Estilo de vida
21/02/2023 às 12:01•2 min de leitura
Som e luz são capazes de mexer com a curiosidade de qualquer ser humano, e cientistas não fogem a essa regra. No caso, o desejo de compreender determinados aspectos e conhecer como são elementos específicos da natureza e/ou de nosso universo ajudam a explicar, em partes, a evolução tecnológica.
Graças a esses avanços, cientistas já conseguiram saciar a curiosidade deles, mas também de muitos de nós. Afinal de contas, você também já deve ter se perguntado quão barulhentas são as explosões solares, certo? Buscamos as informações de conhecimento público e viemos compartilhar com vocês. Confiram!
Lançado no ano de 2013, o satélite Swarm, da Agência Espacial Europeia, foi capaz de capturar os sons emitidos pelo campo magnético da Terra. Porém, somente em 2022 os cientistas da Universidade Técnica da Dinamarca tiveram sucesso em converter sinais magnéticos em som.
Na realidade, o som não foi captado de forma direta, mas moldado a partir das características dos dados coletados pelo Swarm. O áudio representa o campo magnético gerado pelo núcleo de nosso planeta em interação com uma tempestade solar. A pesquisa visa ajudar cientistas a entender o clima no espaço.
Uma pesquisa conduzida em conjunto com a Agência Espacial Europeia e a NASA capturou vibrações produzidas pelos movimentos do Sol. O estudo foi feito para auxiliar os cientistas a entender o que acontece dentro da estrela, já que os olhos humanos não são sensíveis o suficiente para enxergar erupções, explosões e outras atividades solares.
A frequência do som precisa ser aumentada cerca de 42 mil vezes, de modo que seja possível que o ouvido humano a ouça. Ele é um som estranho e pulsante, mas carregado de significado. Essa pesquisa já possui mais de 20 anos, mantendo um grande acervo dos sons do Sol.
Ainda que o som não se propague no vácuo, a NASA conseguiu mostrar que o espaço não é uma câmara de vácuo completa, o que significa dizer que ele não é totalmente silencioso. Os conjuntos de galáxias possuem gases capazes de fornecer o contexto necessário para que ondas sonoras sejam propagadas.
Foi assim que a agência espacial norte-americana captou o som que um buraco negro emana. Foi necessário amplificá-lo muitas vezes, já que estava em um tom baixo demais para ser ouvido por ouvidos humanos, mas, em termos de frequência, era tão baixo que precisou ser aumentada cerca de 288 quatrilhões de vezes. Mais baixo que o mais baixo dos sussurros.
Quando a NASA enviou o rover Perseverance para Marte, ele foi equipado com um microfone funcional. Ainda que seu ritmo de captação fosse baixo, apenas três minutos a cada 48 horas, ele foi capaz de registrar, pela primeira vez, o som de tempestades de poeira no planeta.
Ela possibilitou que os cientistas entendessem melhor a atmosfera e o clima de Marte. A descoberta mostrou, por exemplo, que os ventos marcianos mais fortes são semelhantes aos da Terra, não representando grandes riscos.
O aquecimento global é um perigo sério. Conforme a temperatura aumenta, o trabalho científico de detectar qual a velocidade do derretimento de geleiras se torna ainda mais fundamental, por exemplo. É através desse monitoramento que conseguem prever o aumento do nível do mar.
Ainda que parte desse trabalho seja feito analisando fotografias e imagens de satélite, cientistas desenvolveram hidrofones: grandes microfones subaquáticos, capazes de ouvir o que ocorre abaixo da superfície. O som do derretimento de geleiras, que acontece quando bolhas aparecem na água, soa como fogos de artifício – ou bacon sendo frito.