Como novos vírus surgem ao redor do mundo?

15/07/2022 às 03:002 min de leitura

A pandemia de covid-19 chocou o planeta no início de 2020, infectando milhões de pessoas por onde o vírus SARS-CoV-2 passou e matando vários dentro desse grupo. De acordo com cientistas, os primeiros casos pipocaram na cidade de Wuhan, na China, antes de se disseminar para outras partes do mundo pelas rotas comerciais e turísticas.

Porém, o que é preciso para que um novo vírus prospere e uma pandemia nasça em alguma localização da Terra? Quais características permitem com que uma doença pouco conhecida infecte milhares de pessoas de uma semana para outra e quais processos biológicos são fundamentais nesse cenário? Para você entender mais, nós separamos algumas informações cruciais.

O nascimento de um novo vírus

(Fonte: Dr_Microbe/Getty Images)(Fonte: Dr_Microbe/Getty Images)

Embora novas doenças criem um grande burburinho entre os seres humanos pelos sintomas que despertam e por seus índices de letalidade, isso não significa que os vírus causadores eram necessariamente completamente desconhecidos pela ciência. Na maioria dos casos, esse determinado vírus já circulava por aí durante milhares de anos entre algum tipo de animal.

O coronavírus é um exemplo claro disso, visto que existem cepas que só afetam morcegos, gatos ou camelos. Porém, por conta de outros processos biológicos que demoram anos e anos para acontecer, esse patógeno consegue se mutar para pular de uma espécie para outra.

As mutações aleatórias ocorrem na natureza o tempo todo, sendo apenas uma questão de tentativa e erro. Nesses casos, os riscos ainda são baixos, visto que só é possível contaminação quando um ser humano entra em contato com o animal infectado. No entanto, o índice de gravidade escala quando o vírus ganha uma nova transformação que o faz capaz de ser transmitido de pessoa para pessoa.

Zona de risco

(Fonte: Tarcisio Schnaider/Getty Images)(Fonte: Tarcisio Schnaider/Getty Images)

As mutações de um vírus costumam demorar anos para acontecer e são geralmente monitoradas por pesquisadores. O sistema de rastreamento é tão intenso que os riscos do coronavírus ser passado para humanos já era muito bem conhecido antes mesmo da primeira pessoa ser infectada em meados de dezembro de 2019.

Porém, o que faz uma localização ser mais propícia à disseminação da doença do que outras? Em geral, o fator mais alarmante é o contato próximo com a natureza. Conforme a humanidade acaba com zonas florestais e cada vez mais se aproxima de animais selvagens, estamos mais propensos a ver doenças novas surgindo recorrentemente.

Segundo o Banco Mundial, existiam cerca de 41,2 milhões de km² de área florestal no mundo em 1990. Porém, esse número caiu para 39,9 milhões de km² em 2016 — algo equivalente ao estado do Amazonas inteiro. Quanto mais próximo os humanos estiverem dessas criaturas, mais simples será para que novas cepas sejam passadas para nós e consigam se mutar para afetar o organismo humano.

Além disso, o consumo de carne animal também cumpre papel importante no aumento de infecções. Relatórios da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) mostram que nunca houve um consumo de carne animal tão extenso no mundo todo como há agora. Logo, esses patógenos possuem outra via simples para atingir nossos corpos. 

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