Por que as comidas ficam menos doces depois que as comemos?

18/08/2021 às 08:002 min de leitura

Você já reparou que uma comida doce se torna “menos doce” ao seu paladar quando você a come por uma segunda vez consecutiva? Dessa forma, podemos achar que algo de errado está acontecendo com as nossas papilas gustativas ou que a nossa comida simplesmente está mudando de sabor durante esse processo.

Porém, esse fenômeno tem uma boa explicação. Para entendermos o porquê do gosto de algo doce “mudar” após comermos algo muito açucarado, primeiro precisamos compreender o funcionamento do nosso cérebro e quais respostas nós temos preparadas para esse experimento gastronômico. Entenda!

Receptor de mensagens

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay/Reprodução)

Em primeiro lugar, nossos órgãos sensoriais recebem todo tipo de informação do cérebro e criam uma resposta para o corpo agir. Dado que o nosso cérebro se torna acostumado a receber um determinado sinal com frequência, ele desenvolve uma tendência de ignorá-lo para focar em mudanças mais radicais.

Essa é a razão para se acostumarmos com a água quente no banho após alguns minutos ou da xícara de café se tornar menos adocicada depois que já digerimos alguma coisa doce logo antes. Se você está constantemente saboreando algo doce, então esse sabor se tornará um padrão e seu cérebro não notará a diferença.

No entanto, se você comer algo completamente oposto, como uma laranja, sua mente sinalizará esse alimento como algo “extra-azedo” por conta da mudança repentina. Para que tudo volte ao normal, será preciso que o seu corpo descanse um pouco para que os sensores dissolvam as informações. 

Calibração sensorial

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay/Reprodução)

Como citado anteriormente, o nosso paladar não é o único sentido do corpo que se acostuma com um estímulo constante. Na verdade, essa é uma habilidade que todos os nossos sentidos corporais têm e se chama “calibração sensorial” ou também “fadiga sensorial”.

Para nossa audição, isso constantemente ocorre com uma série de ruídos brancos ou o som de uma tempestade. O tato, por outro lado, talvez se adapte à sensação da roupa tocando no corpo. A visão volta e meia ignora todas as coisas que estão a sua volta quando você está assistindo um filme no cinema, por exemplo. Por fim, o olfato se acostuma com o cheiro de um perfume após algumas horas.

Essa é a forma do cérebro de filtrar informações irrelevantes para evitar uma sobrecarga sensorial e por esse motivo podemos acreditar que algo está com um gosto diferente do que sentimos pela primeira vez.

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