Ciência
15/11/2022 às 04:00•2 min de leitura
Desbravar todos os cantos do universo tornou-se uma missão científica para a humanidade. Nesse sentido, as grandes estações espaciais que existem em órbita ao redor do nosso planeta cumprem grande função, uma vez que permitem aos humanos passarem tempo indeterminado fora da Terra.
Depois do fim do programa Apollo, criado pela NASA, muitos países mudaram seus focos de viagens espaciais profundas para estabelecer uma ponte entre nós e o espaço. Por esse motivo, as estações espaciais servem como um trampolim para outras missões. Mas quantas delas existem por aí atualmente? Veja só!
(Fonte: Wikimedia Commons)
De longe, a estação espacial mais famosa de todas é a Estação Espacial Internacional (ISS), a única estação espacial na órbita do nosso planeta em funcionamento no momento. No entanto, a ISS não foi a primeira estação espacial já criada e é de se imaginar que também não seja a última a surgir.
A primeira versão de todas foi desenvolvida pela União Soviética em 1971, chamada de Salyut 1. Porém, ela viu apenas duas missões humanas serem concretizadas. As missões Soyuz 10 e Soyuz 11 foram as únicas com direcionamento para a estação espacial soviética, mas apenas a segunda conseguiu atracar com sucesso.
Naquela época, astronautas passaram 23 dias a bordo da Salyut 1 realizando uma série de experimentos. Infelizmente, uma válvula falhou ao fechar corretamente a Soyuz 11 e toda a tripulação faleceu ao final da missão por falta de ar. Entre 1971 e 1973, URSS lançou mais três estações espaciais, mas nenhuma delas foi tripulada.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Em meio à Guerra Fria, os Estados Unidos se prepararam para se equiparar com os soviéticos. Por esse motivo, a sua primeira estação espacial foi lançada em 1973, batizada de Skylab e em órbita baixa da Terra. Esse seria um início do que um dia viria a ser a ISS.
A NASA, agência espacial norte-americana, realizou três missões tripuladas separadas que passaram cerca de 24 semanas a bordo da Skylab entre maio de 1973 e fevereiro de 1974. No entanto, como os ônibus espaciais ainda não tinham sido inventados, ainda não existia uma forma de reabastecer a estação espacial.
Por esse motivo, a Skylab acabou caindo em direção à Terra durante 1979, se desfazendo na reentrada no planeta. Depois disso, os EUA não lançaram mais nenhum outro projeto até que a construção da ISS começasse. No restante do século XX, a URSS deu continuidade ao programa Salyut e realizou o lançamento de várias outras estações espaciais.
A principal delas foi a Mir, lançada em 1986 e permanecendo em operação até 2001 — foi desativada após o fim da União Soviética. Durante sua existência, a Mir conduziu centenas de experimentos sobre os efeitos a longo prazo das viagens espaciais e determinou que a humanidade poderia manter um habitat permanente fora da Terra.
(Fonte: Wikimedia Commons)
A construção da ISS teve início em 1998, sendo um projeto conjunto de países como EUA, Rússia, Japão, União Europeia e Canadá. Embora os dois primeiros nomes da lista forneceram o maior investimento financeiro e tecnológico, cada estado membro oferece diferentes formas de tecnologia que ajudam a ISS ser um dos maiores exemplos de cooperação internacional.
Novos módulos continuam sendo anexados à estação recorrentemente, sendo o mais recente em 2021. Atualmente, o projeto conta com financiamento suficiente para continuar operando até 2030. Um fato curioso sobre as missões espaciais é que a China é o único grande país espacial que não participa dos projetos da ISS.
Em vez disso, os chineses têm lançado suas próprias estações espaciais, sendo a primeira delas a Tiangong-1, lançada em 2011 e permanecendo ativa por dois anos. Em seguida, surgiu a Tiangong-2, que também operou por apenas três anos, e agora o país se prepara para lançar a Tiangong-3, uma estação que almeja ser muito maior e com capacidade de "rivalizar" com a ISS.