6 fatos sobre taxidermia que você provavelmente não conhecia

23/03/2023 às 10:003 min de leitura

A taxidermia é muito mais do que empalhar animais para ficarem bonitos na parede de uma cabana. Ela é uma arte científica, que exige de quem a pratica dedicação, meticulosidade, conhecimento anatômico dos animais, entre outros pré-requisitos.

Quem assistiu a série da Netflix sobre Jeffrey Dahmer viu que o assassino era um adepto da técnica, mas ela também é muito mais do que algo que deixa cheiro forte, como pode ter parecido na minissérie. Que tal conferir alguns fatos pouco conhecidos sobre a taxidermia? Confira.

1. Termo tem origem em palavras gregas

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

A palavra taxidermia é originada da junção de duas outras, de origem grega: taxis e derma, que significam, respectivamente, "arranjo" e "pele". Não há consenso sobre quem teria cunhado o termo. Uma das hipóteses mais aceita é de que teria sido Louis Dufresne, ornitólogo e taxidermista francês.

Ele era curador do Museu Nacional de História Natural de Paris, e escreveu a respeito do tema em um livro de 1803, considerado referência sobre taxidermia, uma espécie de dicionário sobre história natural. Contudo, não estranhe se ler que teria sido o zoólogo François Marie Daudin. A ele também é apontada a origem do termo.

2. Foi impulsionada durante o século XIX

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Estudos apontam que a taxidermia próxima do que conhecemos hoje teria começado a surgir no século XVI, momento em que os europeus desenvolveram métodos e produtos químicos para conservação de peles de animais. Eles estavam dando início ao uso para vestimentas e montaria. Três séculos depois, a técnica já estava consolidada no meio científico.

Em 1851, Londres foi sede da Grande Exposição, um evento internacional de exposição da indústria, artes, ciência e comércio. Muitos taxidermistas estavam entre os mais de 15 mil expositores, que serviram de ponto de inspiração para um crescente interesse na técnica.

3. Charles Darwin era adepto da técnica

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Sim, o cientista inglês Charles Darwin se tornou um grande apreciador da taxidermia, tendo aprendido com um ex-escravizado da Guiana, de nome John Edmonstone. Essa história, que viralizou no último ano, foi importante para os estudos que Darwin faria sobre a teoria da evolução.

Foi a partir dos ensinamentos de Edmonstone que Darwin conseguiu preservar espécimes que coletou em sua viagem a bordo do HMS Beagle, e que foram importantes para a formulação que mudaria a maneira como enxergamos o mundo.

4. Existem convenções e campeonatos de taxidermia

(Fonte: National Taxidermists Association/Reprodução)(Fonte: National Taxidermists Association/Reprodução)

A National Taxidermists Association, além de realizar convenções, é responsável por organizar grandes competições de taxidermia nos Estados Unidos. Mas a história de campeonatos da técnica remontam o século XIX. O primeiro registro de uma competição entre taxidermistas é de 1880, quando William Temple Hornaday criou a obra A Fight in the Tree-Tops.

Ela era composta por dois orangotangos machos que, de acordo com a composição de Hornaday, brigavam por uma fêmea. Pesquisadores de taxidermia afirmam que a obra do Hornaday era cientificamente precisa, o que inspirou outros taxidermistas a também serem precisos em suas criações.

5. Existem dioramas em museus feitos com animais empalhados

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Já ouviu falar em diorama? É o termo utilizado para o modo de representação artística tridimensional, em que se busca reproduzir, de modo realista, cenas da vida real em exposições. Dioramas são muito comuns em museus de história natural, que exibem animais em seus habitats naturais recriados de maneira meticulosa.

Um dos primeiros dioramas foi criado por Carl Akeley, em 1889, que retratava ratos-almiscarados. Em sua homenagem, o salão dos mamíferos africanos do Museu de História Natural de Nova York foi batizado com seu nome.

6. O rinoceronte de Luís XV foi taxidermizado

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Se você visitar o Museu Nacional de História Natural de Paris, verá exposta o rinoceronte indiano que pertenceu a Luís XV. O animal, que viveu mais de 20 anos no Palácio de Versalhes, foi morto durante a Revolução Francesa.

Então, foi feita a taxidermia nele, de modo que fosse preservado. Seu esqueleto foi separado e está exposto no mesmo museu, mas separado da pele. Quando o rinoceronte passou pela técnica, em 1793, era o maior animal a fazer uso de métodos modernos de taxidermia.

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