Saúde/bem-estar
18/04/2023 às 10:00•2 min de leitura
Há diversas formações que se mantêm presentes na Terra mesmo com o passar dos anos, sendo importantes por atuarem como evidências vivas que a idade do nosso planeta é bastante elevada, além de nos fornecerem um vislumbre do passado.
Na América do Sul, inclusive, temos um desses casos interessantes, com a presença de uma planta chamada llareta ou yareta (Azorella compacta). Integrante da família das Apiaceae, acredita-se que ela seja um dos organismos mais antigos da Terra, com idade que pode chegar aos 3 mil anos.
Espécie remete aos musgos, mas é bastante densa e composta por inúmeros botões florais. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Descrita pelo naturalista Rodolfo Amando Philippi em 1891, sua aparência que remete à dos musgos também é um elemento a parte que a torna mais intrigante, com um tom de verde que é encontrado próximo de pedras e nas regiões dos campos.
Apesar de ser bem densa, a yareta é composta por milhares de botões florais bem pequeninos. Atualmente, ela pode ser encontrada no Chile, na região do deserto do Atacama, a cerca de 3.500 m, sendo considerada, portanto, uma planta que se desenvolve até mesmo nas grandes altitudes.
Capaz de se desenvolver mesmo em climas extremos e com solos mais pobres, a Yareta pode sobreviver por cerca de 3000 anos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Capaz de crescer até 1,5 cm por ano, a yareta também se destaca por ser uma planta com material inflamável, sendo usada como combustível e mesmo como antiparasita pelas comunidades que podiam contar com a espécie no decorrer do tempo.
Mas apesar dela ser bastante resistente a climas mais extremos e a se desenvolver também em solos mais pobres, a atividade humana colocou a espécie em risco de extinção em alguns países.
A superexploração da planta é apontada como a principal causa para isso, de modo que hoje ela ocupe diversos pontos de forma esparsa, com expressiva perda do habitat.
Assim como a yareta, o Cipreste da Patagônia também apresenta uma idade bastante elevada e pode ser encontrado no Chile. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
No Chile também pode ser encontrada uma espécie conífera, o cipreste-da-patagônia, que é nativa também da Argentina. Ao investigar mais sobre a árvore, um método rendeu a estimativa de que um dos exemplares da espécie, batizada de Alerce Milenario, teria cerca de 5.400 anos.
O artigo publicado na revista Science em 2022, que detalha a investigação, contribui para que ela seja candidata ao posto de árvore mais antiga do planeta. Até então, acreditava-se que ela tivesse cerca de 3.600 anos, sendo considerada a segunda mais antiga.
Capazes de absorver água no tronco, espécies que se mantém vivas por tanto tempo podem permanecer por décadas sem água. Este cipreste-da-patagônia, por exemplo, possui um tronco bastante espesso, superando os quatro metros de diâmetro, e altura que alcança os 45 metros.