Artes/cultura
10/01/2023 às 04:00•2 min de leitura
Algumas espécies de animais intrigam tanto estudiosos quanto o público em geral em virtude da presença de características que lhes conferem uma beleza única. Esse é o caso da Greta oto, carinhosamente chamada de "borboleta asa de vidro" e "borboleta de cristal".
A espécie foi identificada em 1854 pelo naturalista britânico, ilustrador e colecionador de borboletas William Chapman Hewitson. Nativa das Américas Central e do Sul, a Greta oto pode ser encontrada em países como México, Panamá, Colômbia, Venezuela e, claro, também no Brasil! Confira, agora, 4 fatos interessantes sobre a Greta oto:
Nos países de língua espanhola, a espécie é chamada de Espejitos. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Pertencente à família Nymphalidae, a Greta oto possui bordas marrons em suas asas, que são transparentes. Ainda assim, as veias presentes em sua extensão ainda são visíveis a olho nu.
Apesar de serem levinhas e de apresentarem uma aparência frágil, elas são capazes de carregar peso superior em até 40 vezes ao do próprio corpo.
Essa característica, apesar de rara, também se manifesta nas libélulas, ajudando os belos insetos a escaparem de seus predadores. O motivo para a Greta ota apresentar tal particularidade seria devido a um mecanismo complexo presente nas asas, que tem sido objeto de estudo de pesquisadores.
Ele torna possível que luz absorvida pelas asas seja menor e mesmo que ela se mova em seu entorno, em diferentes ângulos, conferindo um aspecto antirreflexo e fazendo com que seu brilho seja reduzido. Estudiosos também identificaram a presença de um revestimento de cera nas asas, mais denso que o ar, que estaria por trás desse aspecto de visual ímpar.
O comprimento médio da borboleta asa de vidro é de 20 a 30mm. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Por se tratar de uma espécie migratória, essas borboletas são capazes de viver por um período que varia entre 6 e 12 semanas. Outro fato interessante é que a Greta oto pode percorrer a distância de 19 quilômetros diariamente, além de alcançar a velocidade de até 13 km/h.
Essa característica, em particular, permite essas pequenas criaturas povoem diferentes altitudes, ainda que variando em densidade.
Em sua dieta, composta de plantas, flores e excrementos de pássaros, um destaque se dá pelo fato da lagarta da espécie se alimentar de plantas tóxicas como forma de se proteger de predadores, especialmente de formigas.
E graças a esse potencial de se tornarem menos atraentes, os adultos também são tóxicos por se alimentarem de flores que possuem maior presença de alcaloides.
Além disso, os machos apresentam algumas diferenças, com pelos mais compridos na parte posterior do seu corpo, tornando sua presença mais marcante para as fêmeas através do seu cheiro ao liberar feromônios, o que contribui para a reprodução da espécie na natureza.