As aquanautas que abriram caminho para mulheres na NASA

04/04/2023 às 06:342 min de leitura

Em julho de 1970, cinco mulheres corajosas desceram a uma profundidade de 15 metros em uma habitação subaquática chamada Tektite, localizada a cerca de 9 km da costa de St. John, nas Ilhas Virgens Americanas. Juntas, Sylvia Earle, Margaret  Lucas Bond, Pamela Hartline, Anna Szmant e Alina S. Lewis Trueelas se tornaram as primeiras mulheres a participarem de uma missão de pesquisa submarina, provando que as mulheres poderiam lidar com o ambiente extremo tanto quanto os homens.

A missão

A missão tinha o objetivo de estudar o comportamento e a fisiologia humana em ambientes extremos. (Fonte: NOAA)A missão tinha o objetivo de estudar o comportamento e a fisiologia humana em ambientes extremos. (Fonte: NOAA)

O Tektite, que era uma espécie de estação subaquática, foi um dos primeiros habitats desse tipo construídos para fins científicos e foi pioneiro na pesquisa de ambientes extremos, abrindo caminho para missões espaciais futuras. O projeto Tektite II, liderado pela NASA, foi uma continuação do projeto Tektite I, que havia sido realizado no ano anterior e contou apenas com a participação de homens. 

O objetivo da missão era estudar o comportamento humano, agora feminino, em um ambiente extremo, e as aquanautas passaram duas semanas vivendo e trabalhando juntas no habitat.

Durante esse período, as aquanautas realizaram uma série de experimentos científicos, incluindo estudos sobre a fisiologia humana, a nutrição, a psicologia e a oceanografia. Elas também realizaram atividades de mergulho, explorando as águas ao redor do habitat usando novas tecnologias que permitiam que elas ficassem mergulhando por até oito horas.

Mulheres na ciência

A equipe do Tektite II provou que as mulheres podem participar de missões em ambientes extremos. (Fonte: NOAA)A equipe do Tektite II provou que as mulheres podem participar de missões em ambientes extremos. (Fonte: NOAA)

As aquanautas do projeto Tektite II foram pioneiras em vários aspectos. Além de serem as primeiras mulheres a participarem de uma missão aquática de longa duração, elas também eram líderes em suas respectivas áreas de atuação.

A líder da missão, Sylvia Earle, era uma bióloga marinha que, além de sua experiência em mergulho, já havia liderado outras expedições aquáticas importantes e publicado diversos artigos científicos. Outra integrante da equipe, Beverly Bond, era uma cientista da computação que trabalhava em projetos para a NASA. Alina Szmant, por sua vez, era uma ecologista de recifes de coral que já havia mergulhado em locais remotos ao redor do mundo, coletando informações valiosas sobre a vida marinha.

Elas foram acompanhadas por Renate True, uma médica que estudou os efeitos do ambiente subaquático no corpo humano, e Margaret Hartline, uma bióloga molecular que, na época, já havia publicado artigos importantes sobre a bioquímica da visão.

Como resultado do trabalho das aquanautas do projeto Tektite II, a NASA começou a treinar mulheres como astronautas em 1978, e hoje em dia, muitas mulheres desempenham papéis importantes na exploração do espaço e em outras áreas científicas e tecnológicas que por muito tempo foram dominadas por homens.

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