dela.
(Fonte: Pixabay)
Com o passar dos séculos, o olfato foi perdendo a importância durante a evolução das espécies. No homem, por exemplo, esse sentido já não é mais tão essencial para a nossa sobrevivência e por isso temos narizes menos apurados do que a maioria dos animais.
Para se ter uma ideia, as células olfativas que captam os cheiros cobrem apenas 10 cm² do nariz de um ser humano, mas ocupam 25 cm² em cachorros e impressionantes 60 cm² em tubarões. Mesmo assim, a perda do olfato ainda pode ser associada a alguns problemas neurológicos mais graves em nossa espécie.
Em estudos recentes feitos pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), foi possível comprovar que pacientes com Alzheimer e Parkinson sofrem alterações olfativas antes mesmo de apresentar essas doenças, ou seja, qualquer sinal de perda de olfato pode ser um indicativo precoce de que algo está errado em relação à saúde.