
Estilo de vida
29/09/2023 às 04:30•3 min de leitura
Alguns fatos são tão difundidos na cultura que viram ditados e até metáforas da sabedoria popular. Porém, nem sempre eles passam numa prova de checagem dos fatos. Conheça algumas afirmações bastante disseminadas, mas que na verdade são falsas.
Dificilmente a primeira versão da história de Adão e Eva contaria com uma maçã, um fruto incomum na época e na região. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
É praticamente impossível ver a adaptação da histórica bíblica de Adão e Eva para qualquer mídia sem se deparar com a cobra convencendo Eva a comer uma maçã. Porém, a probabilidade deste ter sido o fruto proibido nas primeiras versões da lenda são praticamente nulas.
A confusão, aparentemente, começou na tradução da Bíblia para o latim. A língua usa o mesmo termo (malum) para as palavras “maçã” e “mal”, apesar de terem diferentes origens etimológicas. A popularização dessa ideia pode ser ligada ao poema Paraíso Perdido de John Milton, publicado em 1667, que popularizou e atualizou muitas das cenas bíblicas para o cristianismo da Idade Moderna.
Certas condições "atraem" raios. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
Mentira! A incidência de raios no mesmo lugar é até comum. Isto ocorre porque certas condições atraem raios, como a poluição e o calor em centros urbanos e antenas de rádio. Outro fator é o caso de os raios serem atraídos pelo lugar mais alto de uma área. Segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Cristo Redentor é atingido por 6 raios todo ano em média.
Corcovas não armazenam água, mas são fundamentais para a sobrevivência de camelos. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
Muita gente acredita que as corcovas de camelos armazenam água, por isso o animal conseguiria se adaptar melhor a regiões desérticas. Apesar da afirmação ser falsa, a corcova tem um função importante para o camelo no ecossistema: elas, na verdade, estocam gordura, que é rapidamente metabolizada quando há falta de comida e bebida.
A Antártica é um grande deserto. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
Falando em desertos, um grande equívoco sobre o assunto é achar que eles sempre são quentes. Por definição, desertos são áreas que recebem uma média inferior a 254 mm de precipitação por ano. A falta de água e vegetação faz com que haja uma grande amplitude térmica, e com isso as temperaturas podem chegar perto dos 50 °C durante o dia e cair abaixo de 0 °C à noite.
Mas, além disso, existe outra confusão importante sobre desertos — achar que eles são exclusivamente feitos de areia. O continente da Antártica se qualifica como um deserto, já que não recebe tantas chuvas. Por lá, as temperaturas variam entre -60 °C e -10 °C e a superfície é quase sempre coberta de gelo.
Pegar friagem não causa gripe. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
Quem nunca ouviu um conselho de mãe ou de avó para se agasalhar para não pegar uma gripe? Apesar das boas intenções, a afirmação é errada. Baixas temperaturas não são capazes de fazer alguém pegar uma gripe ou resfriado — mas existe alguma sabedoria no conselho.
Isto por que vírus de gripe são transmitidos mais facilmente em climas secos, que são mais comuns no inverno. Além disso, nessa época é mais comum as pessoas fecharem as janelas, deixando o ar circular menos, seja no trabalho, no transporte coletivo e até em casa. Dessa forma, a transmissão de vírus e a incidência de gripes são maiores.
Muralha da China é impressionante, mas não é visível a olho nu do espaço.(Fonte: GettyImages/Reprodução)
A Grande Muralha da China é uma obra incrível de engenharia, além de ser um importante sítio arqueológico e um dos principais pontos turísticos do mundo. A muralha é, na verdade, uma série de fortificações construídas ao longo de cerca de 2 mil anos para proteger diferentes pontos do Império Chinês contra várias ameaças. Uma pesquisa demonstrou que a extensão total da obra pode ter ultrapassado 21 mil km, considerando partes históricas que já não existem mais.
Toda essa grandiosidade fez surgir o mito de que a muralha poderia ser vista do espaço. Mas, apesar da relevância da obra, ela é fina demais para ser avistada sem algum tipo de equipamento especial que possa oferecer zoom.
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