Artes/cultura
27/09/2022 às 11:00•2 min de leitura
Recentemente, o perfil "Wonder of Science" publicou, em sua conta no Twitter, um fluxo de lava correndo em alta velocidade. Após o compartilhamento, internautas viralizaram as imagens e começaram a se questionar sobre as propriedades do impressionante fenômeno natural. Será que tudo que foi ensinado sobre o material geológico em fusão está de acordo com sua realidade?
As imagens foram fotografadas pelo artista Ken Boyer, que vive nas imediações do vulcão ativo Kilauea, no Havaí. Segundo descrição, a captura não foi realizada por meio de processos de timelapse, mas sim em tempo real. Você pode conferir o trecho logo abaixo e descobrir mais fatos curiosos sobre a lava vulcânica:
This is not a time-lapse video. Amazing footage of a river of lava moving at an incredible speed captured by photographer Ken Boyer.pic.twitter.com/kvww1InrLv
— Wonder of Science (@wonderofscience) September 19, 2022
(Fonte: Getty Images / Reprodução)
A denominação "lava" não era utilizada até a erupção do Monte Vesúvio, ocorrida em 1737. Francesco Serao, médico, físico, geólogo e filósofo italiano nascido em San Cipriano d'Aversa, na Campania, usou a palavra — derivada de labes (“queda” ou “deslizamento” em latim) — para comparar o lodo quente nas encostas do vulcão aos deslizamentos de terra após uma chuva forte.
(Fonte: Getty Images / Reprodução)
Basicamente, existem dois tipos de fluxos de lava que tendem a se espalhar de formas distintas. Enquanto a basáltica — chamada pahoehoe — se baseia na consistência e tem um derramamento lento, a do tipo a'a muitas vezes avança de forma irregular, resultando em surtos repentinos com maior tempo de resfriamento e menor espessura.
(Fonte: Getty Images / Reprodução)
Segundo dados do Serviço Nacional de Geologia e Mineração do Chile, a lava pode se mover a uma velocidade que varia de 1 quilômetro por dia a 10 quilômetros por hora. Velocidades mais rápidas indicam que o fluxo tem origem nas "erupções havaianas", caracterizadas não por serem explosivas, mas sim por liberarem substâncias e forçá-las a correrem por encostas, rachaduras e outros caminhos facilitados.
(Fonte: Getty Images / Reprodução)
Recentemente, foi descoberto que o supervulcão abaixo do Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, armazena uma segunda camada de lava, localizada logo abaixo do nível do magma riolítico. Um estudo de 2015 determinou que essa capacidade escondida seria capaz de preencher o Grand Canyon 11,2 vezes. Visto que a área cobre uma zona de quase 5 mil metros quadrados, os valores do vulcão são significativos.
(Fonte: Getty Images / Reprodução)
Quanto mais clara a cor, mais fluida a lava; laranja brilhante indica temperaturas superiores a 1.000 graus Celsius, enquanto vermelho escuro se situa entre 650 e 800 °C. A cor preta faz referência à lava de natrocarbonatita, encontrada no vulcão Oldoinyo Lengai da Tanzânia e composta por sódio a 540 °C.
Uma exceção fica por conta do fluxo azul — no vulcão indonésio Kawah Ijen —, que na verdade é causado pelo gás sulfúrico liberado ao mesmo tempo que a lava basáltica antiga. Neste caso, sua coloração também pode ser prateada, caso esteja em estado completamente frio.
(Fonte: Getty Images / Reprodução)
Há aproximadamente 65 milhões de anos, um fluxo maciço de lava balsática cobriu grande parte do território atualmente conhecido como o da Índia. Essas erupções foram responsáveis por liberar um gás tóxico poderoso o suficiente para expulsar até mesmo as espécies mais resistentes de dinossauros. Com isso, o evento, aliado ao asteroide que atingiu o outro lado do planeta, pode ter causado um megacataclisma para eliminar boa parte da vida existente no planeta.