Cigarrinha brilhante 'incrivelmente rara' é encontrada em Uganda

02/02/2022 às 08:302 min de leitura

Cientistas da Universidade Anglia Ruskin, em Cambridge (Inglaterra), confirmaram um encontro surpreendente e “incrivelmente raro” com uma cigarrinha do gênero Phlogis, identificada no Parque Nacional Kibale, a oeste de Uganda. 

Desaparecida desde 1969, quando foi vista pela última vez na República Centro-Africana, a espécie Phlogis kibalensis, batizada de acordo com o local de avistamento, consiste em um grupo particular de cigarrinhas que se destaca pela aparência metálica, responsável por emitir um brilho único. Esses insetos normalmente têm o órgão reprodutor masculino em um formato parcial de folha e atingem até 6,5 mm em estágios adultos, algo que dificulta a identificação em ambientes mais densos.

“A Phlogis kibalensis é uma cigarrinha. Muitas pessoas estão familiarizadas com as cigarras, e as cigarrinhas são parentes delas. Eu geralmente as descrevo como muito, muito menores. Todas elas têm, em geral, a mesma estrutura. A cabeça está posicionada um pouco acima do topo das costas e elas costumam ser coloridas”, disse Alvin Helden, pesquisador da Universidade Anglia Ruskin e principal condutor de atividades de campo em Kibale.

(Fonte: Anglia Ruskin University / Reprodução)(Fonte: Anglia Ruskin University/Reprodução)

Segundo o pesquisador, observar um novo indivíduo P. kibalensis "é uma conquista única na vida", especialmente por haver pouco conhecimento científico sobre a espécie. Atualmente, esses insetos habitam regiões tropicais bastante afetadas por desmatamentos e outros tipos de ações humanas contra o meio ambiente, e tudo indica que a dificuldade em visualizá-los é devido aos riscos que a natureza vem sofrendo nas últimas décadas.

Trabalhos em Kibale

Helden atua como cientista de campo no Parque Nacional de Kibale desde 2015, liderando estudantes do Grupo de Pesquisa em Ecologia Aplicada para registrar insetos, incluindo borboletas, mariposas e besouros-tartaruga. Além de contar com documentações fotográficas, a equipe participa de ações de preservação das espécies em cerca de 795 km de extensão e explora uma grande variedade de habitats, produzindo guias de viagens.

Com o achado da cigarrinha, espera-se que os biólogos possam contribuir com a manutenção do inseto e com sua consequente perpetuação, investindo os esforços na compreensão das características do animal e na tentativa de relacionar tais propriedades com sua participação na natureza.

“[Os insetos do gênero Phlogis] são tão raros que a biologia deles permanece quase completamente desconhecida. Sabemos quase nada sobre a Phlogis kibalensis, a nova espécie que eu descobri, incluindo as plantas das quais ela se alimenta e o seu papel no ecossistema”, concluiu Helden.

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