Arqueólogos encontram 'tumba coletiva' de 7 mil anos no Omã

20/05/2023 às 09:002 min de leitura

Há 10 anos, fotos de satélite revelaram algo curioso acontecendo no meio do deserto do Omã. Agora, essas imagens fizeram com que uma equipe de arqueólogos do Instituto de Arqueologia da República Tcheca investigasse o local e descobrisse — dentre outras coisas — uma tumba neolítica de 7 mil anos de idade.

A tumba, localizada na província de Al Wusta, está entre as estruturas feitas pelo homem mais antigas já encontradas na região. Porém, o fato mais curioso sobre essa construção é que a tumba possui duas câmaras funerárias circulares, onde pelo menos várias dezenas de indivíduos foram enterrados juntos. Conheça mais sobre essa história!

Descoberta histórica

(Fonte: Instituto de Arqueologia da República Tcheca/Reprodução)(Fonte: Instituto de Arqueologia da República Tcheca/Reprodução)

Segundo os arqueólogos que trabalharam no local, a tumba parece datar de 5000 a 4600 a.C., tendo paredes com fileiras de lajes de pedra chamadas silhares. A estrutura já foi coberta com um telhado de cantaria, mas ele teria parcialmente desmoronado no passado — possivelmente por conta das monções que atingem o Omã todos os anos.

Todos os esqueletos, que foram posicionados na tumba com seus crânios perto da parede externa, parecem ter decomposto antes de terem sido inseridos ali. Os arqueólogos também encontraram uma tumba menor nas proximidades, que teria sido construída um pouco mais tarde.

Em comunicado oficial, a arqueóloga Alžbeta Danielisová afirmou que é mais provável que os mortos tenham sido enterrados em momentos diferentes e não todos de uma vez. Na próxima etapa, o objetivo é saber mais sobre as pessoas que ali foram enterradas. “As análises isotópicas de ossos, dentes e conchas nos ajudarão a aprender mais sobre a dieta, o ambiente natural e as migrações da população enterrada”, explicou.

De acordo com Danielisová, a recente tumba descoberta no Omã é ainda mais especial, pois nenhuma outra sepultura mais antiga do que a Idade do Bronze já foi encontrada nessa região. Portanto, isso faria dela "completamente única".

Entendendo o passado

(Fonte: Instituto de Arqueologia da República Tcheca/Reprodução)(Fonte: Instituto de Arqueologia da República Tcheca/Reprodução)

No processo de tentar entender mais sobre os restos mortais descobertos no Omã, os arqueólogos também se voltarão para outras descobertas que fizeram nas proximidades no passado. Não muito longe da tumba, também foram encontradas mais de 500 gravuras rupestres que parecem retratar animais como camelos, cavalos, burros e tartarugas.

Curiosamente, as gravuras também retratam palavras em uma escrita árabe do sul que ainda não foi interpretada pelos pesquisadores. Além disso, também houve um machado de mão feito de pedra encontrado no país, o qual potencialmente poderia datar entre 300 mil e 1,3 milhão de anos atrás — coincidindo com as primeiras migrações humanas para fora da África.

A esperança dos pesquisadores é que a junção de todas essas novas descobertas, desde a tumba de 7 mil anos até as gravuras rupestres, possam aprofundar a nossa visão de mundo a respeito da vida dos povos antigos. Logo, cada um desses estudos poderia trazer informações extremamente valiosas sobre como os povos neolíticos viviam, tinham crenças religiosas, morriam e lamentavam seus mortos. 

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