Artista e ex-escravizado: o esqueleto mais bem preservado de Pompeia

20/08/2021 às 08:002 min de leitura

Arqueólogos descobriram recentemente aqueles que estão sendo considerados os restos mortais mais bem preservados até agora no sítio arqueológico de Pompeia. O esqueleto foi encontrado em uma tumba situada na necrópole de Porta Sarno, um dos portões principais da antiga cidade italiana.

Segundo os pesquisadores, a ossada pertencia a Marcus Venerius Secundio, muito provavelmente enterrado algumas décadas antes da destruição da cidade causada pela erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C.

Descoberta incomum

De acordo com os arqueólogos que estudam o local, achar restos mortais em tão boas condições, mesmo que parcialmente, não é algo muito comum em Pompeia, uma vez que o costume praticado durante a época romana era a cremação.

(Fonte: Parque Arqueológico de Pompeia/Reprodução)(Fonte: Parque Arqueológico de Pompeia/Reprodução)

Além da ossada de Secundio, também foi encontrada na mesma tumba uma urna de vidro com o nome de uma mulher inscrito nela, Novia Amabilis. Para os especialistas que estão analisando o local da descoberta, é bem possível que ela fosse a esposa de Secundio.

Fios de cabelos brancos nos restos de SecundioFios de cabelos brancos nos restos de Secundio

Quem foi Secundio?

Ao que tudo indica, Secundio foi escravizado e também guardião do antigo Templo de Vênus de Pompeia. O mais interessante, é que o simples fato de ter sido enterrado em um túmulo indica que Secundio conseguiu subir de classe econômica e social.

No topo da tumba, também foi encontrada uma placa de mármore com referências a apresentações teatrais na cidade realizadas em grego. Para os especialistas, essa placa é uma evidência de que Pompeia tinha um clima cultural animado e aberto, graças ao fato de realizarem eventos em grego.

(Fonte: Parque Arqueológico de Pompeia/Reprodução)(Fonte: Parque Arqueológico de Pompeia/Reprodução)

As escavações que estão sendo conduzidas na necrópole de Porta Sarno resultam de um projeto realizado em conjunto entre a Universidade Europeia de Valência e o Parque Arqueológico de Pompeia. Outras dezenas de descobertas, incluindo animais mortos e restos mortais de pessoas que faleceram na erupção do Monte Vesúvio, foram encontradas nos últimos anos na região de Regio V, uma área considerável do parque arqueológico que ainda não foi aberta ao público por completo.

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