Quão perto estamos de viver uma 'revolta das máquinas'?

30/10/2021 às 12:003 min de leitura

Conforme a tecnologia progride no mundo, nossa obsessão com os robôs só aumenta, e o medo do desconhecido se torna cada vez mais real. Afinal, seríamos capazes de criar máquinas tão inteligentes ao ponto de se virarem contra nós? O pavor de que um dia possamos viver em uma realidade parecida com a da série Westworld é muito sério para algumas pessoas.

Para ter um panorama mais completo do que está acontecendo a nossa volta, antes precisamos saber exatamente quais são os produtos mais tecnológicos que vêm sendo criados pelos seres humanos nos últimos anos e o quão próximo estamos de alcançar as máquinas pensantes. Veja só!

Tecnologia realística

Na última semana, o vídeo de um braço robótico levantando peso com o auxílio de músculos artificiais chamou a atenção dos internautas. O trabalho é obra de um engenheiro polonês que tentou replicar a complexidade do corpo humano com um membro alimentado por eletricidade e hidráulica.

Construído pela Automaton Robotics, o vídeo faz parte de uma série de atualizações que a empresa tem trazido para o braço mecânico e ainda precisa de mais alguns músculos artificiais para estar completo. Atualmente, o projeto possui metade dos "músculos" que um braço biológico realmente têm, mas já é capaz de realizar uma série de movimentos.

O objetivo da companhia é um dia conseguir construir um robô que seja barato, rápido e altamente eficiente. Até o momento, o braço robótico consegue sustentar 7 quilos e até possui "sangue quente", com um fluido aquecido circulando por veias sintéticas para tentar imitar o corpo humano.

Com pouco apoio financeiro de terceiros, o projeto ainda está longe do fim e precisará de muitos ajustes até estar totalmente completo. Nesse caso, então, talvez precisemos de mais alguns anos até de fato ver um grande robô funcional que imita completamente a função física de um ser humano.

Robôs no mercado de trabalho

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Para explorar o que o futuro deve se tornar quando humanos e robôs dividirem a sociedade, o Manchester Science Partnerships (MSP) se juntou ao Museu da Ciência e da Indústria para realizar um painel sobre robótica no Festival de Ciência de Manchester em 2021.

A pergunta que guiou a apresentação foi: quão perto nós estamos de viver em um mundo robótico? Em seu discurso de inauguração, o pesquisador Robin Pinning, chefe de tecnologia no Hartree Center, esclareceu que nem todas as discussões sobre o futuro da robótica precisam ser assustadoras.

Quando falamos sobre robôs, normalmente incluímos no debate a inteligência artificial (IA), que nada mais é do que o conceito de tentar fazer com que programas de computador racionalizem como o cérebro humano. Aparelhos como a Alexa e a Siri já utilizam princípios bastante parecidos.

O termo "robô", por outro lado, é usado apenas para descrever mecanismos programados para realizar uma tarefa específica e repetitiva, como identificar algoritmos ou para a produção em massa industrial. Para David Levine, CEO da DigitalBridge, a questão não é quando os robôs assumirão nossos empregos no futuro, mas o que robôs e humanos podem fazer melhor juntos para aumentar a eficiência e a produtividade no local de trabalho.

Problemas com a inteligência artificial

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Se os programas de Inteligência Artificial trabalham para que as máquinas possuam uma capacidade de "pensamento" similar à do cérebro humano, o que realmente impede os robôs de desenvolverem consciência no futuro e desejarem parar de trabalhar a nosso favor?

O problema com essa teoria é que precisaríamos chegar a um consenso sobre o que é a consciência para ter uma solução. Se o ato de pensar for considerado apenas a habilidade dos humanos de resolver problemas, nesse caso a IA já ultrapassou qualquer nível de consciência que nós temos — uma vez que as máquinas são mais eficientes para esse tipo de problema do que nós.

O cérebro humano, entretanto, trabalha com a associação, enquanto o cérebro robótico atua unicamente com a memorização. E o que isso quer dizer? É que nós somos muito mais capazes de diagnosticar e prever algum acontecimento com poucos exemplos.

Uma máquina precisaria de várias fotos de dinossauros para conseguir assimilar uma nova espécie, ao passo que nós, seres humanos, realizamos isso por dedução.

Empatia e ética

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Caso você ainda esteja com muito medo de uma eventual "revolução das máquinas" em um futuro próximo, saiba que embora vários robôs sejam mais capacitados do que nós em diversas atividades mecânicas, nosso lado humano ainda nos entrega algumas vantagens.

Hoje existem robôs sendo projetados para realizar cirurgias de precisão em espaços significativamente apertados do corpo humano, onde um médico dificilmente conseguiria ter acesso ou usar sua instrumentação cirúrgica sem grandes riscos para o paciente.

Entretanto, ainda não fomos capazes de criar um robô que tenha nossa capacidade de interpretar as emoções alheias, compreender o conceito de empatia ou simplesmente saber o que é a ética utilizada em um ambiente de trabalho. Portanto, até o momento ainda somos de certa forma insubstituíveis.

É possível que esse cenário mude em 20, 30 ou 40 anos? Talvez. Mas até lá as máquinas teriam que aprender muita coisa até chegarem perto da enorme complexidade que é nossa existência. Então, respire fundo e não se preocupe com isso agora!

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