Artes/cultura
28/08/2021 às 07:00•2 min de leitura
Em um passado não muito distante, procurar ajuda psicológica ou se preocupar com a saúde mental era um tabu. Para os indivíduos da geração X, nascidos entre 1965 e 1984, e da Y, nascidos em 1985 a 1995, o assunto ainda é delicado. Contudo, felizmente, a geração Z (de 1996 até 2010) está reagindo de forma diferente quanto a esse assunto.
A geração Z é a primeira nascida e criada completamente em meio à internet e aos smartphones, ou seja, as pessoas desse grupo têm uma experiência bem diferente das gerações anteriores. Mas qual é a razão para que essa geração seja mais aberta a esses assuntos? Como a internet influencia isso?
Com a aceleração da vida, por meio do uso de tecnologia, a nova geração tem uma variedade de novos estressores, que demandam maior cuidado com a saúde mental. (Fonte: Freepik/Reprodução)
Em um relatório divulgado pela American Psychiatric Association chamado Stress in America: Generation Z, realizado em outubro de 2019, a geração Z tinha mais probabilidade de ter recebido tratamento ou ido à terapia, cerca de 37% dos respondentes.
Os números das demais gerações foram 35% para os millennials, 26% para geração X e 22% para os baby boomers. Outro destaque no estudo é que a geração Z tem mais propensão a relatar a saúde mental como regular ou ruim do que as outras gerações.
Uma pesquisa da University College London descobriu que a geração Z tinha mais probabilidade de se automutilar, ter uma imagem corporal mais pobre, ter insônia, estar acima do peso e ter depressão. Essa propensão pode estar associada às novas realidades impostas pelas redes sociais.
Sem estigmas, a geração Z não quer ser prejudicada por problemas de saúde mental, porque viram que é possível se sentir melhor e querem isso para si mesmos. (Fonte: Freepik/Reprodução)
Existem vários motivos que podem ter incentivado essa geração a ser mais aberta a esse tema. Primeiramente, as gerações anteriores podem ter ajudado a pavimentar o caminho, dando abertura para a geração Z se posicionar sobre o assunto.
Além disso, houve um aumento de campanhas publicitárias sobre o assunto. Outro ponto é que a internet pode ser um carrasco para os jovens, mas há meios de estabelecer comunidades e relações seguras com pessoas do mundo todo. Assim, ficou mais fácil se identificar com outras pessoas que sofrem dos mesmos problemas e trocar experiências sobre o que estão passando.