Esportes
24/05/2022 às 11:00•2 min de leitura
Você já viu por aí uma cobra de duas cabeças? Saiba que nós não estamos falando de mitologia grega, mas sim de vida real! Essa condição se chama bicefalia e possui grande significado nas histórias do passado, porém é algo realmente existente e extremamente intrigante.
Aliás, esse um problema que afeta não só as cobras, como também outros animais na natureza. E aí, ficou curioso para saber como tudo isso acontece? Ao longo dos próximos parágrafos nós falaremos mais a fundo sobre a bicefalia, citaremos algumas curiosidades e quais são os maiores riscos. Olha só!
(Fonte: Shutterstock)
A bicefalia, tal qual seu termo mais amplo policefalia (múltiplas cabeças), é extremamente rara no mundo animal. Mesmo assim, isso não significa que ela seja completamente impossível e existem diversos detalhes científicos que nós ainda estamos tentando decifrar sobre essa condição.
Até onde sabemos, a primeira causa plausível para o surgimento de um espécime com bicefalia é a divisão incompleta de um embrião. Quando isso acontece na natureza, na maioria dos casos, a maioria dos mamíferos acaba tendo um aborto espontâneo, sobretudo porque essa é uma subclasse que valoriza mais qualidade do que quantidade em suas crias.
Para as cobras, no entanto, esse mecanismo não possui o mesmo nível de sensibilidade. Além disso, a partir do momento em que as cobras põem um ovo, o desenvolvimento do embrião já está fora de seu controle. Por fim, ovos são muito mais suscetíveis a fatores ambientais que podem desencadear uma divisão espontânea do embrião, o que torna a bicefalia muito mais provável em répteis do que em mamíferos.
Apesar das estatísticas desfavoráveis, casos de bicefalia ou policefalia já foram registrados em humanos, gatos, cabras, porcos, tubarões, pássaros e diversas outras criaturas.
(Fonte: Shutterstock)
Apesar da frase "duas cabeças pensam melhor do que uma" ser um ditado bastante popular em nossa sociedade, essa pode não ser uma verdade quando o assunto são os casos de bicefalia e policefalia. Embora não existam estatísticas específicas sobre o tema, especialistas acreditam que a maioria dos animais que nascem com essa condição não conseguem sobreviver na natureza por muito tempo.
Também é importante ressaltar que a forma como a divisão do embrião ocorre possui bastante relevância nas taxas de sobrevivência. Caso as duas cabeças estão conectadas a estômagos diferentes, a luta por presas torna mais provável elas morrerem de fome.
Ou então, um único coração tendo que bombear sangue para dois corpos diferentes faz com que o processo seja muito mais desgastante e gere problemas de saúde para o animal. A melhor chance de um animal com policefalia sobreviver é nascer em cativeiro, onde ficará sobre o cuidado de seres humanos e terá mais chances de uma vida longa — há registros de cobras com bicefalia sendo estudavas vivas por 20 anos nos Estados Unidos.